terça-feira, 24 de maio de 2011

"Depressão não é uma doença"

 "A depressão não é uma doença" e não existem medicamentos com uma acção antidepressiva. A afirmação controversa – no mínimo – pertence a Carlos Lopes Pires, psicólogo e membro da Unidade de Investigação e Intervenção em Psicologia (UNIIPSI). O clínico vai mais longe. No seu livro, subordinado à desmistificação de crenças ligadas à depressão, psicofármacos e seus efeitos, refere estudos científicos que estabelecem uma ligação directa entre o aumento do número de suicídios e a prescrição de antidepressivos.
Carlos Pires considera que "o antidepressivo dá a energia e a benzodiazepina [o chamado "ansiolítico"] dá a calma para cometer [o suicídio]", referindo-se aos "cocktails" farmacológicos tantas vezes prescritos.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Definição da agressividade na infância

A agressividade em psicopatologia define-se como:

a) “conduta intencionalmente dirigida a provocar lesão ou destruição de um objectivo (pessoa, animal ou objecto)”;
b) agressões físicas ou verbais contra os demais (ameaça, empurrões, dirigir-se aos demais com insultos ou gritos);
c) agressões contra objectos (quebrar ou atirar objectos ao chão, dar pontapés);
d) auto-agressão (bater com a cabeça, arranhar-se, fazer pequenos cortes em si mesmo).
Todas estas definições podem formar uma possível classificação de comportamento agressivo.
Actualmente e seguindo a classificação estatística dos transtornos mentais da academia americana de psiquiatria (DSM-IV, 2000), este comportamento não se considera por si mesmo uma entidade patológica, mas a parte de um conjunto de sintomas de numerosos transtornos tais como o transtorno anti-social, a esquizofrenia, o autismo, o atraso mental e o transtorno do défice de atenção e hiperactividade.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

O nosso bisavô de Viena

 (…) Os 150 anos do nascimento do nosso bisavô de Viena, Sigmund Freud, médico psiquiatra, fundador da Psicanálise, deram origem a múltiplas celebrações e polémicas. A austera figura de Freud voltou – se alguma vez deixou de estar – ao centro de debates que transbordam dos circuitos de especialistas para chegarem ao "grande público". A questão da sexualidade, associada ao nome do pensador de Viena, faz do seu legado tema apelativo. Especialistas e leigos, amigos e inimigos defrontam-se, de novo, em palcos de discórdia, sobre a validade científica e a actualidade do contributo freudiano.