quinta-feira, 5 de maio de 2011

O nosso bisavô de Viena

 (…) Os 150 anos do nascimento do nosso bisavô de Viena, Sigmund Freud, médico psiquiatra, fundador da Psicanálise, deram origem a múltiplas celebrações e polémicas. A austera figura de Freud voltou – se alguma vez deixou de estar – ao centro de debates que transbordam dos circuitos de especialistas para chegarem ao "grande público". A questão da sexualidade, associada ao nome do pensador de Viena, faz do seu legado tema apelativo. Especialistas e leigos, amigos e inimigos defrontam-se, de novo, em palcos de discórdia, sobre a validade científica e a actualidade do contributo freudiano.
Além das discussões sobre o pensamento e a obra do psicanalista austríaco, surgem simultaneamente os ensaios biográficos acerca da figura de Freud, respeitada e controversa, admirada e criticada. Na perspectiva de atenuar o desconhecimento, percorri, em jeito de ritual comemorativo, o belo livro e pequeno álbum de Catherine Clément, intitulado Pour Sigmund Freud (Paris, Mengès, 2005). Sob a forma de carta dirigida ao médico de Viena, a escritora, num tom apaixonado e provocador, mostra as grandezas e as misérias, as descobertas científicas e os erros, a actualidade e a desactualização de certos postulados freudianos. Longe do tom apocalíptico dos "livros negros da Psicanálise" e de publicações que tais, Clément revela que a admiração apaixonada não é incompatível com a atitude crítica, nem a simpatia do biógrafo conduz obrigatoriamente a resvalar para a hagiografia.
O inconsciente e a sexualidade
Por que motivo as teorias de Freud causaram (e continuam a causar...) tanta irritação e mal-estar, quando não perseguição e interdição (sob o nazismo ou o estalinismo), nas sociedades contemporâneas? Não certamente porque traziam novidade, eram contestáveis e continham análises erróneas. Não seguramente por motivos apenas científicos e metodológicos. Apesar do muito que mudou no período de tempo decorrido entre a transição do século XIX para o século XX e a entrada no terceiro milénio, a resposta pertinente as estas perguntas permanece inscrita nas palavras do seu amigo Stephen Zweig: "Inconscientemente, o mundo optimista e liberal sentia que aquele espírito que não aceitava compromissos minava inexoravelmente, com a sua psicologia das profundezas, a tese do crescente domínio exercido pela "razão" e pelo "progresso" sobre as pulsões, e que, devido à impiedosa técnica do desvelar, constituía um perigo para o método praticado por esse mesmo mundo, que consistia em ignorar o que era incómodo" (O Mundo dos Outros).
A incomodidade, a resistência, o boicote (desde logo, o do seu consultório médico em Viena), a zombaria (a começar nos salões intelectuais da capital do império austro-‑húngaro), a suspeição perseguiram as teses freudianas até aos nossos dias. O nazismo proibia a psicanálise, designando-a por "ciência judaica", enquanto nas "democracias populares" do Leste o fundamento da interdição assentava na classificação de "ciência burguesa". Em nome da ciência ou da religião, o que estava em causa, mais do que a validade de determinadas teorias, era a pretensão de fazer investigar ou de transformar em objecto de conhecimento legítimo a "caixa negra" do ser humano, o "inconsciente", a sexualidade, a "libido", os sonhos...
É quase clássica esta passagem do famoso ensaio de Thomas Mann Freud e o Pensamento Moderno: "Explorador das profundezas da alma e psicólogo da "pulsão", Freud inscreve-se na linhagem dos escritores do séculos XIX e XX – historiadores, filósofos, críticos ou arqueólogos que se opõem ao racionalismo, ao intelectualismo, ao classicismo, em síntese à fé no espírito do século XVIII. Esses pensadores sublinham o lado negro da alma e da natureza, nos quais vêem o factor determinante da vida, cultivam-no e esclarecem-no numa perspectiva científica". Ao culto de uma razão que deseja circunscrever o conhecimento à consciência e à existência social dos seres humanos, Freud contrapõe a necessidade de analisar a subjectividade profunda e o inconsciente, embora o faça – conforme sublinha Elisabete Roudinesco – numa "hesitação permanente (...) entre a sombra e a luz, entre a paixão e a razão, entre o irracional e a ciência (...)". Apesar do choque que provoca entre os (supostos ou autênticos) herdeiros do espírito racionalista do século XVIII, as teorias freudianas querem situar-se ainda no seu prolongamento, no âmbito de "um pacto fundador que liga a psicanálise à filosofia das Luzes e a uma concepção do sujeito baseada na razão" (Roudinesco).
Coragem moral
A contestação da teoria freudiana prolonga-se até aos nossos dias. A tal não é alheia a existência de cerca de oitocentas escolas de Psicoterapia no mundo contemporâneo, onde se confundem correntes ligadas à ciência e à racionalidade com práticas mágicas e religiosas que se reclamam da designação de Psicanálise. A herança de Freud passou sempre pela rejeição simultânea das práticas mágicas e dos limites positivistas da pura racionalidade cientista.
Quase um século decorrido, algumas das hipóteses e postulados freudianos aparecem, aos olhos dos seus próprios herdeiros, como ultrapassadas e, nalguns casos, erróneas, conforme sucede com as suas teses sobre a sexualidade da mulher, aliás, tal como nota Clément, contraditórias com os actos e a vida do próprio Freud. Mas o seu método de análise, baseado na palavra, na escuta e na livre associação, permanece vivo, por entre múltiplas críticas, fundamentadas, por vezes, na (alegada) ausência de validação experimental ou na (suposta) eficácia de outras correntes de Psicoterapia.
A relevância histórica de Sigmund Freud situa-se, ao que me parece, para além da própria questão da actualidade da Psicanálise, enquanto método curativo ou trabalho cultural. A ele, se deve, no dizer de Catherine Clément, "a maior revolução intelectual do século XIX, aquela que introduziria, no século seguinte, o perigo do sexo recalcado". "O importante, aquilo que permanece do pensamento de Freud – escreve José Bragança de Miranda (JL, 26 de Abril) – é a ousadia da sua tentativa, mais ainda, é o estilo novo com que aborda o "sucesso e insucesso da razão, que nunca são aqueles por que esperamos". Talvez não seja só isso, mas, se mais não for, já seria imenso.
Alguém de boa fé, mesmo que seja agnóstico em Psicanálise (perdoe-se a expressão imprópria...), negará a Freud mérito e coragem pela forma como assumiu o escândalo de enfrentar o lado obscuro e oculto dos seres humanos, com os frágeis instrumentos da racionalidade? Stephen Zweig, escritor amigo e autor do elogio fúnebre na cerimónia da cremação, em Londres, onde estavam exilados, disse-o com o necessário desassombro: "Sempre que procuro um símbolo para a ideia de coragem moral – o único heroísmo à face da terra que não exige vítimas alheias – vejo sempre o belo semblante de Freud, na sua claridade viril, com os olhos escuros, fitando a direito e serenamente".
Mário Mesquita, Público, 2006-04-30

Por que motivo as teorias de Freud causaram (e continuam a causar...) tanta irritação e mal-estar, quando não perseguição e interdição, nas sociedades contemporâneas? (Deixa a tua resposta na caixa dos comentários.)

34 comentários:

  1. Eu não percebo a pergunta. Acho que lá tem um erro e não consigo arranjar forma de a perceber, penso que o erro está nesta parte "quando não perseguição e interdição".

    Jéssica Palma

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  2. A teoria de Freud constituiu uma importante contribuição histórica. Fez-nos tomar consciência dos pensamentos e emoções inconscientes, da ambivalência das relações precoces de pais e filhos, e da presença, desde o nascimento, de pulsões sexuais. O seu método psicanalítico influenciou muito a psicoterapia actual, embora a teoria freudiana se inscreva largamente na história e sociedade da época.
    Segundo Freud, para se compreender o ser humano, tem de se admitir a existência do inconsciente, que define como uma zona do psiquismo constituída por desejos, pulsões, tendências e recordações recalcadas, fundamentalmente de carácter sexual, opondo-se ao racionalismo, ao classicismo, à fé no espírito.
    Freud, ao afirmar que não é a razão, a consciência, que controla a vida humana, mas as forças do inconsciente, ao reconhecer a importância da sexualidade na vida psíquica humana e ao afirmar da existência de uma sexualidade infantil, provoca escândalo por enfrentar o lado obscuro e oculto dos seres humanos ( estes tentam ignorar o que é incómodo), mal estar e até perseguição.
    A incomodidade, a resistência, o boicote, a zombaria, a suspeição têm perseguido as teses freudianas até aos nossos dias.

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  3. A perspectiva psicanalítica de Freud surgiu no início do século XX, dando especial importância às forças inconscientes que motivam o comportamento humano. Freud, baseado na sua experiência clínica, acreditava que a fonte das perturbações emocionais residia nas experiências traumáticas reprimidas nos primeiros anos de vida. Desta forma, assumia que os conteúdos inconscientes, apenas se encontravam disponíveis para a consciência, de forma disfarçada (através de sonhos e lapsos de linguagem, por exemplo). Neste sentido, Freud desenvolveu a psicanálise, uma abordagem terapêutica que tem por objectivo dar a conhecer às pessoas os seus próprios conflitos emocionais inconscientes. Freud acreditava que a personalidade forma-se nos primeiros anos de vida, quando as crianças lidam com os conflitos entre os impulsos biológicos inatos, ligados às pulsões e às exigências da sociedade.
    Considerou que estes conflitos ocorrem numa sequência invariante de fases baseadas na maturação do desenvolvimento psicossexual, no qual a gratificação se desloca de uma zona do corpo para outra – da zona oral para a anal e depois para a zona genital. Em cada fase, o comportamento, que é a principal fonte de gratificação, muda – da alimentação para a eliminação e, eventualmente, para a actividade sexual.
    Como as pessoas acreditavam mais no poder da razão, quando Freud veio dar maior relevo/importância às “forças inconscientes” as sociedades contemporâneas sentiram-se incomodadas, pois falava da importância da sexualidade na vida do ser humano.

    Jéssica Palma
    12ºA
    nº13

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  4. Freud afirmava que não é a razão, a consciência, que controla a vida humana, mas as forças do inconsciente. Ele disponibiliza uma nova perspectiva do conceito de ser humano, dominado desde o nascimento por pulsões, sobretudo de carácter sexual, vivendo conflitos intrapsíquicos que se manifestam em comportamentos no nosso quotidiano.
    Com Freud, abre-se uma nova perspectiva que nada tem a ver com a psicologia que toma como centro a consciência, ou que reduz o ser humano a uma fórmula simplista de comportamento estímulo-resposta.
    Na perspectiva freudiana, nos primeiros meses de vida de uma criança, esta sentia pulsões, sobretudo de carácter sexual, que se manifestavam no seu dia-a-dia. Segundo Freud, o desenvolvimento cognitivo e social, bem como a sua personalidade seriam influenciados por aquilo que foram nos primeiros meses de vida.
    As críticas, surgem em massa, gerando inquietação, uma vez que Freud acreditava que não era a razão que controlava a vida humana, mas as forças do inconsciente; reconhecia a importância da sexualidade na vida psíquica humana, bem como, afirmava a existência de uma sexualidade infantil, o que levou a enormes escândalos e tumultos.
    Em suma, são muitos os críticos de Sigmund Freud, mas também são numerosos os seus simpatizantes.


    Patrícia Lino 12º.C

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  5. Nos seus estudos sobre a infância, Freud concluiu que entre os três e os cinco anos as crianças atingem um estádio onde sentem uma forte atracção pelo progenitor do sexo oposto (Estados de Édipo e de Electra). Elaborou então a teoria psicanalítica, que dá especial ênfase à sexualidade, mas gerou escândalo e as novas ideias foram mal recebidas.
    A vida humana é estudada a partir da motivação básica, o impulso sexual ou princípio de prazer. Este impulso existe na criança na qual a satisfação de zonas erógenas surge ligada à satisfação da fome. Estas considerações implicaram um conjunto de críticas da sociedade de então mas constituiriam a base da sua aceitação posterior, sendo hoje um dos autores mais referenciados sobre o comportamento humano (embora, pela sua popularização, com muitos exageros e erros de interpretação).
    Freud tornou-se um autor polémico mas determinou alguns dos caminhos da psicologia, pelo que os seus estudos ficaram ligados à Psicologia do Desenvolvimento, da Motivação, e da Personalidade.
    Freud afirmava que houveram três revoluções que mudaram a forma de encarar o ser humano: a primeira foi quando Copérnico no século XVI, demonstrou que a Terra não era o centro do universo, mas que integrava um conjunto de planetas que orbitavam em torno do Sol; a segunda aconteceu quando Darwin, no século XIX, mostrou que os seres humanos não eram uma espécie diferente dos outros animais, mas uma espécie que evolui a partir das outras; a terceira revolução seria protagonizada por si próprio, quando afirmou que não é a razão, a consciência, que controla a vida humana, mas as forças do inconsciente que ele desconhece e pouco controla.
    Com Freud, abre-se uma nova perspectiva que nada tem a ver com a psicologia que toma como centro a consciência, ou que reduz o ser humano a uma fórmula simplista de comportamento estímulo-resposta. Na perspectiva freudiana, nos primeiros meses de vida de uma criança esta sentia pulsões, sobretudo de carácter sexual, que se manifestavam no seu dia-a-dia. “A criança é o pai do homem.”, afirmava Freud, querendo com isto dizer que o desenvolvimento cognitivo e social, bem como a sua personalidade seriam influenciados por aquilo que foram nos primeiros meses de vida.
    Em suma, a teoria de Freud constituiu uma importante contribuição histórica. Fez-nos tomar consciência dos pensamentos e emoções inconscientes, da ambivalência das relações precoces de pais e filhos, e da presença, desde o nascimento, de pulsões sexuais. O seu método psicanalítico influenciou muito a psicoterapia actual, embora a teoria freudiana se inscreva largamente na história e sociedade da época (na cultura europeia da época Vitoriana).

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  6. Fundador de uma nova corrente em Psicologia, a Psicanálise, Sigmund Freud (1856-1939), apresenta-nos uma nova perspectiva sobre o ser humano e suas motivações. Freud encontra na mente uma divisão entre três elementos: Consciente (EGO) - Raciocínio, operações lógicas, Pré-consciente (SUPEREGO) - Memórias, interiorização de proibições sociais, produz angústias, ansiedades e castiga o EGO quando este aceita impulsos vindos do ID, Inconsciente (ID) - pulsões, desejos e medos recalcados. A personalidade é determinada fundamentalmente por processos e forças inconscientes moldadas nos primeiros anos de vida (até aos 6-8 anos). Daí resultam comportamentos incompreensíveis (fobias, auto-agressão) o que permite pensar em soluções para a cura. O método psicanalítico vai ser o preferido por Freud pois o Hipnotismo não alterava definitivamente os comportamentos, para além de que o paciente podia resistir às sugestões hipnóticas. A vida humana é estudada a partir da motivação básica, o impulso sexual ou princípio de prazer. Este impulso existe na criança na qual a satisfação de zonas erógenas surge ligada à satisfação da fome. Estas considerações implicaram um conjunto de críticas da sociedade de então mas constituiriam a base da sua aceitação posterior, sendo hoje um dos autores mais referenciados sobre o comportamento humano. Freud tornou-se um autor polémico mas determinou alguns dos caminhos da psicologia, pelo que os seus estudos ficaram ligados à Psicologia do Desenvolvimento, da Motivação, e da Personalidade.

    André 12c

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  7. A perspectiva psicanalítica de Freud surgiu no início do século XX, dando especial importância às forças inconscientes que motivam o comportamento humano. Freud, baseado na sua experiência clínica, acreditava que a fonte das perturbações emocionais residia nas experiências traumáticas reprimidas nos primeiros anos de vida. Desta forma, assumia que os conteúdos inconscientes, apenas se encontravam disponíveis para a consciência, de forma disfarçada (através de sonhos e lapsos de linguagem, por exemplo). Neste sentido, Freud desenvolveu a psicanálise, uma abordagem terapêutica que tem por objectivo dar a conhecer às pessoas os seus próprios conflitos emocionais inconscientes. Freud acreditava que a personalidade forma-se nos primeiros anos de vida, quando as crianças lidam com os conflitos entre os impulsos biológicos inatos, ligados às pulsões e às exigências da sociedade.
    Considerou que estes conflitos ocorrem numa sequência invariante de fases baseadas na maturação do desenvolvimento psicossexual, no qual a gratificação se desloca de uma zona do corpo para outra – da zona oral para a anal e depois para a zona genital. Em cada fase, o comportamento, que é a principal fonte de gratificação, muda – da alimentação para a eliminação e, eventualmente, para a actividade sexual.
    Das cinco fases do desenvolvimento da personalidade, Freud considerou as três primeiras - relativas aos primeiros anos de vida – como sendo cruciais. Sugeriu que, o facto das crianças receberem muita ou pouca gratificação em qualquer uma destas fases, pode levar ao risco de fixação – uma paragem no desenvolvimento – e podem precisar de ajuda para ir para além da fase dessa fase. Acreditava ainda que as manifestações de fixações na infância emergiam em adulto.

    Márcia Laranjeira 12ºC nº15

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  8. Freud afirmava que não é a razão, a consciência, que controla a vida humana, mas as forças do inconsciente. Ele disponibiliza uma nova perspectiva do conceito de ser humano, dominado desde o nascimento por pulsões, sobretudo de carácter sexual, vivendo conflitos intrapsíquicos que se manifestam em comportamentos no nosso quotidiano.
    Com Freud, abre-se uma nova perspectiva que nada tem a ver com a psicologia que toma como centro a consciência, ou que reduz o ser humano a uma fórmula simplista de comportamento estímulo-resposta.
    Na perspectiva freudiana, nos primeiros meses de vida de uma criança, esta sentia pulsões, sobretudo de carácter sexual, que se manifestavam no seu dia-a-dia. Segundo Freud, o desenvolvimento cognitivo e social, bem como a sua personalidade seriam influenciados por aquilo que foram nos primeiros meses de vida.
    As críticas, surgem em massa, gerando inquietação, uma vez que Freud acreditava que não era a razão que controlava a vida humana, mas as forças do inconsciente; reconhecia a importância da sexualidade na vida psíquica humana, bem como, afirmava a existência de uma sexualidade infantil, o que levou a enormes escândalos e tumultos.
    Em suma, são muitos os críticos de Sigmund Freud, mas também são numerosos os seus simpatizantes.

    Márcia Pereira n.º13 12.ºC

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  9. Sigmund Freud, o criador da psicanálise, protagonizou um verdadeiro marco na História. A teoria de Freud tem por base dois conceitos, o inconsciente e a sexualidade, que revolucionaram a própria conceptualização do ser humano, daí a irradiação de controvérsias e críticas.
    Freud considera que a compreensão do comportamento requer uma análise dos fenómenos psíquicos, negando o centro consciência, da racionalidade como elo controlador da vida e do comportamento humano. Freud enfatiza o inconsciente, denominado por uma região/ instância obscura do psiquismo, contendo uma dinâmica pulsional, constituída por desejos recalcados tendências e recordações e que se regula exclusivamente pelo princípio do prazer. O inconsciente tem uma dimensão e um poder que conduz Freud a dizer que:" os processos psíquicos seriam em si mesmo inconscientes; e quanto aos conscientes, não passam de actos isolados, de fracções da vida psíquica total."
    Freud introduz um novo conceito do ser humano, dominado desde o nascimento, por pulsões, essencialmente de cariz sexual. A sexualidade funciona como centro da vida psíquica, existindo desde o princípio da vida, logo após o nascimento e não só a partir da puberdade como afirmavam as ideias dominantes. Ou seja, Freud advoga a existência de uma sexualidade infantil, pelo que o desenvolvimento decorria numa sequência de estádios psicossexuais, processados desde o nascimento até à adolescência. Conjuntamente, Freud associa o sexo à obtenção do prazer e não exclusivamente à vertente da reprodução, como afirmava a visão dominante da época. Foi precisamente por isso que as suas concepções sobre o psiquismo humano e da sexualidade produziram profundas repercussões na sociedade puritana da época, gerando uma grande polémica/controvérsia, indignação, inquietação, isto porque as suas descobertas apresentavam ideias inovadoras, diferentes da mentalidade da época, revelando-se posteriormente algumas delas ultrapassadas ou até algumas erróneas.
    Progressivamente, a polémica foi se esfumando, mas não totalmente, superada pelas aplicações da psicanálise e das influências das suas concepções em variadas manifestações artísticas, cinema, literatura, artes plásticas, bem como na interpretação dos mitos, religiões, bem como a sua influência exercida noutras ciências como a filosofia, antropologia, medicina, sociologia…
    Além disso deve-se ter em consideração o legado deixado de Freud, essencialmente nos domínios da vida afectiva, com destaque para a infância, no desenvolvimento social, cognitivo bem como em termos de personalidade.

    Vicky 12ºC

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  10. Freud e a sua teoria, constituiu uma importante contribuição monumental para toda a humanidade, mas mais propriamente para a Psicologoa, que se tornou ciência. Fez o mundo tomar consciência dos pensamentos e emoções inconscientes, da ambivalência das relações precoces de pais e filhos, e da presença, desde o nascimento, de pulsões sexuais. O seu método psicanalítico influenciou muito a psicoterapia actual, embora a teoria freudiana se inscreva largamente na história e sociedade da época.
    Com Freud, abre-se uma nova perspectiva que nada tem a ver com a psicologia que toma como centro a consciência, ou que reduz o ser humano a uma fórmula simplista de comportamento estímulo-resposta.
    Na perspectiva freudiana, nos primeiros meses de vida de uma criança, esta sentia pulsões, sobretudo de carácter sexual, que se manifestavam no seu dia-a-dia. Segundo Freud, o desenvolvimento cognitivo e social, bem como a sua personalidade seriam influenciados por aquilo que foram nos primeiros meses de vida.
    As críticas, surgiram em massa, gerando inquietação, uma vez que Freud acreditava que não era a razão que controlava a vida humana, mas as forças do inconsciente; reconhecia a importância da sexualidade na vida psíquica humana, bem como, afirmava a existência de uma sexualidade infantil, o que levou a enormes escândalos e tumultos.
    Hoje em dia são muitos os críticos de Freud, mas também são numerosos os seus simpatizantes

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  11. Atualmente muitas críticas tem sido feitas ao método psicanalítico, porém, por mais que a ciência moderna avance, muitos dos conceitos estruturadores da psique humana e os resultados obtidos pela aplicação do método continuam melhorando a qualidade de vida de muitas pessoas. Nota-se que a revolução promovida por Freud abriu caminhos para estudos que antigamente se encontravam em um plano imaginário. A criação de um método clínico a serviço do diagnóstico e tratamento de doenças da psique é um fato sem igual em toda a história da ciência. Porém é de se constatar certamente que em muitos escritos de Montaigne e de Pascal a ideia da auto-análise já era usada para explicar problemas subjetivos usando a lógica vigente, transformando os problemas do ser e de seu inconsciente em desafios universais, com os quais todos os homens se deparam.

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  12. Freud funda a corrente psicanalítica, centrando as suas concepções na existência do inconsciente, estrutura primitiva. Assim, para se compreender o ser humano, tem de se admitir a existência do inconsciente, que define como uma zona do psiquismo constituída por desejos, pulsões, tendências e recordações recalcadas, fundamentalmente de carácter sexual.
    Ou seja, Freud teve dois grandes méritos: por um lado, introduziu na psicologia o estudo do inconsciente, por outro lado, descobre a importância da sexualidade infantil, distinguindo genital de sexual. Todas as pulsões são inatas e de origem sexual e têm por fim o prazer.
    É do inconsciente, do id, que se vão construir o ego (no primeiro ano de vida) e o superego 8entre os 3 e os 5 anos). Para explorar o id, Freud desenvolveu um método psicanalítico, em que prevê o recurso a técnicas próprias: associações livres, interpretação dos sonhos e dos actos falhados e análise do processo de transferência.
    Também, afirma uma sexualidade infantil, no qual perspectiva o desenvolvimento da personalidade apresentando uma concepção psicossexual desde o nascimento: afirmação de uma sexualidade infantil. Onde define cinco estádios de desenvolvimento psicossexual: o oral, anal, fálico, latência e genital. A cada estádio corresponde uma zona erógena, sendo marcado pelo confronto entre as pulsões sexuais e as exigências sociais.
    Contudo, as teorias de Freud causaram tanta irritação e mal-estar, nas sociedades contemporâneas, visto que as suas concepções sobre o psiquismo humano e da sexualidade produziram profundas críticas na sociedade. Efectivamente não é a razão, a consciência, que controlava a vida humana, mas as forças do inconsciente que ele desconhece e pouco controla.

    Ana Rocha
    Nº1/12ºC

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  13. Fundador de uma nova corrente em Psicologia, a Psicanálise, Sigmund Freud (1856-1939), apresenta-nos uma nova perspectiva sobre o ser humano e suas motivações.
    Freud encontra na mente uma divisão entre três elementos:
    • Consciente (EGO) - Raciocínio, operações lógicas
    • Pré-consciente (SUPEREGO) - Memórias, interiorização de proibições sociais, produz angústias, ansiedades e castiga o EGO quando este aceita impulsos vindos do ID
    • Inconsciente (ID) - pulsões, desejos e medos recalcados. Não obedece à lógica nem à moral
    A personalidade é determinada fundamentalmente por processos e forças inconscientes moldadas nos primeiros anos de vida (até aos 6-8 anos). Daí resultam comportamentos incompreensíveis (fobias, auto-agressão) o que permite pensar em soluções para a cura.

    Para termos acesso ao inconsciente ficamos limitados a processos indirectos como:
    • Hipnose - Induzir o paciente, através de uma sugestão intensa, num estado semelhante ao sono mas no qual é possível estabelecer a comunicação com o hipnotizador e ser sugestionado, podendo assim revelar memórias ocultas ou ser condicionado para determinada acção ou comportamento.
    • Método psicanalítico recorrendo às técnicas
    o Interpretação dos sonhos
    o Actos falhados
    o Transfert
    O método psicanalítico vai ser o preferido por Freud pois o Hipnotismo não alterava definitivamente os comportamentos, para além de que o paciente podia resistir às sugestões hipnóticas.
    A vida humana é estudada a partir da motivação básica, o impulso sexual ou princípio de prazer. Este impulso existe na criança na qual a satisfação de zonas erógenas surge ligada à satisfação da fome. Estas considerações implicaram um conjunto de críticas da sociedade de então mas constituiriam a base da sua aceitação posterior, sendo hoje um dos autores mais referenciados sobre o comportamento humano (embora, pela sua popularização, com muitos exageros e erros de interpretação )
    Freud tornou-se um autor polémico mas determinou alguns dos caminhos da psicologia, pelo que os seus estudos ficaram ligados à Psicologia do Desenvolvimento, da Motivação, e da Personalidade que estudaremos em capítulos posteriores.

    12ºC Nº11

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  14. Freud fundou a Psicanálise e esta teoria teve um grande efeito na psicologia e na psiquiatria. Freud desenvolveu teorias que dizem respeito a uma camada profunda da nossa mente: o inconsciente e a forma como este influencia as acções dos homens, isto é, são as forças do inconsciente que controlam a vida humana.
    Num dos livros que publicou, e em especial no “A interpretação dos Sonhos”, Freud analisou a grande complexidade simbólica subjacente à formação dos sonhos. Em 1905 aparece o seu estudo mais controverso, no qual Freud apresenta a teoria que afirma que a repressão da sexualidade infantil está na origem de neuroses em adulto (de que o complexo de Édipo é um exemplo). Formulou os conceitos de id, que corresponde à zona do inconsciente, primitiva, instintiva e é constituído por pulsões, instintos e desejos completamente desconhecidos, ego, que corresponde à zona fundamentalmente consciente, que se forma a partir do id. O ego rege-se pelo princípio da realidade, orientando-se por princípios lógicos e decidindo quais os desejos e impulsos do id que podem ser realizados. Formulou ainda o conceito de superego, que corresponde à zona do psiquismo, à interiorização das normas, dos valores sociais e morais. As suas teorias levaram a uma maior aproximação ao tema da sexualidade. A partir dele, os comportamentos antissociais são compreendidos como um resultado, em muitos casos, de forças inconscientes.
    Desta forma, o modelo psicossexual que desenvolveu tem sido criticado por diferentes frentes. Algumas das críticas feitas a Freud são existência de uma sexualidade infantil. Outros autores, porém, consideram que Freud não ampliou os conhecimentos sobre sexualidade.


    Rúben Silva 12ºB Nº25

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  15. Enquanto teoria a psicanálise tenta compreender a personalidade humana em toda a sua
    complexidade fornecendo-nos uma perspectiva dos diferentes aspectos que a
    caracterizam: o aspecto dinâmico das forças ou pulsões que a fazem mover e dos
    conflitos que se estabelecem; o aspecto tópico, as zonas e estruturas que
    caracterizam o seu funcionamento; o aspecto económico, que se ocupa da gestão e
    investimento das energia pulsionais; e o aspecto genético que identifica os
    grandes momentos e transformações através dos quais o indivíduo constrói e
    estrutura a sua personalidade. A psicanálise abordou todos estes novos modelos
    conceptuais de uma forma bastante inovadora para a época. Alguns foram pela
    primeira vez propostos por Freud, tais como a importância dos processos
    inconscientes, o papel da sexualidade e o relevo dado à infância na formação da
    personalidade. Segundo o fundador desta teoria, toda a dinâmica psicológica e
    afectiva tem por base tendências inatas, as pulsões ou instintos, nomeadamente
    sexuais, que conduzem o indivíduo para actividades que cabem com essa tensão,
    gerando prazer. A sexualidade a que Freud se refere é toda e qualquer forma de
    conseguir prazer, desde o chuchar no dedo até à realização do acto sexual.
    Partindo da sua prática clínica, Freud propõe um primeiro modelo de
    funcionamento do “aparelho psíquico” _ “1.ª tópica”_ dividindo-o em duas áreas:
    o inconsciente e o consciente ou pré - consciente. Estas duas áreas comunicam
    através da “censura” que tem o papel de manter no inconsciente os materiais
    (afectos, representações, vivências) que possam chocar o consciente, este
    processo é denominado por “recalcamento”. Porém esta visão do psiquismo humano
    era incompleta e Freud acabou por criar uma “2.ª tópica” que o dividia em três
    instâncias: o id (constituído pelas pulsões; funciona segundo o principio do
    prazer), o ego (que regula o conflito entre as pulsões e as exigências da
    realidade exterior, através dos “mecanismos de defesa”; funciona segundo o
    principio da realidade) e o superego (formado pela interiorização das
    proibições impostas pela realidade exterior). Para a psicanálise a
    personalidade humana constrói-se através de várias instâncias que a compõem e
    da diversidade das formas de realização das pulsões. Freud dividiu esse
    desenvolvimento em várias fases, sendo cada uma delas identificada pela zona do
    corpo que provoca satisfação da sua pulsão _ zona erógena _ , através da sua estimulação. No primeiro ano de
    vida a zona erógena situa-se na boca _ fase oral; aos dois e três anos é a
    região anal _ fase anal; entre os três e os cinco/ seis anos a zona erógena
    centra-se nos órgãos genitais mas indiferenciados e representados
    simbolicamente pelo pénis _ fase fálica, é no decurso desta fase que a criança
    experiência o complexo de Édipo e dá-se a estruturação do superego; entre os
    seis e os onze/ doze anos a actividade pulsional abranda e dá-se uma “amnésia
    infantil” na qual as experiências afectivas anteriores sofrem um processo de
    “recalcamento” _ período de latência; na puberdade a actividade das pulsões
    volta a estar mais activa e as zonas de prazer voltam a ser os órgãos sexuais,
    mas agora diferenciados _ fase genital. Cada fase superas as anteriores
    integrando-as e unificando-as sob o ponto de vista da satisfação, mas por vezes
    a passagem à fase seguinte pode ser dificultada por uma “fixação” (excessiva
    gratificação) ou por uma “regressão” (a formas de satisfação típicas de uma
    fase anterior).


    Cátia Nogueira

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  16. O método psicanalítico tem sido alvo de diversas críticas,apesar disso,por mais que a ciência moderna avance, muitos dos conceitos estruturadores da psique humana e os resultados obtidos pela aplicação do método continuam melhorando a qualidade de vida de muitas pessoas. Nota-se que a revolução promovida por Freud abriu caminhos para estudos que antigamente se encontravam em um plano imaginário. A criação de um método clínico a serviço do diagnóstico e tratamento de doenças da psique é um fato sem igual em toda a história da ciência. Porém é de se constatar certamente que em muitos escritos de Montaigne e de Pascal a ideia da auto-análise já era usada para explicar problemas subjetivos usando a lógica vigente, transformando os problemas do ser e de seu inconsciente em desafios universais, com os quais todo o ser humano se confronta.


    Marta Valente 12ºC

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  17. Quando Freud estudou em Paris, com o professor Jean Charcot (1885), já afirmava que, ao contrário do que se pensava, a histeria poderia ter por trás a existência de um inconsciente, de uma instância do psiquismo que se desconhecia. Pouco depois, os dois concluem que a causa das perturbações teria de ser procurada no inconsciente do doente, onde estavam retidas recordações traumáticas.
    Foram os primeiros passos para que, a partir de 1920, Freud apresentasse a sua teoria sobre a estruturação do psiquismo, que é constituída por três instância: id, ego e superego.
    O id é a zona inconsciente, primitiva, a partir da qual se formam o ego e o superego. Existe desde o nascimento e é constituído por pulsões, instintos e desejos completamente desconhecidos. Está desligado do real, e não se orienta por normas ou princípios morais, sociais ou lógicos. Rege-se pelo princípio do prazer.
    O ego é a zona fundamentalmente consciente, que se forma a partir do id. Rege-se pelo princípio da realidade, orientando-se por princípios lógicos e decidindo quais os desejos e impulsos do id que podem ser realizados.
    O superego é a zona do psiquismo que corresponde à interiorização das normas, dos valores sociais e morais.
    Pouco depois, Freud apresenta a sua teoria sobre a sexualidade, em que reconhece a sua importância na vida psíquica humana e a existência de uma sexualidade infantil. Estas conclusões provocam um grande escândalo, e Freud vem dizer que a sexualidade não pode ser associada à genitalidade, mas sim ao prazer que tem origem no corpo e que suprime a tensão. Assim, o desenvolvimento da personalidade processa-se numa sequência de estádios psicossexuais: estádio oral, estádio anal, estádio fálico, estádio de latência e estádio genital.

    As teorias de Freud causaram - e continuam a causar - irritação e mal-estar nas sociedades contemporâneas, precisamente por se centrarem nessa existência do inconsciente, de uma zona que não conhecemos e de que não temos consciência que pode determinar o nosso comportamento e a nossa vida.

    Francisca

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  18. reud funda a corrente psicanalítica, centrando as suas concepções na existência do inconsciente, estrutura primitiva. Assim, para se compreender o ser humano, tem de se admitir a existência do inconsciente, que define como uma zona do psiquismo constituída por desejos, pulsões, tendências e recordações recalcadas, fundamentalmente de carácter sexual.
    Ou seja, Freud teve dois grandes méritos: por um lado, introduziu na psicologia o estudo do inconsciente, por outro lado, descobre a importância da sexualidade infantil, distinguindo genital de sexual. Todas as pulsões são inatas e de origem sexual e têm por fim o prazer.
    É do inconsciente, do id, que se vão construir o ego (no primeiro ano de vida) e o superego 8entre os 3 e os 5 anos). Para explorar o id, Freud desenvolveu um método psicanalítico, em que prevê o recurso a técnicas próprias: associações livres, interpretação dos sonhos e dos actos falhados e análise do processo de transferência.
    Também, afirma uma sexualidade infantil, no qual perspectiva o desenvolvimento da personalidade apresentando uma concepção psicossexual desde o nascimento: afirmação de uma sexualidade infantil. Onde define cinco estádios de desenvolvimento psicossexual: o oral, anal, fálico, latência e genital. A cada estádio corresponde uma zona erógena, sendo marcado pelo confronto entre as pulsões sexuais e as exigências sociais.
    Contudo, as teorias de Freud causaram tanta irritação e mal-estar, nas sociedades contemporâneas, visto que as suas concepções sobre o psiquismo humano e da sexualidade produziram profundas críticas na sociedade. Efectivamente não é a razão, a consciência, que controlava a vida humana, mas as forças do inconsciente que ele desconhece e pouco controla.

    Ana Silva
    nº1/12ºA

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  19. A psicanálise é um método de estudo do comportamento humano, uma teoria do comportamento e um método de tratamento.

    Consiste em estabelecer relações entre tudo aquilo que o paciente mostra ao terapeuta, desde conversas, comentários feitos por ele, até os mais diversos sinais dados do inconsciente. O terapeuta não deve ouvir somente o que o paciente fala conscientemente, mas perceber. É o que se chama de quebra do acordo consensual.

    Freud descobriu que os sintomas de seus pacientes eram uma expressão corporal de memórias reprimidas de experiências infantis dolorosas. Ajudando os pacientes a relembrar e reviver tais lembranças , ele poderia curar esses sintomas. Desde que os pacientes estivessem conscientes do que tinha acontecido com eles na sua infância. Para melhorar as memórias reprimidas, Freud utilizou os sonhos dos pacientes , actos falhos e a associação livre.

    A psicanálise apoia-se em três pilares: a censura, o conteúdo psíquico dos instintos sexuais e o mecanismo de transferência.

    O ponto central de sua teoria é a divisão da personalidade em três sistemas principais: o id, o ego e o superego.

    Freud apresenta a sua teoria sobre a sexualidade, em que reconhece a sua importância na vida psíquica humana e a existência de uma sexualidade infantil. Estas conclusões provocam um grande escândalo, e Freud vem dizer que a sexualidade não pode ser associada à genitalidade, mas sim ao prazer que tem origem no corpo e que suprime a tensão. Assim, o desenvolvimento da personalidade processa-se numa sequência de estádios psicossexuais: estádio oral, estádio anal, estádio fálico, estádio de latência e estádio genital.

    As críticas, surgem em massa, gerando inquietação, uma vez que Freud acreditava que não era a razão que controlava a vida humana, mas as forças do inconsciente; reconhecia a importância da sexualidade na vida psíquica humana, bem como, afirmava a existência de uma sexualidade infantil, o que levou a enormes escândalos e tumultos.
    Em suma, são muitos os críticos de Sigmund Freud, mas também são numerosos os seus simpatizantes.


    Diana Tavares

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  20. Freud inovou em dois campos. Simultaneamente, desenvolveu uma teoria da mente e da conduta humana, e uma técnica terapêutica para ajudar pessoas afetadas psiquicamente. Alguns de seus seguidores afirmam estar influenciados por um, mas não pelo outro campo.
    Provavelmente a contribuição mais significativa que Freud fez ao pensamento moderno é a de tentar dar ao conceito de inconsciente um status científico (não compartilhado por várias áreas da ciência e da psicologia). Seus conceitos de inconsciente, desejos inconscientes e repressão foram revolucionários; propõem uma mente dividida em camadas ou níveis, dominada em certa medida por vontades primitivas que estão escondidas sob a consciência e que se manifestam nos lapsos e nos sonhos.
    Como parte de sua teoria, Freud postula também a existência de um pré-consciente, que descreve como a camada entre o consciente e o inconsciente (o termo subconsciente é utilizado popularmente, mas não é parte da terminologia psicanalítica). A repressão em si tem grande importância no conhecimento do inconsciente. De acordo com Freud, as pessoas experimentam repetidamente pensamentos e sentimentos que são tão dolorosos que não podem suportá-los. Tais pensamentos e sentimentos (assim como as recordações associadas a eles) não podem ser expulsos da mente, mas, em troca, são expulsos do consciente para formar parte do inconsciente.
    Embora ao longo de sua carreira Freud tenha tentado encontrar padrões de repressão entre seus pacientes que derivassem em um modelo geral para a mente, ele observou que pacientes diferentes reprimiam fatos diferentes. Observou ainda que o processo da repressão é em si mesmo um ato não-consciente (isto é, não ocorreria através da intenção dos pensamentos ou sentimentos conscientes). Em outras palavras, o inconsciente era tanto causa como efeito da repressão.

    Daniel de Almeida nº11 12ºB

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  21. A perspectiva psicanalítica de Freud surgiu no início do século XX, dando especial importância às forças inconscientes que motivam o comportamento humano. Freud, baseado na sua experiência clínica, acreditava que a fonte das perturbações emocionais residia nas experiências traumáticas reprimidas nos primeiros anos de vida.
    A psicanálise é um método de estudo do comportamento humano, uma teoria do comportamento e um método de tratamento.
    Consiste em estabelecer relações entre tudo aquilo que o paciente mostra ao terapeuta, desde conversas, comentários feitos por ele, até os mais diversos sinais dados do inconsciente. O terapeuta não deve ouvir somente o que o paciente fala conscientemente, mas perceber. É o que se chama de quebra do acordo consensual.


    Daniela Tojal

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  22. Na análise que desenvolve com os seus doentes, Freud concliu que muitos dos sintomas por eles apresentados eram manifestações de conflitos psiquicos relacionados com a sexualidade, sujeita à repressão. Muitos desses conflitos remetiam para experiências traumáticas vividas na infância e recalcadas no inconsciente. O reconhecimento da importância da sexualidade na vida psiquica humana e a afirmação da existência de uma sexualidade infantil, provocaram um enorme escândalo.

    Inês Silva

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  23. Atualmente muitas críticas tem sido feitas ao método psicanalítico, porém, por mais que a ciência moderna avance, muitos dos conceitos estruturadores da psique humana e os resultados obtidos pela aplicação do método continuam melhorando a qualidade de vida de muitas pessoas. Nota-se que a revolução promovida por Freud abriu caminhos para estudos que antigamente se encontravam em um plano imaginário. A criação de um método clínico a serviço do diagnóstico e tratamento de doenças da psique é um fato sem igual em toda a história da ciência. Porém é de se constatar certamente que em muitos escritos de Montaigne e de Pascal a ideia da auto-análise já era usada para explicar problemas subjetivos usando a lógica vigente, transformando os problemas do ser e de seu inconsciente em desafios universais, com os quais todos os homens se deparam.

    Pedro Coutinho nº19 12ºC

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  24. Freud afirma que são as forças do inconsciente que controlam a vida humana, e não a razão, consciência. Na sua perspectiva, Freud diz o ser humano é dominado, desde o nascimento, por pulsões, sobretudo de carácter sexual. A criança, nos primeiros meses de vida, sentia essas pulsões que se manifestavam no seu dia-a-dia. Segundo este, o desenvolvimento cognitivo e social, bem como a sua personalidade seriam influenciados por aquilo que foram nos primeiros meses de vida.
    Estas considerações implicaram um conjunto de críticas da sociedade de então mas constituiriam a base da sua aceitação posterior, sendo hoje um dos autores mais referenciados sobre o comportamento humano.

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  25. Freud distinguiu três níveis de consciência, na sua inicial divisão topográfica da mente:
    Consciente - diz respeito à capacidade de ter percepção dos sentimentos, pensamentos, lembranças e fantasias do momento;
    Pré-consciente - relaciona-se com os conteúdos que podem facilmente chegar à consciência;
    Inconsciente - refere-se ao material não disponível à consciência ou ao escrutínio do indivíduo.
    No entanto, o ponto nuclear da abordagem psicanalítica de Freud é a convicção da existência do inconsciente como:
    a) Um receptáculo de lembranças traumáticas reprimidas;
    b) Um reservatório de impulsos que constituem fonte de ansiedade, por serem socialmente ou eticamente inaceitáveis para o indivíduo.
    A perspectiva psicanalítica de Freud surgiu no início do século XX, dando especial importância às forças inconscientes que motivam o comportamento humano. Freud, baseado na sua experiência clínica, acreditava que a fonte das perturbações emocionais residia nas experiências traumáticas reprimidas nos primeiros anos de vida. Desta forma, assumia que os conteúdos inconscientes, apenas se encontravam disponíveis para a consciência, de forma disfarçada (através de sonhos e lapsos de linguagem, por exemplo). Neste sentido, Freud desenvolveu a psicanálise, uma abordagem terapêutica que tem por objectivo dar a conhecer às pessoas os seus próprios conflitos emocionais inconscientes. Freud acreditava que a personalidade forma-se nos primeiros anos de vida, quando as crianças lidam com os conflitos entre os impulsos biológicos inatos, ligados às pulsões e às exigências da sociedade.
    Considerou que estes conflitos ocorrem numa sequência invariante de fases baseadas na maturação do desenvolvimento psicossexual, no qual a gratificação se desloca de uma zona do corpo para outra – da zona oral para a anal e depois para a zona genital. Em cada fase, o comportamento, que é a principal fonte de gratificação, muda – da alimentação para a eliminação e, eventualmente, para a actividade sexual.
    Das cinco fases do desenvolvimento da personalidade, Freud considerou as três primeiras - relativas aos primeiros anos de vida – como sendo cruciais. Sugeriu que, o facto das crianças receberem muita ou pouca gratificação em qualquer uma destas fases, pode levar ao risco de fixação – uma paragem no desenvolvimento – e podem precisar de ajuda para ir para além da fase dessa fase. Acreditava ainda que as manifestações de fixações na infância emergiam em adulto.
    Segundo Freud, durante a fase fálica, no período pré-escolar, quando a zona de prazer muda para os genitais, ocorre um acontecimento-chave no desenvolvimento psicossexual: os rapazes desenvolvem uma ligação ou vínculo sexual à mãe e as raparigas ao pai e vêem como rival a figura parental do mesmo sexo (denominado de “Complexo de Édipo”); o rapaz aprende que a rapariga não tem pénis, assumindo que aquele foi cortado e teme que o seu pai o possa também castrar. A rapariga, por sua vez, experiencia, o que Freud chamou de inveja do pénis e culpa a sua mãe por não lhe ter dado um pénis. Possivelmente, as crianças resolvem a sua angústia identificando-se com a figura parental do mesmo sexo. Durante o período escolar, fase da latência, as crianças acalmam, socializam-se, desenvolvem competências e aprendem acerca de si própria e da sociedade. A fase genital, a última fase subsiste pela vida adulta. As mudanças físicas da puberdade reactivam a libido, a energia que alimenta as pulsões sexuais.
    As pulsões sexuais da fase fálica, reprimidas durante a latência, voltam a emergir para fluir de uma forma socialmente aceite, naquilo que Freud definiu como relações heterossexuais com pessoas forra da família de origem.

    Joana Sousa, nº18, 12ºB

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  26. Freud é conhecido pelas suas teorias dos mecanismos de defesa, repressão psicológica e por criar a utilização clínica da psicanálise como tratamento da psicopatologia, através do diálogo entre o paciente e o psicanalista. Freud acreditava que o desejo sexual era a energia motivacional primária da vida humana, assim como suas técnicas terapêuticas. Ele abandonou o uso da hipnose em pacientes com histeria, em favor da interpretação de sonhos e da livre associação, como fontes dos desejos do inconsciente.AS suas teorias e o seu tratamento com os seus pacientes foram controversos em Viena do século XIX, e continuam a ser muito debatidos hoje.
    Actualmente muitas críticas têm sido feitas ao método psicanalítico, porém, por mais que a ciência moderna avance, muitos dos conceitos estruturadores da psíquica humana e os resultados obtidos pela aplicação do método continuam a melhorar a qualidade de vida de muitas pessoas. Nota-se que a revolução promovida por Freud abriu caminhos para estudos que antigamente se encontravam num plano imaginário. A criação de um método clínico a serviço do diagnóstico e tratamento de doenças psicológicas é um facto sem comparação em toda a história da ciência.
    Uma das mais severas críticas sofridas pelo método psicanalítico foi feita pelo filósofo da ciência Karl Popper. Segundo ele, a psicanálise é a pseudociência, pois uma teoria seria científica apenas se pudesse ser falseável pelos fatos.

    Rui Vilafanha 12ºC

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  27. O conceito de homem que emerge da teoria de Freud é uma acusação à nossa civilização, pois desmascara os sofrimentos e as restrições ao prazer, ao nos revelar que nossa história é a história de nossa repressão. Freud aceita a realidade dada, conformando-se com as restrições que a civilização nos impõe. Levando em consideração esses dois aspectos, originam críticas à psicanálise freudiana, mostrando que ela não é tão céptica como parece, na medida em que contém nela a aceitação de uma sociedade não repressiva.

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  28. São várias as críticas que têm sido feitas ao método psicanalítico de Freud. Porém, por mais que a ciência moderna avance, muitos dos conceitos estruturadores da Psicologia humana e os resultados obtidos pela aplicação do método continuam melhorando a qualidade de vida de muitas pessoas. Nota-se que a revolução promovida por Freud abriu caminhos para estudos que antigamente se encontravam em um plano imaginário. A criação de um método clínico a serviço do diagnóstico e tratamento de doenças da psicologia é um facto sem igual em toda a história da ciência. Porém é de se constatar certamente que em muitos escritos de Montaigne e de Pascal a ideia da auto-análise já era usada para explicar problemas subjectivos usando a lógica vigente, transformando os problemas do ser e de seu inconsciente em desafios universais, com os quais todos os homens se deparam.

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  29. Freud afirmava que não é a razão, a consciência, que controla a vida humana, mas as forças do inconsciente. Ele disponibiliza uma nova perspectiva do conceito de ser humano, dominado desde o nascimento por pulsões, sobretudo de carácter sexual, vivendo conflitos intrapsíquicos que se manifestam em comportamentos no nosso quotidiano.
    Com Freud, abre-se uma nova perspectiva que nada tem a ver com a psicologia que toma como centro a consciência, ou que reduz o ser humano a uma fórmula simplista de comportamento estímulo-resposta.
    Na perspectiva freudiana, nos primeiros meses de vida de uma criança, esta sentia pulsões, sobretudo de carácter sexual, que se manifestavam no seu dia-a-dia. Segundo Freud, o desenvolvimento cognitivo e social, bem como a sua personalidade seriam influenciados por aquilo que foram nos primeiros meses de vida.
    As críticas, surgem em massa, gerando inquietação, uma vez que Freud acreditava que não era a razão que controlava a vida humana, mas as forças do inconsciente; reconhecia a importância da sexualidade na vida psíquica humana, bem como, afirmava a existência de uma sexualidade infantil, o que levou a enormes escândalos e tumultos.
    Em suma, são muitos os críticos de Sigmund Freud, mas também são numerosos os seus simpatizantes.

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  30. Freud e o inconsciente

    Freud distinguiu três níveis de consciência, na sua inicial divisão topográfica da mente:

    - Consciente - diz respeito à capacidade de ter percepção dos sentimentos, pensamentos, lembranças e fantasias do momento;

    - Pré-consciente - relaciona-se com os conteúdos que podem facilmente chegar à consciência;

    - Inconsciente - refere-se ao material não disponível à consciência ou ao escrutínio do indivíduo.
    No entanto, o ponto nuclear da abordagem psicanalítica de Freud é a convicção da existência do inconsciente como:
    a) Um receptáculo de lembranças traumáticas reprimidas;
    b) Um reservatório de impulsos que constituem fonte de ansiedade, por serem socialmente ou eticamente inaceitáveis para o indivíduo.

    A perspectiva psicanalítica de Freud surgiu no início do século XX, dando especial importância às forças inconscientes que motivam o comportamento humano. Freud, baseado na sua experiência clínica, acreditava que a fonte das perturbações emocionais residia nas experiências traumáticas reprimidas nos primeiros anos de vida. Desta forma, assumia que os conteúdos inconscientes, apenas se encontravam disponíveis para a consciência, de forma disfarçada (através de sonhos e lapsos de linguagem, por exemplo). Neste sentido, Freud desenvolveu a psicanálise, uma abordagem terapêutica que tem por objectivo dar a conhecer às pessoas os seus próprios conflitos emocionais inconscientes. Freud acreditava que a personalidade forma-se nos primeiros anos de vida, quando as crianças lidam com os conflitos entre os impulsos biológicos inatos, ligados às pulsões e às exigências da sociedade.
    Considerou que estes conflitos ocorrem numa sequência invariante de fases baseadas na maturação do desenvolvimento psicossexual, no qual a gratificação se desloca de uma zona do corpo para outra – da zona oral para a anal e depois para a zona genital. Em cada fase, o comportamento, que é a principal fonte de gratificação, muda – da alimentação para a eliminação e, eventualmente, para a actividade sexual.

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  31. A perspectiva psicanalítica de Freud surgiu no início do século XX, dando especial importância às forças inconscientes que motivam o comportamento humano. Freud, baseado na sua experiência clínica, acreditava que a fonte das perturbações emocionais residia nas experiências traumáticas reprimidas nos primeiros anos de vida.
    A psicanálise é um método de estudo do comportamento humano, uma teoria do comportamento e um método de tratamento.
    Consiste em estabelecer relações entre tudo aquilo que o paciente mostra ao terapeuta, desde conversas, comentários feitos por ele, até os mais diversos sinais dados do inconsciente. O terapeuta não deve ouvir somente o que o paciente fala conscientemente, mas perceber. É o que se chama de quebra do acordo consensual.

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  32. Freud afirmava que houveram três revoluções que mudaram a forma de encarar o ser humano: a primeira foi quando Copérnico no século XVI, demonstrou que a Terra não era o centro do universo, mas que integrava um conjunto de planetas que orbitavam em torno do Sol; a segunda aconteceu quando Darwin, no século XIX, mostrou que os seres humanos não eram uma espécie diferente dos outros animais, mas uma espécie que evolui a partir das outras; a terceira revolução seria protagonizada por si próprio, quando afirmou que não é a razão, a consciência, que controla a vida humana, mas as forças do inconsciente que ele desconhece e pouco controla.
    Com Freud, abre-se uma nova perspectiva que nada tem a ver com a psicologia que toma como centro a consciência, ou que reduz o ser humano a uma fórmula simplista de comportamento estímulo-resposta. Na perspectiva freudiana, nos primeiros meses de vida de uma criança esta sentia pulsões, sobretudo de carácter sexual, que se manifestavam no seu dia-a-dia. “A criança é o pai do homem.”, afirmava Freud, querendo com isto dizer que o desenvolvimento cognitivo e social, bem como a sua personalidade seriam influenciados por aquilo que foram nos primeiros meses de vida.
    Contudo, as teorias de Freud causaram tanta irritação e mal-estar, nas sociedades contemporâneas, visto que as suas concepções sobre o psiquismo humano e da sexualidade produziram profundas críticas na sociedade. Efectivamente não é a razão, a consciência, que controlava a vida humana, mas as forças do inconsciente que ele desconhece e pouco controla.

    Daniela Duarte, nº5, 12ºc

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  33. A perspectiva psicanalítica de Freud surgiu no início do século XX, dando especial importância às forças inconscientes que motivam o comportamento humano. Ele disponibiliza uma nova perspectiva do conceito de ser humano, dominado desde o nascimento por pulsões, sobretudo de carácter sexual, vivendo conflitos intrapsíquicos que se manifestam em comportamentos no nosso quotidiano. Com Freud, abre-se uma nova perspectiva que nada tem a ver com a psicologia que toma como centro a consciência, ou que reduz o ser humano a uma fórmula simplista de comportamento estímulo-resposta.
    Introduz alguns conceitos, o inconsciente, do id, que se vão construir o ego (no primeiro ano de vida) e o superego 8entre os 3 e os 5 anos). Para explorar o id, Freud desenvolveu um método psicanalítico, em que prevê o recurso a técnicas próprias: associações livres, interpretação dos sonhos e dos actos falhados e análise do processo de transferência.
    Também, afirma uma sexualidade infantil, no qual perspectiva o desenvolvimento da personalidade apresentando uma concepção psicossexual desde o nascimento: afirmação de uma sexualidade infantil.
    Desta forma, o modelo psicossexual que desenvolveu tem sido criticado por diferentes frentes. Algumas das críticas feitas a Freud são existência de uma sexualidade infantil. Outros autores, porém, consideram que Freud não ampliou os conhecimentos sobre sexualidade.

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  34. A perspectiva psicanalítica de Freud surgiu no início do século XX, dando especial importância às forças inconscientes que motivam o comportamento humano. Freud, baseado na sua experiência clínica, acreditava que a fonte das perturbações emocionais residia nas experiências traumáticas reprimidas nos primeiros anos de vida. Desta forma, assumia que os conteúdos inconscientes, apenas se encontravam disponíveis para a consciência, de forma disfarçada (através de sonhos e lapsos de linguagem, por exemplo). Neste sentido, Freud desenvolveu a psicanálise, uma abordagem terapêutica que tem por objectivo dar a conhecer às pessoas os seus próprios conflitos emocionais inconscientes. Freud acreditava que a personalidade forma-se nos primeiros anos de vida, quando as crianças lidam com os conflitos entre os impulsos biológicos inatos, ligados às pulsões e às exigências da sociedade.
    Considerou que estes conflitos ocorrem numa sequência invariante de fases baseadas na maturação do desenvolvimento psicossexual, no qual a gratificação se desloca de uma zona do corpo para outra – da zona oral para a anal e depois para a zona genital. Em cada fase, o comportamento, que é a principal fonte de gratificação, muda – da alimentação para a eliminação e, eventualmente, para a actividade sexual.
    Devido às pessoas darem muita importância à razão, quando freud veio dar importância às forças do inconsciente, as pessoas não gostaram muito pois isto falava falava da importância sexualidade na vida das pessoas.

    Márcia Cerveira
    nº14 12C

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