quinta-feira, 20 de outubro de 2016

OLIVER SACKS











OLIVER SACKS, (1933 - 2015), era natural de Inglaterra onde se formou em medicina. Emigrou para os EUA na década de 1960. Aí exerceu medicina e lecionou neurologia em diferentes escolas norte-americanas. Autor de vários livros, alguns deles escritos a partir da sua experiência pessoal e profissional, descreveu com impressionante mestria a realidade mental dos doentes neurológicos.

" Quando as pessoas morrem não podem ser substituídas. Deixam buracos que não podem ser preenchidos, porque é o destino de todo o ser humano - o destino genético e neurológico - ser um indivíduo único, encontrar o seu próprio caminho, viver a sua própria vida, morrer a sua própria morte".
Fevereiro de 2015. Faleceu meio ano após esta declaração.

domingo, 16 de outubro de 2016

Plasticidade e aprendizagem

A função vicariante é um bom exemplo da enorme plasticidade do cérebro humano, isto é, da sua enorme capacidade de reorganizar as redes neuronais ao longo do tempo em função das necessidades e dos estímulos do ambiente que nos rodeia.
Desde os anos 40 do século passado que especialistas como o canadiano Donald Hebb e o polaco Jersey Konorski têm vindo a defender que a aprendizagem e a memória se repercutiam em alterações nos neurónios envolvidos nessas tarefas cognitivas. Posteriormente, diversas pesquisas científicas acabaram por demonstrar que, de facto, o exercício provoca modificações nas células nervosas, o que leva a supor a possibilidade de, através de novas aprendizagens, ampliar a massa encefálica envolvida nesses processos.

Psicologia em Ação, Domingos Faria, Luís Veríssimo e outros, Editora Asa. (Manual adotado)

sábado, 8 de outubro de 2016

O Papel das áreas pré - frontais

TONY TASSET, Olho Gigante, Chicago, EUA


O Papel das áreas pré-frontais

"A área pré-frontal ou córtex -frontal, situa-se na secção anterior do lobo frontal. Trata-se de uma estrutura recente do ponto de vista evolutivo.
É do correto funcionamento desta área que dependem o pensamento abstrato, a imaginação, a consciência reflexiva, a capacidade de tomar decisões e prever as suas consequências, de construir e utilizar sistemas simbólicos, designadamente a linguagem e outros códigos facilitadores da comunicação.
Cabe-lhe ainda o papel de conservar a nossa identidade, permitindo-nos uma constância em termos de personalidade, bem como a possibilidade de organizar e fazer funcionar as instituições, elaborar leis, estabelecer formas equilibradas de relacionamento entre pessoas e grupos, compreender e interiorizar padrões éticos, essenciais para o controlo dos comportamentos necessários à vida em sociedade.
Todo o progresso e conforto material e espiritual da humanidade se deve à intervenção desta área. É graças à sua atividade que os seres humanos se têm dedicado à especulação abstrata e, consequentemente, têm podido dar corpo a obras-primas a nível da literatura e da arte e fazer assombrosas descobertas a nível da ciência e da técnica.
Apesar disso, não podemos deixar de constatar que este extraordinário potencial também tem possibilitado algumas das maiores atrocidades da história da humanidade, como por exemplo, o genocídio, a guerra, a escravatura, a tortura e a morte de inocentes."

Psicologia em Ação - 12º Ano, Luís Veríssimo, Domingos Faria e outros