quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O HOMEM QUE CAIU DA CAMA

Há muito tempo, ainda eu não tinha acabado o curso, uma enfermeira telefonou-me e falou-me de um caso estranho: um jovem tinha dado entrada no hospital naquela manhã. Parecia simpático, normal, e assim esteve todo o dia até há poucos minutos ao acordar. Nessa altura parecia estranho e excitado, nem parecia o mesmo. Tinha caído da cama e estava sentado no chão a vociferar, recusando-se a voltar para a cama. A enfermeira pediu-me para ir até lá e tentar resolver o problema.
Quando cheguei encontrei o paciente sentado no chão ao pé da cama a olhar para uma das suas pernas. No rosto via-se raiva, alarme, espanto e surpresa – principalmente espanto misturado com consternação. Pedi-lhe para voltar para a cama e perguntei-lhe se precisava de ajuda, mas ele pareceu ficar alarmado com a minha sugestão e abanou a cabeça. Sentei-me ao pé dele e fiz-lhe a história clínica sentado no chão. Tinha chegado de manhã para fazer uns testes, não que se sentisse mal, mas os neurologistas achavam que ele tinha uma perna “preguiçosa” (foi exactamente a palavra que usaram) e aconselharam-no a fazer testes. Tinha-se sentido bem todo o dia e adormecera pelo fim da tarde. Quando acordou também se sentia bem, até ao momento em que se mexeu. Foi então que descobriu, como ele próprio disse, que havia na cama “uma perna de outra pessoa” – uma perna humana, uma coisa terrível! A princípio ficou paralisado de espanto e nojo. Nunca lhe tinha acontecido nada assim, nunca havia imaginado nada tão horrível. Tocou na perna com cuidado. Parecia perfeita mas “estranha” e fria. Nessa altura percebera tudo: era uma partida! Uma partida monstruosa e imprópria mas muito original. Estávamos na véspera de Ano Novo e todos celebravam a data. Metade do pessoal tinha bebido demais, voavam gracejos e bombinhas, uma cena de Carnaval. Era óbvio que uma das enfermeiras, com um sentido de humor macabro, se esgueirara até à unidade de dissecação, roubara uma perna e tinha-a posto debaixo dos seus lençóis enquanto ele estava a dormir. Ficou aliviado com esta explicação mas achou que a brincadeira tinha ido longe de mais e atirou aquela coisa da cama abaixo. Mas (e ao contar isto começou a temer e a ficar pálido) quando a atirou da cama abaixo foi arrastado atrás e agora aquilo estava agarrado a ele.
“Olhe para isto!”, gritou revoltado. “Já alguma vez viu uma coisa tão horrível e macabra? Pensei que os cadáveres estavam mortos e pronto. Mas isto é estranho! E não sei como mas – é horrível – parece que está agarrada a mim!”
Agarrou a perna com as duas mãos e, com uma enorme violência, tentou separá-la do corpo. Como não o conseguiu esmurrou-a, num acesso de raiva.
“Calma!”, exclamei. “Tenha calma! Acalme-se! Se fosse a si não dava murros na perna dessa maneira.”
“E porque não?”, perguntou irritado e feroz.
“Porque essa é a sua perna”, respondi. “Não reconhece a sua própria perna?”
Ele lançou-me um olhar onde se confundia o espanto, a incredulidade, o terror e a surpresa, mas também a suspeita.
“O sotor está a gozar comigo! Está combinado com a enfermeira! Não devia brincar assim com os doentes.”
“Não estou a brincar consigo. Essa é mesmo a sua perna.”
Viu pela minha cara que estava a falar a sério e o terror apoderou-se dele. “Está a dizer que esta é a minha perna? Não acha que eu devia ser capaz de reconhecer a minha própria perna?”
“Acho”, respondi. “Devia reconhecê-la. Nem sequer imagino uma pessoa que não reconheça a sua própria perna. Se calhar é você que tem estado a gozar comigo.”
“Juro por Deus, palavra de honra que não…eu devia reconhecer o meu próprio corpo, o que lhe pertence e o que não lhe pertence, mas esta perna, esta coisa – voltou a tremer de nojo – “não parece normal, não parece real, e não parece fazer parte de mim.”
“Então parece o quê?”, perguntei, já tão surpreendido como ele.
“O que é que parece?”, repetiu devagar. “Quer que lhe diga? Não se parece com nada que existia à superfície da Terra. Como é que uma coisa destas me pode pertencer? Não sei ao que é que uma coisa destas posa pertencer…”
Ficou sem voz. Estava aterrorizado e chocado.
“Ouça-me”. Disse eu, “acho que você não está bem. Deixe-me pô-lo na cama outra vez. Só lhe quero fazer mais uma pergunta: se isto, esta coisa, não é a sua perna (em determinado momento da sua conversa tinha-se referido à perna como sendo uma ‘falsificação’ e mostrou-se admirado por alguém se ter dado ao trabalho de ‘fabricar’ uma fac-símile) onde é que está a sua perna esquerda?”
Mais uma vez empalideceu. Ficou tão branco que pensei que ia desmaiar.
“Não sei, não faço ideia. Desapareceu. Foi-se. Não está em lugar nenhum…”
SACKS, Oliver, O Homem que Confundiu a Mulher com o Chapéu, 2006. Lisboa: Relógio D’Água, pp. 78-80

Investiga sobre o problema que este paciente apresenta e coloca a tua resposta na caixa dos comentários.

34 comentários:

  1. Olá professor, fogo sem dúvida que este texto é lindo.
    Mas não sei mesmo que dizer , só tenho a dizer que tive curiosidade numa das palavras escritas no mesmo texto fac-s´mile , o que nos quer dizer que é toda uma cópia ou reprodução que apresenta uma grande semelhança com a original.



    Isabel Soares 12ºC

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  2. Não tendo nenhum conhecimento em termos médicos e com alguma pesquisa, elaborei um diagnostico para o nosso caricato paciente.

    Este paciente, julgo que não sente o seu membro hemiplégico. O que é um membro hemiplégico? Vem da palavra hemiplegia, que significa paralisia numa metade do corpo, pode ser causado por doenças cerebrais em geral por AVC.

    Falamos disto na aula passada, a área do cérebro direita for afectada podemos perder o sentido motor na parte esquerda. O mesmo se pode ter sucedido com este paciente, no que toca ao sentir a perna, como se uma toda essa área ficasse paralisada e não a conseguíssemos sentir.

    Mas como explicar que ele ache que a perna não é dele? Talvez o AVC ou qualquer outro acidente, o tenha afectado a nível cerebral, e possa ter causado outros danos e alterando outras capacidades. Já mostrei um motivo para provavelmente não sentir a perna agora achar que não é dele é outra história.

    Com mais pesquisa descobri uma capacidade que é a propriocepção ou cinestesia, que é a capacidade de reconhecer a localização espacial do corpo sem olhar para essa parte específica. Nos sentimos as nossas pernas sem estar a olhar para elas certo? Pode advir uma doença como polineurite, que é a perda desta capacidade, senti-mo-nos por assim dizer fora do nosso corpo, o paciente pode não conseguir segurar objectos ou modelar o tom de voz correctamente. A polineurite pelo que eu percebi é uma doença que causa desmielinização dos nervos das pernas e podemos perder a sensibilidade da mesma.

    Se o paciente tiver um AVC ou qualquer acidente a nível cerebral, que cause uma hemiplegia ou uma polineurite, sem percepcção que ela não nos pertence, então o paciente pode não sentir(hemiplegia) e não reconhecer a sua parte do corpo(polineurite), porque na sua mente a perna não lhe pertence e sente que não é definitivamente a perna.

    Pode chamar a sua perna coisa, por possuir outra lesão que é a prosopagnosia, que é a capacidade de não saber o que realmente se vê, dai ele lhe chamar coisa horrenda e nojenta.
    Peço desculpa por quaisquer erros científicos e médicos que possa ter cometido e pelo texto demasiado extensivo.

    Daniel FV nº12 12ºB

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  3. O paciente teve problemas de coração designado de fibrilação auricular (FA) é a arritmia mais prevalente em Medicina Familiar. Os doentes com esta arritmia têm maior risco de mortalidade e
    nomeadamente de acidente vascular cerebral (AVC).Assim foi criado um êmbolo(Obstrução de uma artéria nos pulmões, podendo causar coágulos e tumores.

    Isto deixou o paciente com hemiplegia (é uma paralisia de toda uma metade do corpo. Em geral é causada por doenças cerebrais focais, em especial por uma hemorragia cerebral em caso de apoplexia.)

    Isto leva-me a crer que o paciente terá danos cerebrais ou um tumor.

    Rui Vilafanha 12ºC Nº20

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  4. Aparentemente este senhor sofreu um AVC e consequentemente teve hemiplegia
    que é a paralisia dos músculos de um lado do corpo, contralateral ao lado do cérebro em que aconteceu o AVC.Uma definiçao mais completa é hemiplegia é sequela neurologica grave devido a um comprometimento circulatorio no cerebro com consequencias a varios niveis. Um individuo que por algum motivo sofreu uma lesão cerebral, compromete uma determinada area cerebral.Neste caso o senhor teve um comprometimento fisico que resulta em perdas de equilibrio e coordenação.

    André Loureiro 12 c

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  5. Todo este texto é bastante complexo, no que toca ao ponto de vista psicológico e físico.
    Parece tratar-se de uma situação em que se realiza um transplante, que neste caso, é do membro inferior esquerdo.
    Mas mais do que o próprio transplante, está implicita a rejeição que psicologicamente pode existir após uma intervenção deste género.
    Assiste-se portanto a uma fase fantasiosa, ou por outro lado fantasmática, em que o paciente não aceita o novo membro como seja parte dele, causando-lhe bastante sugestão como é que uma coisa que outrora fora cadáver e naquele momento podia estar ali, naquela sala "agarrada" a ele.
    Todas as partes do nosso corpo estão associadas no nosso cérebro, e mesmo que algum membro seja amputado, vai existir a presença desse mesmo membro. Isto leva-nos a constatar o que se passa no texto, em que apesar de ter uma nova perna o cérebro não a associa como sendo a de nascença e com a qual sempre viveu.
    É uma fase de rejeição a uma coisa que não é conhecida, com a qual nunca conviveu e custa a aceitar o facto de andar com uma coisa que "não lhe pertence".
    O membro amputado permanece na mente do paciente, considerando o novo membro como estranho e inaceitável.

    Patrícia Lino 12ºC

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  6. O paciente não sente o membro hemiplégico (deriva de hemiplegia, ou seja, paralisia numa metade do corpo. Pode ser causado por doenças cerebrais, em geral AVC.de coração, ou seja, fibrilação auricular (FA). Os doentes que são afectados por esta arritmia têm maior risco de mortalidade, e como já referi em cima, de serem afectados por doenças cerebrais. Assim foi criado um êmbolo (Obstrução de uma artéria nos pulmões, podendo causar coágulos e tumores).
    Contudo, isto causou ao paciente uma hemiplegia, paralisia de metade do corpo, em específico neste doente, dos membros inferiores (pernas). É causado por doenças cerebrais focais, em geral por uma hemorragia cerebral, apoplexia).
    Em geral o doente deve ter sofrido de danos cerebrais (se a área do cérebro direita for afectada podemos perder o sentido motor na parte esquerda, o que pode ter acontecido a este paciente por ter ficado com os membros inferiores paralisados), ou de um tumor.

    Márcia Pereira n.º13 12.ºC

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  7. Realmente! Um caso estranho que nos leva a pensar...
    Na realidade, este paciente encontra-se, sem dúvida, afectado quer a nivel físico quer a nivel psicológico, mostrando-se completamente obcecado com aquela desagradável e estranha perna com a qual não se identifica.
    Pelo que investiguei e de acordo com o relato de alguns médicos ( cardiologistas, neurologistas,...), este paciente apresentaria fibrilação atrial ou auricular ( arritmia supraventricular caracterizada por uma activação atrial incoordenada que pode causar várias complicações , entre as quais o AVC) e, um grande embolo deixou-o com hemiplegia ( paralisação de uma parte do corpo).

    Enfim, ninguém diga que está bem!...

    Joana Pereirinha
    N.º 15 12.º A

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  8. Este texto é estranho demais.
    Não consigo perceber certas coisas no texto, apenas percebo que o homem não estava bem psicologicamente nem fisicamente pois como diz no texto "ele tinha uma perna “preguiçosa"", e com isto penso que queriam dizer que estava paralisada. Claro que aquela atitude do individuo demonstra que psicologicamente não se encontrava bem.

    Jéssica Palma
    12ºA
    nº13

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  9. Bom, este texto é um pouco complexo e estranho. Mas pelo o que entendi, o texto fala acerca de um homem que perdeu uma das suas pernas e o corpo dele parece não estar aceitar a prótese da perna que perdeu. Penso que o texto também se refere indirectamente, à "dor fantasma". A "dor fantasma" é uma dor num membro que já lá não está e que faz sofrer a maioria das pessoas amputadas. Uma dor quase sempre incompreendida, mesmo por aqueles que a sentem. O cérebro do homem, ainda funcionava e agia como se ainda a perna permanecesse no corpo dele. Isto é, ele tinha a sensação que a perna ainda fazia parte do seu corpo , mas na realidade a perna já lhe tinha sido retirada.
    Existem inúmeras pessoas que sofrem quando lhes é amputado algum membro, principalmente se já viveram muito tempo com esse mesmo o membro. Se a sensação no membro for dolorosa, incómoda e desagradável, com fortes parestesias ela é designada de dor fantasma. A "dor fantasma" é uma consequência inevitável da amputação.


    Joana Sousa, nº18, 12ºB

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  10. Sem duvida, trata-se de um caso imensamente estranho e complexo para uma cabeça como a minha que não tem mestrado em medecina.
    Ao que parece o doente não sente a perna. Ao que parece terá sofrido um AVC o que deixou o paciente com hemiplegia (paralisia de toda uma metade do corpo).
    A situação é agravada já que o paciente nao se encontra psicologicamente bem.

    Diagnostico DRª Ana Silva.
    (ahahahah)

    Ana Silva
    12ºA/nºA

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  11. O paciente não sente o membro do corpo, neste caso a perna, isto pode ser derivado de várias doenças cerebrais, em geral AVC. O acidente vascular cerebral é uma doença caracterizada pelo início agudo de um deficit neurológico (diminuição da função) que persiste por pelo menos 24 horas, refletindo envolvimento focal do sistema nervoso central como resultado de um distúrbio na circulação cerebral que leva a uma redução do aporte de oxigênio às células cerebrais adjacentes ao local do dano com consequente morte dessas células; começa abruptamente, sendo o deficit neurológico máximo no seu início, e podendo progredir ao longo do tempo. Mesmo sendo uma doença do cérebro, o acidente vascular cerebral pode afetar o organismo todo. Uma sequela comum é a paralisia completa de um lado do corpo (hemiplegia) ou a fraqueza de um lado do corpo (hemiparesia). O acidente vascular cerebral pode causar problemas de pensamento, cognição, aprendizado, atenção, julgamento e memória. O acidente vascular cerebral pode produzir problemas emocionais com o paciente apresentando dificuldades de controlar suas emoções ou expressá-las de forma inapropriada. Muitos pacientes apresentam depressão.

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  12. Este paciente não sente o seu membro hemiplégico (paralisia numa metade do corpo, pode ser causado por doenças cerebrais em geral por AVC.)

    Se a área do cérebro direita for afectada podemos perder o sentido motor na parte esquerda. O mesmo se pode ter sucedido com este paciente, como se uma área ficasse paralisada e não a conseguíssemos sentir.
    O acidente vascular cerebral vulgarmente chamado de derrame cerebral, é caracterizado pela perda rápida de função neurológica, decorrente do entupimento ou rompimento de vasos sanguíneos cerebrais. É uma doença de início súbito, que pode ocorrer por dois motivos: isquemia ou hemorragia.

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  13. Este texto é muito complexo, mas também muito interessante. Poderíamos associar este senhor a variadíssimas doenças e problemas psíquicos. Por exemplo, pacientes com a doença, chamada de erythermalgia, possuem versão hiperactiva do gene, sentindo dores fortíssimas, como queimaduras, quando se encostam a um objecto morno.
    O facto de a ausência de funcionamento desse gene levar a uma total incapacidade de sentir dor, associado à observação de que pessoas com uma versão mais activa do gene sentem dores fortes, confirma que ele está directamente envolvido com o mecanismo da dor.
    Apesar de a medicina ter a seu dispor dezenas de analgésicos e anestésicos, nenhuma dessas moléculas age directamente sobre a proteína produzida pelo SCN9A.
    “Sentir” é uma palavra que carrega uma ampla gama de significados, tais como perceber por meio dos órgãos dos sentidos, experimentar uma sensação física ou um afecto, ter sensibilidade, perceber, conhecer, entre outras.
    Na doença de Alzheimer, principalmente entre os estágios intermediário e avançado, nota-se que, o portador deixa de sentir muitas coisas, enquanto que o cuidador passa a sentir coisas que talvez não tivesse a sensibilidade de perceber anteriormente.
    Cada pessoa é única, por isto, cada portador da doença de Alzheimer vive a doença de uma maneira. Não é possível afirmar que determinadas situações que acontecem com umas pessoas necessariamente acontecerão com todos os idosos e “cuidadores”, porém muitos experimentaram, estão a experimentar ou poderão experimentar estas ‘tristes’ situações.
    A hemiplegia e a amputação, quando associadas, podem funcionar em sinergia aumentando as incapacidades. A sequência do estabelecimento da associação destas duas entidades nosológicas é referida como importante no prognóstico funcional. Assim, quando a hemiplegia se instala antes da amputação, os resultados finais, quanto à recuperação da independência da marcha, são melhores que na ordem inversa.
    Os doentes vítimas de hemiplegia e amputação homolateral simultânea do membro inferior, obtém resultados mais favoráveis quando comparados com lesões contralaterais. A situação clínica será ainda mais favorável, quando se trata de uma hemiplegia direita.
    A causa da amputação pode ser o limitante do amputado. Assim, e como exemplo, um amputado de causa traumática, saudável sob os demais aspectos, terá melhor prognóstico funcional que um amputado de causa não traumática. Nesta última situação tanto o coto como o membro remanescente sofrerão da doença de base.
    Há variadas situações que se podem considerar. Amputados unilaterais dos membros inferiores, alguns acima outros abaixo do joelho, por exemplo; destas amputações algumas de origem vascular outras de origem traumática. Algumas situações de acidente vascular cerebral (AVC) isquémico, outros por traumatismo Crânio - Encefálico (TCE); podendo ainda verificar-se se resultam de hemiplegias à esquerda ou à direita.
    Os nossos hemisférios cerebrais, direito e esquerdo, têm funções distintas e simultâneas, ao mesmo tempo, como já verificámos. Há funcionalidades que só dizem respeito ao hemisfério direito, outras que só dizem respeito ao hemisfério esquerdo, mas há ainda outras que cabem aos dois, complementando-se.
    Como diz Orntein, R,” Atravessam-se idênticos conjuntos de neurotransmissores, ouvem as mesmas piadas, vêem os mesmos programas de televisão e vão às mesmas festas. E nenhum dos hemisférios trabalha, faz o que quer que seja sozinho, tal como não se pode andar com um só pé, ou calcular uma área de um rectângulo como dependendo unicamente da altura ou da largura. Quase nada é regulado só pelo hemisfério direito ou só pelo hemisfério esquerdo.” Concordo em pleno. Este senhor já sabia do que falava. Mas o ‘doente’ que caiu abaixo da cama poderá ter tido variadíssimas situações que provocaram aquele comportamento. Não tenho certeza. Mas aqui está a minha pesquisa.

    Dina Pereira 12ºB Nº14

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  14. O texto revela uma situação vivida por um estagiário, num hospital, que se deparou com um doente jovem que, desde que deu entrada teve uma atitude perfeitamente normal, até que adormeceu e quando acordou, parecia uma pessoa completamente diferente.
    Parece que o sono o fez alterar o seu comportamento. Mas seria o sono, seriam os sonhos, ou seria o choque de enfrentar uma realidade para a qual não estava psicologicamente preparado, e aquela reacção de rejeição da perna, de nojo, como se fosse um corpo estranho, foi precisamente a forma de demonstrar a sua revolta, a sua insegurança, o seu medo de encarar a realidade?
    Podem ser várias as razões que justificam o facto de ele não reconhecer ou sentir a própria perna, nomeadamente uma paralisia causada por um AVC, mas o doente poderá estranhar a perna também, porque foi mesmo submetido a uma transplante, não sabemos o que lhe fizeram antes dele adormecer, e de facto, aquela perna (prótese), é agora a sua perna, mas é um corpo estranho!
    O doente pode ainda ter uma personalidade dupla, com estados de espírito e formas de agir completamente diferentes, e mesmo opostas, em ocasiões distintas.
    Pode ainda sofrer de uma qualquer perturbação mental, subsequente ao trauma e pânico que viveu, do tipo esquizofrénico.
    Outra razão para aquele comportamento, pode ser “manha”, isto é, está a fazer “fita”, como uma forma de conseguir sair daquele lugar, ou para conseguir mais atenções para si.
    Resumindo, o cérebro humano é uma verdadeira “caixinha de surpresas” e as reacções a determinadas situações podem ser tão variadas que não é possível fazer um diagnóstico dos motivos, ou das consequências, sem primeiro estudar as hipóteses e as circunstâncias.

    Rúben Silva
    12ºB Nº25

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  15. Este doente é exemplo da perda completa da
    consciência de seu membro hemiplégico, mas, o que
    se torna ainda mais constrangedor é que ele não consegue dizer onde esta a perna que supostamente lhe falta.


    Daniel de Almeida nº11 12ºB

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  16. Ao que parece este senhor sofre de uma doença proveniente de uma lesão cerebral, a hemiplegia.Hemiplegia é uma paralisia de toda uma metade do corpo. Em geral é causada por doenças cerebrais focais, em especial por uma hemorragia cerebral em caso de apoplexia, porque o homem não sentia a perna. agora o porque de ele não a reconhecer, já não sei, pode ter sido causado por outros danos e ter afectado outras funções que se desconhece.

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  17. O paciente em questão, marcado por impressões esquesitas, evidencia a perda da sensibilidade na sua perna, bem como os sentimentos e pensamentos que a perna nem se quer lhe pertence. Este cenário verifica-se, pois, provavelmente o paciente sofreu um acidente vascular, que esteve na causa de uma lesão cerebral. Isto traduz-seconsequentemente, numa hemiplegia* (paralisia incidente nos membros de uma metade do corpo, neste caso específico, o membro inferior). Daí que o paciente, esteja tão confuso e perturbado, apresentando um discurso tão absurdo e estranho, resultante desta paralisia.
    Definição Etimológica de Hemiplegia* (Do gr. hemí, «metade; meio» +plegé, «ferido; atingido» +-ia, ou do fr. hémiplégie, «id.»)

    Viktoriya Lizanets 12ºC nº21

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  18. Depois da última aula fiquei a perceber melhor do que se trata o texto e qual o problema nele referido.
    O que se passa com ete paciente é que não sente o seu membro hemiplégico ( derivado da palavra hemiplegia, que significa paralisia numa metade do corpo) e que pode ser causado por doenças cerebrais como o AVC.
    Aqui a áera direita do cérebro foi afectada e consequentemente o paciente perdeu o sentido motor na parte esquerda.

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  19. Depois da leitura do texto e de uma breve reflexão descobri que o paciente sofre de uma doença designada de hemiplegia. A hemiplegia é uma paralisia que atinge um dos lados do corpo, causada por lesões no encéfalo, como por exemplo hemorragia, congestão ou embolia, podendo surgir também como sintoma da arterosclerose.

    Jorge Marcelo Nº11 12ºC

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  20. Este texto é um pouco confuso, esquisito.
    Nesta pequena síntese concluí que este paciente é um exemplo de um ser humano, que sofre de hemiplegia. Entende-se por hemiplegia - perda grave ou completa da função motora num lado do corpo. Este estado, normalmente é causado por doenças cerebrais que estão localizadas no hemisfério cerebral oposto ao lado da fraqueza. Neste caso concreto, o paciente não sentia a perna esquerda.
    O maior causador de lesões no cérebro que originam uma hemiplegia, é o acidente vascular cerebral (AVC), no qual se verifica uma ruptura de um vaso (por hipertensão, trombose de uma artéria, etc.).

    Ana Rocha
    Nº1/12ºC

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  21. o paciente não sente a perna é como se ela tivesse morta , esta doença é a hemiplegia pois está relacionado com o que o paciente tem neste caso não mexer um membro todo do corpo. Em geral é causada por doenças cerebrais focais, em especial por uma hemorragia cerebral em caso de apoplexia.

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  22. Coerentemente, este homem, de certa forma não sente o seu membro hemiplégico. A hemiplagia é caracterizada por um individuo não sentir nem percepcionar uma metade do seu corpo, ou seja, de certa forma uma paralisia. Tal situação pode ser causada por diversas acidentes que podem ocorrer nas áreas cerebrais, porventura o AVC pode ser das causas mais indicadas.
    O nosso cérebro é dotado de uma lateralização hemisférica ou seja a área direita do nosso cérebro comanda a parte esquerda do nosso corpo, enquanto a parte esquerda do nosso cérebro comanda a parte direita do nosso corpo...Neste respectivo caso tudo indica que o referido homem possa ter tido alguma alguma lesão na área direita do seu cérebro (tal como um AVC) e que tenha provocado a falta de percepção e sentido da área direita do seu corpo, mais precisamente a sua perna direita...
    Para mim é o diagnóstico mais provável...Coerentemente, este homem, de certa forma não sente o seu membro hemiplégico. A hemiplagia é caracterizada por um individuo não sentir nem percepcionar uma metade do seu corpo, ou seja, de certa forma uma paralisia. Tal situação pode ser causada por diversas acidentes que podem ocorrer nas áreas cerebrais, porventura o AVC pode ser das causas mais indicadas.
    O nosso cérebro é dotado de uma lateralização hemisférica ou seja a área direita do nosso cérebro comanda a parte esquerda do nosso corpo, enquanto a parte esquerda do nosso cérebro comanda a parte direita do nosso corpo...Neste respectivo caso tudo indica que o referido homem possa ter tido alguma alguma lesão na área direita do seu cérebro (tal como um AVC) e que tenha provocado a falta de percepção e sentido da área direita do seu corpo, mais precisamente a sua perna direita...
    Para mim é o diagnóstico mais provável...

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  23. Ao recorrer à base de dados do meu consultório percebi que provavelmente este paciente sofre de hemiplegia.
    A hemiplegia é uma paralisia que atinge um dos lados do corpo, causada por lesões no encéfalo, como por exemplo hemorragia, congestão ou embolia, podendo surgir também como sintoma da arterosclerose.

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  24. o paciente teve hemiplegia (é uma paralisia de toda uma metade do corpo. Em geral é causada por doenças cerebrais focais, em especial por uma hemorragia cerebral em caso de apoplexia.)

    Isto leva-me a crer que o paciente terá danos cerebrais ou um tumor.

    João nº19 12ºB

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  25. A leitura do texto leva-me a crer que o paciente sofreu de uma hemiplegia - estado no qual ocorre uma paralisia de um lado do corpo (direito ou esquerdo), freqüentemente causada por uma lesão ou distúrbio cerebral. Pode ser competa ou iuncompleta dependendo da gravidade e extenção do distúrbio. O motivo pelo qual apenas um dos lados do corpo é afetado, decorre da divisão do cérebro em dois hemisférios, onde a metade esquerda controla movimentos e sensibilidade do lado direito do corpo e vice-versa. Quando uma lesão ocorrer no hemisfério direito, podemos ter uma hemiplegia do lado esquerdo do corpo.


    Cátia Nogueira nº10 12ºB

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  26. O paciente a que se refere o texto não apresenta sensibilidade na sua perna. Isto deve-se ao facto do paciente ter sofrido um acidente vascular, que esteve na causa de uma lesão cerebral. Que se traduz numa hemiplegia - paralisia incidente nos membros de uma metade do corpo, neste caso, o membro inferior. Assim se justifica que o paciente apresente um discurso absurdo e se encontre confuso e perturbado, resultante desta paralisia.

    Marta Rocha Valente Nº16 12ºC

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  27. O doente sofreu um AVC que originou uma hemiplegia que é uma paralisia incidente nos membros de uma metade do corpo, neste caso, o membro inferior.
    Isto leva-nos a querer que o paciente tem danos cerebrais, um tumor.

    Márcia Cerveira nº14 12ºC

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  28. O paciente evidencia a perda da sensibilidade na sua perna. O doente sofreu um AVC que originou uma hemiplegia que é uma paralisia incidente nos membros de uma metade do corpo , neste caso , na perna.
    Daí que o paciente, esteja tão confuso e perturbado.

    Daniela Tojal

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  29. Sem dúvida que o doente sofre de uma doença cerebral que lhe incapacitou de sentir o próprio corpo.
    As doenças cerebrais são o principal problema de saúde das sociedades modernas devido ao número crescente de pessoas afectadas directa ou indirectamente, através dos familiares dos pacientes, e hà falta de curas para estas patologias.
    A tendência para o aumento da esperança de vida da população implica uma maior prevalência de doenças do cérebro, desde as neurodegenerativas, como Alzheimer, Parkinson e Huntington, aos acidentes vasculares cerebrais, tumores, epilepsias ou disfunções psiquiátricas várias, além de outras não directamente relacionadas com o envelhecimento, de foro genético ou traumático.Na minha perspectiva, a importância das doenças do cérebro resulta também do problema central, a falta de curas.
    A Medicina tem já curas eficientes para a maior parte das doenças do corpo humano, mas não para o cérebro. Há terapias que aliviam os sintomas, mas não curam.
    Essa falta de curas faz com que a comunidade científica desenvolva actualmente um grande esforço para aumentar o conhecimento do cérebro e gerar novas terapias.
    Levei esta pesquisa mais além e descobri uma doença da qual este paciente pode sofrer, chama-se parestesia e e uma doença que ocorre na destruição dos neurónios, provocando formigueiro nos membros inferores, e em casos mais extremos levar mesmo a perda de contaco com esses membros.

    Guilherme

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  30. aparentemente o paciente sofreu um AVC, do qual resultou uma parelesia da parte do corpo (hemiplegia) oposta, à area do cerebro que sofreu a lesão.
    pobre homem, ja nao chegavam os problemas psicológicos, e ainda ficou com outra perna marota ! :) ahahah

    Pedro Coutinho

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  31. O paciente sofreu um AVC, do qual resultou uma parelesia da parte do corpo (hemiplegia) oposta.
    Isto leva-nos a querer que o paciente tem danos cerebrais, um tumor.
    Assim se justifica que o paciente apresente um discurso absurdo e se encontre confuso e perturbado, resultante desta paralisia.

    Diana Tavares nº 7 12º c

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  32. Este paciente apresenta a hemiplegia, que é a paralisia de uma parte do seu corpo. Esta paralisia deveu-se a um AVC que o afectou profundamente, pois o seu estado psicológico não era o melhor.

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  33. Este doente provavelmente sofreu hemiplegia. A hemiplegia é uma paralisia que atinge um dos lados do corpo, causada por lesões no encéfalo, como por exemplo hemorragia, congestão ou embolia, podendo surgir também como sintoma da arterosclerose. Neste caso pode ter sido provocada por um AVC.

    André Rocha nº4 / 12ºA

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  34. Pelas várias investigações que fiz cheguei à conclusão que o paciente deveria ter sofrido de uma paralisia cerebral denominada hemiplegia.

    Esta paralisia afecta um dos lados do corpo, sendo originada por lesões do encéfalo. É devido a este facto que o paciente não reconhece a sua perna pois não a sente ou a coordena, estando assim quebrada literalmente a ligação da perna com o resto do corpo, o paciente não demonstra qualquer sensibilidade ou estima pela sua própria perna, visto que na sua cabeça ela não lhe pertence. Aliás, desvaloriza-a até ao ponto de a caracterizar como sendo de um cadáver, pois, supostamente, o que é realmente nosso e o que nos pertence, nós temos total controlo sobre isso, tendo consciência daquilo que realmente somos.

    Jéssica Martins nº14 12ºA

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