terça-feira, 22 de janeiro de 2013

O HOMEM QUE CAIU DA CAMA



Há muito tempo, ainda eu não tinha acabado o curso, uma enfermeira telefonou-me e falou-me de um caso estranho: um jovem tinha dado entrada no hospital naquela manhã. Parecia simpático, normal, e assim esteve todo o dia até há poucos minutos ao acordar. Nessa altura parecia estranho e excitado, nem parecia o mesmo. Tinha caído da cama e estava sentado no chão a vociferar, recusando-se a voltar para a cama. A enfermeira pediu-me para ir até lá e tentar resolver o problema.

Quando cheguei encontrei o paciente sentado no chão ao pé da cama a olhar para uma das suas pernas. No rosto via-se raiva, alarme, espanto e surpresa – principalmente espanto misturado com consternação. Pedi-lhe para voltar para a cama e perguntei-lhe se precisava de ajuda, mas ele pareceu ficar alarmado com a minha sugestão e abanou a cabeça. Sentei-me ao pé dele e fiz-lhe a história clínica sentado no chão. Tinha chegado de manhã para fazer uns testes, não que se sentisse mal, mas os neurologistas achavam que ele tinha uma perna “preguiçosa” (foi exactamente a palavra que usaram) e aconselharam-no a fazer testes. Tinha-se sentido bem todo o dia e adormecera pelo fim da tarde. Quando acordou também se sentia bem, até ao momento em que se mexeu. Foi então que descobriu, como ele próprio disse, que havia na cama “uma perna de outra pessoa” – uma perna humana, uma coisa terrível! A princípio ficou paralisado de espanto e nojo. Nunca lhe tinha acontecido nada assim, nunca havia imaginado nada tão horrível. Tocou na perna com cuidado. Parecia perfeita mas “estranha” e fria. Nessa altura percebera tudo: era uma partida! Uma partida monstruosa e imprópria mas muito original. Estávamos na véspera de Ano Novo e todos celebravam a data. Metade do pessoal tinha bebido demais, voavam gracejos e bombinhas, uma cena de Carnaval. Era óbvio que uma das enfermeiras, com um sentido de humor macabro, se esgueirara até à unidade de dissecação, roubara uma perna e tinha-a posto debaixo dos seus lençóis enquanto ele estava a dormir. Ficou aliviado com esta explicação mas achou que a brincadeira tinha ido longe de mais e atirou aquela coisa da cama abaixo. Mas (e ao contar isto começou a temer e a ficar pálido) quando a atirou da cama abaixo foi arrastado atrás e agora aquilo estava agarrado a ele.
“Olhe para isto!”, gritou revoltado. “Já alguma vez viu uma coisa tão horrível e macabra? Pensei que os cadáveres estavam mortos e pronto. Mas isto é estranho! E não sei como mas – é horrível – parece que está agarrada a mim!”
Agarrou a perna com as duas mãos e, com uma enorme violência, tentou separá-la do corpo. Como não o conseguiu esmurrou-a, num acesso de raiva.
“Calma!”, exclamei. “Tenha calma! Acalme-se! Se fosse a si não dava murros na perna dessa maneira.”
“E porque não?”, perguntou irritado e feroz.
“Porque essa é a sua perna”, respondi. “Não reconhece a sua própria perna?”
Ele lançou-me um olhar onde se confundia o espanto, a incredulidade, o terror e a surpresa, mas também a suspeita.
“O sotor está a gozar comigo! Está combinado com a enfermeira! Não devia brincar assim com os doentes.”
“Não estou a brincar consigo. Essa é mesmo a sua perna.”
Viu pela minha cara que estava a falar a sério e o terror apoderou-se dele. “Está a dizer que esta é a minha perna? Não acha que eu devia ser capaz de reconhecer a minha própria perna?”
“Acho”, respondi. “Devia reconhecê-la. Nem sequer imagino uma pessoa que não reconheça a sua própria perna. Se calhar é você que tem estado a gozar comigo.”
“Juro por Deus, palavra de honra que não…eu devia reconhecer o meu próprio corpo, o que lhe pertence e o que não lhe pertence, mas esta perna, esta coisa – voltou a tremer de nojo – “não parece normal, não parece real, e não parece fazer parte de mim.”
“Então parece o quê?”, perguntei, já tão surpreendido como ele.
“O que é que parece?”, repetiu devagar. “Quer que lhe diga? Não se parece com nada que existia à superfície da Terra. Como é que uma coisa destas me pode pertencer? Não sei ao que é que uma coisa destas posa pertencer…”
Ficou sem voz. Estava aterrorizado e chocado.
“Ouça-me”. Disse eu, “acho que você não está bem. Deixe-me pô-lo na cama outra vez. Só lhe quero fazer mais uma pergunta: se isto, esta coisa, não é a sua perna (em determinado momento da sua conversa tinha-se referido à perna como sendo uma ‘falsificação’ e mostrou-se admirado por alguém se ter dado ao trabalho de ‘fabricar’ uma fac-símile) onde é que está a sua perna esquerda?”
Mais uma vez empalideceu. Ficou tão branco que pensei que ia desmaiar.
“Não sei, não faço ideia. Desapareceu. Foi-se. Não está em lugar nenhum…”
SACKS, Oliver, O Homem que Confundiu a Mulher com o Chapéu, 2006. Lisboa: Relógio D’Água, pp. 78-80

Investiga sobre o problema que este paciente apresenta e coloca a tua resposta na caixa dos comentários.

38 comentários:

  1. Todo este texto é bastante complexo, no que toca ao ponto de vista psicológico e físico.
    Parece tratar-se de uma situação em que se realiza um transplante, que neste caso, é do membro inferior esquerdo.
    Mas mais do que o próprio transplante, está implicita a rejeição que psicologicamente pode existir após uma intervenção deste género.
    Assiste-se portanto a uma fase fantasiosa, ou por outro lado fantasmática, em que o paciente não aceita o novo membro como seja parte dele, causando-lhe bastante sugestão como é que uma coisa que outrora fora cadáver e naquele momento podia estar ali, naquela sala "agarrada" a ele.
    Todas as partes do nosso corpo estão associadas no nosso cérebro, e mesmo que algum membro seja amputado, vai existir a presença desse mesmo membro. Isto leva-nos a constatar o que se passa no texto, em que apesar de ter uma nova perna o cérebro não a associa como sendo a de nascença e com a qual sempre viveu.
    É uma fase de rejeição a uma coisa que não é conhecida, com a qual nunca conviveu e custa a aceitar o facto de andar com uma coisa que "não lhe pertence".
    O membro amputado permanece na mente do paciente, considerando o novo membro como estranho e inaceitável.

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  2. Beatriz Jesus nº23 12 ºC25 de janeiro de 2013 às 18:44

    Neste texto e nesta questão de "onde poderá ter surgido a reação do indivíduo ao ver uma perna no lado esquerdo",e dizendo qe não é a sua, pode ser causa de diversos casos(problemas)...
    Como por exemplo, devido a um transplante de perna, como também pode ser uma uma doença qe afetou o cérebro.
    Na minha pesquisa encontrei diversas síndromes relacionadas com este problema, adaptando-se uma melhor que é a "Síndrome da Má Identificação Delirante", que é causada por distúrbios neurológicos no lado direito do cérebro e que afeta a experiência de percepção da pessoa, ou seja não conseguem reconhecer a própria imagem em um espelho, tendo ilusões de que o rosto que visualizam é o de outra pessoa, neste caso é o indivíduo nao reconhecer um membro no seu corpo.


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  3. Cristiana, nº8, 12ºA26 de janeiro de 2013 às 00:15

    Ao que me parece, o jovem que caiu da cama possuí-a somatoparafrenia, que é uma disfunção isolada. Nestes casos, o paciente acredita seriamente que uma das partes do seu corpo não faz parte do seu organismo, tal como o jovem não acreditava que aquela fosse a sua perna esquerda, mas de outra pessoa, talvez. Quem sofre desta síndrome tem danos numa região do cérebro chamada homúnculo. Este último é como um “mapa” sensorial do nosso corpo, o qual se forma pelas fibras da espinal medula que se distribuem pelo tálamo (do encéfalo) para várias partes do lobo parietal. Ele representa cada área do nosso corpo de acordo com o número de conexões sensoriais de neurónios. O homúnculo é, pois, responsável por “catalogar” as partes do nosso corpo, para que possamos manter o controlo sobre cada uma delas. O paciente consegue mover os membros, só não consegue reconhecê-los como sendo parte de si. A anomalia retratada no texto pode ter também resultado da síndrome da má identificação delirante. Esta é causada por distúrbios neurológicos no lado direito do cérebro, afetando a experiência de perceção da pessoa. Por norma, os afetados não conseguem reconhecer a própria imagem num espelho (delírio monetemático). São, portanto, estas as explicações possíveis.

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  4. Daniela Soares nº22 12ºC27 de janeiro de 2013 às 21:24

    Penso que o jovem em causa sofria de somatoparafrenia, visto que acredita mesmo que a sua perna não pertence ao seu corpo. As pessoas afetadas com esta doença podem magoar-se gravemente pelo simples facto de acreditarem cegamente que partes do seu corpo, pertencem a outro ser.
    Os individuos vitimas desta doença possuem danos na região do cerebro responsável por "catalogar" todas as partes do corpo e para que se possa manter o controlo delas. Estes pacientes são capazes de mover todas as partes do seu corpo, no entanto não as reconhecem como suas.

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  5. Miguel Tomás Nº6 12ºC29 de janeiro de 2013 às 17:20

    Se este problema lhe estivesse a afetar por completo toda a área esquerda e lhe causasse problemas ao nivel do equilibrio, poderia ser considerada uma Hemiplegia. Esta doença tem como causas, AVC's, pode ser um sintoma da arterosclerose, entre outras. Mas visto que o texto apenas faz referencia a um dos membros inferiores, subentende-se que toda a restante área do lado esquerdo se encontra sã. Após considerar estes elementos, concluo que é provavel que se trate, como já foi referido pelos meus colegas, de uma Somatoparaphrenia, um tipo de ilusão onde se nega a propriedade de um membro ou de um lado inteiro do corpo. Mesmo que com uma prova inegável de que o membro pertence e está ligado ao seu próprio corpo, o paciente produz confabulações elaboradas sobre os membros em causa. Em alguns casos, tornam-se ilusões tão elaborado que um membro pode ser tratado e cuidado como se fosse um ser separado, o que se enquadra no caso.

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  6. Como a maioria dos colegas acima referiu, trata-se de uma "Somatoparaphrenia", uma doença que impossibilita a pessoa de reconhecer partes do seu próprio corpo.
    O trauma, ocorreu no hemisfério direito, visto que o paciente não reconhece a sua perna esquerda.
    Pode-se considerar uma doença muito grave, de foro psicológico, pois pode levar o doente a agir violentamente contra o seu próprio organismo, devido ao facto de não o reconhecer como sendo "seu", levando mesmo a avançados estados de medo, fobia, agressividade, desconforto e desconfiança acerca de tudo o que o rodeia.

    Alexandr Ostrovschii nº21 12ºA

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  7. Bruno Lima Carlos nº3 12ºC2 de fevereiro de 2013 às 15:57

    eu acho que o jovem sofria de somatoparafrenia, dado que acredita mesmo que a sua perna não pertence ao seu corpo. As pessoas afetadas com esta doença podem eventualmente magoar-se seriamente pelo simples facto de acreditarem que partes do seu corpo, pertencem a outro ser.
    Os individuos quesofrem desta doença possuem danos na região do cerebro responsável por "catalogar" todas as partes do corpo e para que se possa manter o controlo delas. Estes pacientes são capazes de mover todas as partes do seu corpo, no entanto não as reconhecem como suas

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  8. Eu penso que o rapaz sofria de somatoparafrenia, como já foi referido anteriormente.
    A somatoparafrenia é um problema localizado no homúnculo, e relacionado com as funções exercidas pelo córtex somatossensorial (como o próprio nome indica) e provém de uma desordem semelhante a agnosia somatossensorial (incapacidade de reconhecer objetos pelo tato, discriminar pesos e localizar sensações térmicas e tácteis.)
    Este problema impede que as pessoas reconheçam partes do seu próprio corpo e tenham uma enorme vontade de se "livrar" delas.

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  9. Na minha opinião, o jovem em causa sofria de somatoparafrenia. Esta estado provém de uma incapacidade de reconhecer objectos pelo tato, discriminar pesos e localizar sensações térmicas e tácteis, sendo que se deve a um problema localizado no homúnculo.
    As pessoas que sofrem deste problema tendem a magoar-se seriamente ao tentarem retirar as partes do corpo (como neste caso, a perna) que acreditam não lhes pertencerem.


    Sara Fernandes n.º17 12.ºC

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  10. Acho que o jovem em causa sofria de somatoparafrenia, visto que acredita mesmo que a sua perna não pertence ao seu corpo. As pessoas afetadas com esta doença podem magoar-se gravemente pelo simples facto de acreditarem cegamente que partes do seu corpo, pertencem a outro ser.
    As pessoas que sofrem deste problema tendem a magoar-se seriamente ao tentarem retirar, neste caso a perna pensando que não é delas.

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  11. A meu ver este rapaz sofre de somatoparafrenia. É um problema localizado no homúnculo e está relacionado com as funções exercidas pelo córtex somatossensorial. As pessoas que sofrem deste problema magoam-se ao tentarem retirar partes do corpo (a perna, neste caso)que julgam não lhes pertencer.

    Ana Cruz 12ºC

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  12. Penso que este homem que caiu da cama possuí-a somatoparafrenia, que é uma disfunção isolada. Nestes casos, o paciente acredita seriamente que uma das partes do seu corpo não faz parte do seu organismo, tal como o jovem não acreditava que aquela fosse a sua perna esquerda, mas de outra pessoa, talvez. Quem sofre desta síndrome tem danos numa região do cérebro chamada homúnculo. Este último é como um “mapa” sensorial do nosso corpo, o qual se forma pelas fibras da espinal medula que se distribuem pelo tálamo (do encéfalo) para várias partes do lobo parietal. Ele representa cada área do nosso corpo de acordo com o número de conexões sensoriais de neurónios. O homúnculo é, pois, responsável por “catalogar” as partes do nosso corpo, para que possamos manter o controlo sobre cada uma delas. O paciente consegue mover os membros, só não consegue reconhecê-los como sendo parte de si. A anomalia retratada no texto pode ter também resultado da síndrome da má identificação delirante. Esta é causada por distúrbios neurológicos no lado direito do cérebro, afetando a experiência de perceção da pessoa. Por norma, os afetados não conseguem reconhecer a própria imagem num espelho (delírio monetemático). São, portanto, estas as explicações possíveis.

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  13. Na minha opinião “o homem que caiu da cama” sofre de uma doença rara chamada somatoparafrenia.
    A somatoparafrenia, assim como a Síndrome da Má Identificação Delirante, é uma disfunção monotemática, ou seja, isolada. O paciente acredita seriamente que uma das partes do seu corpo não faz parte do seu organismo, neste caso a perna esquerda. Assim, ele é capaz de se magoar e até mesmo amputar um membro, apenas por achar que ele pertence à outra pessoa.
    Vítimas com essa síndrome têm danos em uma região do cérebro chamada homúnculo, uma espécie de mapa corporal. A região é responsável por “catalogar” todas as partes do corpo de modo a conseguirmos controlar cada uma delas. Apesar da disfunção, o paciente ainda consegue mover os membros normalmente, apenas não os reconhece como sendo parte de si.
    As causas desta doença podem ser danos nas regiões posteriores cerebrais, nas regiões corticais profundas e nas estruturas subcorticais. Outra grande causa são os derrames cerebrais na junção temporoparietal.

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  14. Paula Lopes Nº12 12ºC5 de fevereiro de 2013 às 21:13

    Este homem, de certa forma não sente o seu membro hemiplégico. A hemiplagia é caracterizada por um individuo não sentir nem percepcionar uma metade do seu corpo, ou seja, de certa forma uma paralisia. Tal situação pode ser causada por diversas acidentes que podem ocorrer nas áreas cerebrais, porventura o AVC pode ser das causas mais indicadas.
    Neste caso, o homem possui uma lesão na área direita do seu cérebro (tal como um AVC) e que provocou a falta de percepção e sentido da área esquerda do seu corpo, mais precisamente a sua perna esquerda

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  15. Se este problema lhe estivesse a afetar por completo toda a área esquerda e lhe causasse problemas ao nivel do equilibrio, poderia ser considerada uma Hemiplegia. Esta doença tem como causas, AVC's, pode ser um sintoma da arterosclerose, entre outras. Mas visto que o texto apenas faz referencia a um dos membros inferiores, subentende-se que toda a restante área do lado esquerdo se encontra sã. A somatoparafrenia, assim como a Síndrome da Má Identificação Delirante, é uma disfunção monotemática, ou seja, isolada. O paciente acredita seriamente que uma das partes do seu corpo não faz parte do seu organismo, neste caso a perna esquerda. Assim, ele é capaz de se magoar e até mesmo amputar um membro, apenas por achar que ele pertence à outra pessoa.Esta é causada por distúrbios neurológicos no lado direito do cérebro, afetando a experiência de perceção da pessoa. Por norma, os afetados não conseguem reconhecer a própria imagem num espelho (delírio monetemático). São, portanto, estas as explicações possíveis.

    Delfim Almeida 12ºC

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  16. Beatriz Martinho, nº 2, 12º A7 de fevereiro de 2013 às 22:28

    Eu penso que o rapaz sofria de somatoparafrenia, uma vez que acredita que a perna não pertence ao seu corpo. Trata-se de uma disfunção monotemática, ou seja, isolada. O paciente acredita seriamente que uma das partes do seu corpo não faz parte do seu organismo. Assim, ele é capaz de se lesionar e até mesmo amputar essa parte do corpo, apenas por achar que ela pertence a outra pessoa.

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    1. O paciente tem Somatoparafrenia que é um é uma disfunção monotemática( isolada) onde se nega a propriedade de um membro. Neste caso o paciente não reconhecia a sua perna esquerda, não era capaz de perceber que era um membro do seu corpo. Ele acaba por acreditar que alguem seria capaz de colocar uma perna de outra pessoa na sua cama. Pessoas com esta donça têm danos numa região do cérebro chamada homúnculo, uma espécie de mapa corporal. A região é responsável por “catalogar” todas as partes do seu corpo para que as possam controlar. Apesar da disfunção, o paciente ainda conseguiu mover os membros normalmente, apesar de não reconhecer que eles faziam parte do seu corpo. As causas que estão na origem da doença podem ser acidentes vasculares cerebrais parietais ou biparietais ou a outros danos na parte direita do cérebro.
      Ana Luísa 12ºA nº3

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  17. Margarida Silva, n4, 12ºA11 de fevereiro de 2013 às 21:07

    Penso que o rapaz sofria de somatoparafrenia, que se entende pela incapacidade, por parte do doente, de reconhecer partes do seu próprio corpo; pode, em certos casos, amputar a referida parte do corpo ou lesioná-la, por achar que esta pertence a outro indivíduo. Vítimas desta doença têm danos numa região cerebral denominada “homúnculo” e que é responsável por manter o controlo sobre cada uma das partes do nosso corpo. Deste modo, ainda que a parte do corpo em questão esteja intacta, o paciente não a identifica como sua.

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  18. O paciente não consegue reconhecer a sua própria perna, pelo que é possível inferir que ocorreu uma lesão ao nível do lobo parietal direito, nomeadamente na área somatossensorial secundária, o que provocou a chamada agnosia somatossensorial - incapacidade de reconhecer objectos pelo toque, de localizar o seu corpo no espaço e de reconhecer partes do seu corpo.

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  19. Sara Oliveira 12ºC, nº1816 de fevereiro de 2013 às 12:08

    De acordo com a descrição sobre a doença deste homem, pode-se dizer que ele sofre de somatoparafrenia, ou seja, acredita que uma parte do seu corpo não faz parte de si, conseguindo-se magoar ou até tentar amputar essa mesma parte do corpo.
    No texto, o paciente acredita que a sua perna não lhe pertence, ferindo-se a si mesmo “agarrou a perna com as duas mãos e, com uma enorme violência, tentou separá-la do corpo.”.

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  20. Nuno Martins nº11 12ºC18 de fevereiro de 2013 às 22:13

    A meu ver, o problema que o paciente apresenta é a somatoparafrenia. É uma disfunção monotemática, isto é, isolada. O doente acredita seriamente que uma das partes do seu corpo não faz parte do seu organismo, ou seja, nega a existência de um membro ou de um lado inteiro do corpo (no texto, o paciente assume que a sua perna esquerda desapareceu e que foi substituída por “nada que existia à superfície da Terra”). Desde modo, tal como o paciente referido, ele é capaz de se lesionar e até mesmo amputar essa parte, apenas por achar que ela pertence à outra pessoa.
    Esta disfunção deriva, usualmente, de danos em uma região do cérebro chamada homúnculo, uma espécie de mapa corporal. Para que se possa manter o controlo sobre cada parte do corpo, esta região é responsável por “catalogar” todas as suas partes. Apesar do problema, o paciente ainda consegue mover os membros normalmente, apenas não os reconhece como sendo parte de si, como o enfermo relatado na passagem, que não reconhece que a sua perna

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  21. O jovem em causa sofre de somatoparafrenia.Tem uma incapacidade de reconhecer objectos pelo tato, discriminar pesos e localizar sensações térmicas e tácteis, sendo que se deve a um problema localizado no homúnculo.
    As pessoas que sofrem deste problema tendem a magoar-se seriamente ao tentarem retirar as partes do corpo (como neste caso, a perna) que acreditam não lhes pertencerem.

    Márcia nº10 12c

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  22. em minha opiniao o paciente sofre de somatoparafrenia. ou seja, o paciente acredita seriamente que uma das partes do seu corpo não faz parte do seu organismo, tal como o jovem não acreditava que aquela fosse a sua perna esquerda, mas de outra pessoa, talvez. Quem sofre desta síndrome tem danos numa região do cérebro chamada homúnculo. Este último é como um “mapa” sensorial do nosso corpo, o qual se forma pelas fibras da espinal medula que se distribuem pelo tálamo (do encéfalo) para várias partes do lobo parietal. Ele representa cada área do nosso corpo de acordo com o número de conexões sensoriais de neurónios. O homúnculo é, pois, responsável por “catalogar” as partes do nosso corpo, para que possamos manter o controlo sobre cada uma delas. O paciente consegue mover os membros, só não consegue reconhecê-los como sendo parte de si. A anomalia retratada no texto pode ter também resultado da síndrome da má identificação delirante. Esta é causada por distúrbios neurológicos no lado direito do cérebro, afetando a experiência de perceção da pessoa. Por norma, os afetados não conseguem reconhecer a própria imagem num espelho.

    Álvaro Martins

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  23. Ana Antunes nº5 12ºA25 de fevereiro de 2013 às 22:08

    A meu ver o rapaz sofria de somatoparafrenia, pois acredita que a perna não pertence ao seu corpo.
    Assim, trata-se de uma disfunção monotemática, ou seja, isolada. O paciente acredita seriamente que uma das partes do seu corpo não faz parte deste. Deste modo, o rapaz é capaz de se lesionar e até mesmo amputar essa parte do corpo, apenas por achar que ela pertence a outra pessoa.

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  24. Fábio Silva nº10 12ºA26 de fevereiro de 2013 às 10:36

    Na minha opinião, o jovem em causa sofria de "somatoparafrenia" isto é a incapacidade, por parte do doente, de reconhecer partes do seu próprio corpo; pode, em certos casos, amputar a referida parte do corpo ou lesioná-la, por achar que esta pertence a outro indivíduo. Vítimas desta doença têm danos numa região cerebral denominada “homúnculo” e que é responsável por manter o controlo sobre cada uma das partes do nosso corpo. Deste modo, ainda que a parte do corpo em questão esteja intacta, o paciente não a identifica como sua.

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  25. Penso que este homem que caiu da cama sofria de uma doença chamada somatoparafrenia, visto que O paciente não consegue reconhecer a sua própria perna. Assim, ele é capaz de se lesionar e até mesmo amputar essa parte do corpo, apenas por achar que ela pertence a outra pessoa.

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  26. Carolina Silva nº25 12ºC3 de março de 2013 às 16:39

    Penso que o homem sofria de somatoparafrenia, visto que acredita mesmo que a sua perna não pertence ao seu corpo.
    Os individuos vitimas desta doença possuem danos na região do cerebro responsável por "catalogar" todas as partes do corpo e para que se possa manter o controlo delas.

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  27. Penso que o problema que o paciente apresenta é a somatoparafrenia.
    A somatoparafrenia é uma disfunção monotemática, ou seja, isolada. O paciente que sofre desta doença acredita seriamente, chegando até a negar, que uma das partes do seu corpo não faz parte do seu organismo. Assim, ele é capaz de se lesionar e até mesmo de amputar um braço ou uma perna (uma perna no exemplo acima descrito), apenas por achar que esta parte do corpo pertence a outra pessoa.
    Vítimas que apresentam este problema têm danos numa região do cérebro designada homúnculo, e que funciona como uma espécie de mapa corporal. Esta região é responsável por “catalogar” todas as partes do nosso corpo para que possamos manter o controlo sobre cada uma delas. Apesar desta disfunção, o paciente consegue mover os membros normalmente, ainda que não os reconheça como seus (tal como acontece com o paciente do exemplo descrito, que não reconhece a perna esquerda como sua, achando que o médico está a gozar com ele quando lhe diz que aquela é a sua perna).

    Tatiana Raquel Gomes Nº20 12ºC

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  28. Com a leitura deste texto fiquei a achar que o jovem sofria de somatoparafrenia, isto é, é uma doença onde as pessoas podem ferir-se gravemente pelo facto de pensarem e acreditarem que certas partes do seu corpo não pertencem ao seu corpo, mas sim a outro ser. Neste caso, o jovem acha que a sua perna não pertence ao corpo.
    Quem sofre desta doença tem danos na região do cérebro responsável por relacionar todas as partes do corpo e para as controlar. Os doentes são capazes de mexer todas as partes do corpo, mas não conseguem reconhecê-las como suas.

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  29. Na minha opinião este jovem sofre de somatoparafrenia, uma vez que acredita que a sua perna não pertence ao seu corpo. Muitas das pessoas que sofrem desta doença podem magoar-se gravemente uma vez que pensam que aquela parte do seu corpo é um mero intruso, não lhe pertence.
    Esta doença é provocada por danos numa região do cérebro que está responsável por identificar cada parte do nosso corpo. Apesar de não reconhecerem as diversas partes do seu corpo os pacientes conseguem move-las naturalmente.

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  30. Roxanne Correia , nº16, 12ºC9 de março de 2013 às 13:57

    De acordo com a descrição sobre a doença deste homem, penso que ele sofre de somatoparafrenia, ou seja, acredita que determinada parte do seu corpo não lhe pertence daí ele chegar ao ponto de se auto-mutilar/agir com grande violência para com esse determinado membro.
    No texto podemos ver que o paciente acredita que a sua perna não lhe pertence magoando-se a ele próprio: “agarrou a perna com as duas mãos e, com uma enorme violência, tentou separá-la do corpo.”
    Quem sofre desta doença tem danos na região do cérebro responsável por relacionar todas as partes do corpo e para as controlar (somatossensorial). Os doentes são capazes de mexer todas as partes do corpo, mas não conseguem reconhecê-las como suas.

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  31. Bem, que história!!!
    Para mim é claro que o paciente sofre de algum distúrbio mental - cerebral, pois pela reacção do médico do ponto de vista físico estaria tudo bem.
    Ora, o paciente teria uma lesão no lobo parietal direito (dado que o problema era na perna esquerda)nomeadamente na área somotossensorial secundária, provocando uma agnosia somatossensorial, que se reflecte na incapacidade de reconhecer objectos, discriminar pesos ou localizar sensações térmicas.

    Andreia Silva 12ºA

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  32. Mariana Tavares, nº19, 12ºA10 de março de 2013 às 13:57

    Eu penso que o rapaz sofria de somatoparafrenia, como já foi referido anteriormente.
    A somatoparafrenia é um problema localizado no homúnculo, e relacionado com as funções exercidas pelo córtex somatossensorial (como o próprio nome indica) e provém de uma desordem semelhante a agnosia somatossensorial (incapacidade de reconhecer objetos pelo tato, discriminar pesos e localizar sensações térmicas e tácteis.)
    Este problema impede que as pessoas reconheçam partes do seu próprio corpo e tenham uma enorme vontade de se "livrar" delas.

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  33. Fábio Santos nº11 12ºA10 de março de 2013 às 14:19

    Na minha opinião “o homem que caiu da cama” sofre de uma doença rara chamada somatoparafrenia.
    A somatoparafrenia, assim como a Síndrome da Má Identificação Delirante, é uma disfunção monotemática, ou seja, isolada. O paciente acredita seriamente que uma das partes do seu corpo não faz parte do seu organismo, neste caso a perna esquerda. Assim, ele é capaz de se magoar e até mesmo amputar um membro, apenas por achar que ele pertence à outra pessoa.

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  34. A meu ver, o jovem em causa sofria de somatoparafrenia. Esta doença provém de uma incapacidade de reconhecer objectos pelo tato, diferenciar pesos e localizar sensações térmicas e táteis, sendo que se deve a um problema localizado no homúnculo.
    As pessoas que sofrem deste problema tendem a magoar-se seriamente ao tentarem retirar as partes do corpo (como neste caso, a perna) que acreditam não lhes pertencerem.

    Ivo Farreca, nº13 12ºA

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  35. Neste caso em especial, o paciente sofrerá de somatoparafrenia que assim como a Síndrome da Má Identificação Delirante, é uma disfunção monotemática, ou seja, isolada. O paciente acredita seriamente que uma das partes do seu corpo não faz parte do seu organismo. Assim, ele é capaz de se lesionar e até mesmo amputar um braço, apenas por achar que ele pertence à outra pessoa.
    Vítimas com essa síndrome têm danos em uma região do cérebro chamada homúnculo, uma espécie de mapa corporal. A região é responsável por “catalogar” todas as partes do seu corpo para que você possa manter o controle sobre cada uma delas. Apesar da disfunção, o paciente ainda consegue mover os membros normalmente, apenas não os reconhece como sendo parte de si.

    Roberta Gomes nº15 12ºC

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  36. Na minha opinião o paciente sofre de uma doença chamada somatoparafrenia.
    A somatoparafrenia é uma disfunção monotemática, ou seja, isolada. O paciente acredita seriamente que uma das partes do seu corpo não faz parte do seu organismo, neste caso a perna esquerda. Assim, ele é capaz de se magoar e até mesmo amputar um membro, apenas por achar que ele pertence à outra pessoa.

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  37. Tenho 55 anos, sou coreano, fui diagnosticado com câncer de fígado em segundo estágio após um exame agendado para monitorar a cirrose hepática. Eu tinha perdido muito peso. Uma tomografia computadorizada revelou três tumores; um no centro do fígado em tecido danificado e dois em porções saudáveis ​​do meu fígado. Nenhum tratamento de quimioterapia ou radioterapia foi prescrito devido à minha idade, ao número de tumores no fígado. Um mês após o meu diagnóstico, comecei a tomar 12 suplementos de Salvestrol (350 pontos) por dia, proporcional ao meu peso corporal. Compreendeu seis cápsulas Salvestrol Shield (350 pontos) e seis cápsulas Salvestrol Gold (350 pontos), distribuídas ao longo do dia, tomando duas de cada cápsula após cada refeição principal. Esse nível de suplementação com Salvestrol (4.000 pontos por dia) foi mantido por quatro meses. Além disso, iniciei um programa de exercícios respiratórios, exercícios de chi, meditação, alongamento e prevenção de estresse. Devido à variedade de condições de que sofri, recebi exames médicos em andamento. Onze meses após o início da suplementação com Salvestrol. Mas todos inválidos, então eu continuo procurando uma cura à base de plantas on-line que, como me deparei com um testemunho apreciando o Dr. Itua sobre como ele curou seu HIV / Herpes, entrei em contato com ele por e-mail que ele listou acima, o Dr. Itua me enviou o remédio herbal dele para o câncer beber por duas semanas para curar Eu paguei pela entrega, então eu recebi meu remédio herbal e bebi por duas semanas e fui curado até agora, estou totalmente livre de câncer, aconselho você a entrar em contato Dr. Itua Herbal Center no e-mail ... drituaherbalcenter@gmail.com. Número WhatsApps ... + 2348149277967. Se você sofre de Doenças listadas abaixo, Câncer, HIV / Aids, Herpes Vírus, Câncer de bexiga, Cérebro, Câncer retal do cólon, Câncer de mama, Câncer de próstata,
    Câncer de esôfago, Câncer de vesícula biliar, Doença trofoblástica gestacional, Câncer de cabeça e pescoço, Linfoma de Hodgkin
    Câncer intestinal, Câncer renal, Leucemia, Câncer de fígado, Câncer de pulmão, Melanoma, Mesotelioma, Mieloma múltiplo, Tumores neuroendócrinos, Linfoma não Hodgkin, Câncer bucal, Câncer de ovário, Câncer de seio, Câncer de pele, Sarcoma de tecidos moles, Câncer na coluna vertebral, Câncer de estômago, Câncer de testículo, Câncer de garganta, Câncer de tireóide, Câncer uterino, Câncer vaginal, Câncer vulvar, Hepatite, Doença crônica. Lúpus, fibromialgia.

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