quinta-feira, 15 de novembro de 2012

O CASO ELLIOT



António Damásio, diretor do departamento de neurobiologia da universidade de Iowa, estudou de modo detalhado o caso de um paciente, Elliot. Sofrendo de um tumor cerebral, este foi operado com sucesso e o prognóstico revelava-se excelente. Contudo, assim não veio a acontecer: depois da operação, o paciente começou a evidenciar perturbações da personalidade que acabaram por o fazer perder o emprego e arruinaram a sua vida privada. Embora não manifestando, aparentemente, sofrer de algum sintoma, Elliot parecia ter-se tornado incapaz de agir de forma coerente. Encarregado de ler e de classificar uma série de documentos, acontecia-lhe, subitamente, mergulhar na leitura de um só desses documentos e passar assim todo o dia.