terça-feira, 9 de outubro de 2012

PRIMEIRA LIÇÃO – O CASO DE ANA O.


SENHORAS E SENHORES - Constitui para mim sensação nova e embaraçosa apresentar-me como conferencista ante um auditório de estudiosos do Novo Mundo. Considerando que devo esta honra tão-somente ao facto de estar o meu nome ligado ao tema da psicanálise, será esse, por consequência, o assunto de que lhes falarei, tentando proporcionar-lhes, o mais sinteticamente possível, uma visão de conjunto da história inicial e do ulterior desenvolvimento desse novo processo semiológico e terapêutico.
Se algum mérito existe em ter dado vida à psicanálise, a mim não cabe,  pois não participei das suas origens. Era ainda estudante e ocupava-me com os meus últimos exames, quando outro médico de Viena, o Dr. Joseph Breuer,  empregou pela primeira vez esse método no tratamento de uma jovem histérica (1880-1882). Ocupemo-nos, pois, primeiramente, da história clínica e terapêutica desse caso, a qual se acha minuciosamente descrita nos Studies on Hysteria (Estudos Sobre a histeria) [1895d] que mais tarde publicamos, o Dr. Breuer e eu.
Mas, preliminarmente, uma observação. Vim a saber, aliás com satisfação, que a maioria dos meus ouvintes não pertence à classe médica. Não cuidem, porém, que seja necessária uma especial cultura médica para acompanhar a minha exposição. Caminharemos por algum tempo ao lado dos médicos, mas logo deles nos apartaremos, para seguir, com o Dr. Breuer, uma rota absolutamente original.

A paciente do Dr. Breuer, uma jovem de 21 anos, de altos dotes intelectuais, manifestou, no decurso de sua doença, que durou mais de dois anos, uma série de perturbações físicas e psíquicas mais ou menos graves. Tinha uma paralisia espástica de ambas as extremidades do lado direito, com anestesia, sintoma que se estendia por vezes aos membros do lado oposto; perturbações dos movimentos oculares e várias alterações da visão; dificuldade em manter a cabeça erguida: tosse nervosa intensa; repugnância pelos alimentos e impossibilidade de beber durante várias semanas, apesar de uma sede martirizante; redução da faculdade de expressão verbal, que chegou a impedi-la de falar ou entender a língua materna; e, finalmente, estados de absence  (ausência), de confusão, de delírio e de alteração total da personalidade, aos quais voltaremos mais adiante a nossa atenção.
Ao terem notícia de semelhante quadro mórbido, os senhores tenderão, mesmo não sendo médicos, a supor que se trate de uma doença grave, provavelmente do cérebro, com poucas esperanças de cura, que levará rapidamente o enfermo a um desenlace fatal. Os médicos podem, entretanto, assegurar-lhes que, numa série de casos com fenómenos da mesma gravidade, justifica-se outra opinião muito mais favorável. Quando tal quadro mórbido é encontrado em indivíduo jovem do sexo feminino, cujos órgãos vitais internos (coração, rins, etc.) nada revelam de anormal ao exame objetivo, mas que sofreu no entanto violentos abalos emocionais, e quando, em certas minúcias, os sintomas se afastam do comum, já os médicos não consideram o caso tão grave. Afirmam que não se trata de uma afecção cerebral orgânica, mas desse enigmático estado que desde o tempo da medicina grega é denominado histeria e que pode simular todo um conjunto de graves perturbações. Nesses casos não consideram a vida ameaçada e até acham provável o restabelecimento completo. Nem sempre é fácil distinguir a histeria de uma grave doença orgânica. Não nos importa, porém, precisar aqui como se faz um diagnóstico diferencial desse género, bastando-nos a certeza de que o caso da paciente de Breuer era daqueles em que nenhum médico experimentado deixaria de fazer o diagnóstico de histeria. Podemos também acrescentar, consoante a histeria clínica, não só que a afecção lhe apareceu quando estava tratando do pai, que ela adorava e cuja grave doença havia de conduzi-lo à morte, como também que ela, por causa de seus próprios padecimentos, teve de abandonar a cabeceira do enfermo.
Até aqui nos tem sido vantajoso caminhar ao lado dos médicos, mas breve os deixaremos. Não devem os senhores esperar que o diagnóstico de histeria, em substituição ao de afecção cerebral orgânica grave, possa melhorar consideravelmente para o doente a perspetiva de um auxilio médico. Se a medicina é o mais das vezes impotente em face das lesões cerebrais orgânicas, diante da histeria o médico não sabe, do mesmo modo, o que fazer, tendo de confiar à providencial natureza a maneira e a ocasião em que se há de cumprir seu esperançoso prognóstico.
Com o rótulo de histeria pouco se altera, portanto, a situação do doente, enquanto que para o médico tudo se modifica. Pode-se observar que este se comporta para com o histérico de modo completamente diverso que para com o que sofre de uma doença orgânica. Nega-se a conceder ao primeiro o mesmo interesse que dá ao segundo, pois, não obstante as aparências, o mal daquele é muito menos grave. Mas acresce outra circunstância: o médico, que, por seus estudos, adquiriu tantos conhecimentos vedados aos leigos, pode formar uma ideia da etiologia das doenças e de suas lesões, como, por exemplo, nos casos de apoplexia ou de tumor cerebral, ideia que até certo ponto deve ser exata, pois lhe permite compreender os pormenores do quadro mórbido. Em face, porém, das particularidades dos fenómenos histéricos, todo o seu saber e todo o seu preparo em anatomia, fisiologia e patologia deixam-no desamparado. Não pode compreender a histeria, diante da qual se sente como um leigo, posição nada agradável a quem tenha em alta estima o próprio saber. Os histéricos ficam, assim, privados de sua simpatia. Ele os considera como transgressores das leis de sua ciência, tal como os crentes consideram os hereges: julga-os capazes de todo mal, acusa-os de exagero e de simulação, e pune-os com lhes retirar seu interesse.
O Dr. Breuer não mereceu certamente essa censura em relação à sua paciente. Embora não pretendesse, no princípio, curá-la, não lhe negou, entretanto, interesse e simpatia, o que lhe foi provavelmente facilitado pelas elevadas qualidades de espírito e de caráter da jovem, das quais ele nos dá testemunho na história clínica que redigiu. Sua carinhosa observação proporcionou-lhe bem logo o caminho que lhe permitiu prestar à doente os primeiros auxílios.
Havia-se notado que, nos estados de absence (alteração da personalidade acompanhada de confusão), costumava a doente murmurar algumas palavras que pareciam relacionar-se com aquilo que lhe ocupava o pensamento. O médico, que anotara essas palavras, colocou a moça numa espécie de hipnose e repetiu-as, para incitá-la a associar ideias. A paciente entrou, assim, a reproduzir diante do médico as criações psíquicas que a tinham dominado nos estados de absence e que se haviam traído naquelas palavras isoladas. Eram fantasias profundamente tristes, muitas vezes de poética beleza - devaneios, como podiam ser chamadas -. que tomavam habitualmente como ponto de partida a situação de uma jovem a cabeceira do pai doente. Depois de relatar certo número dessas fantasias, sentia-se ela como que aliviada e reconduzida à vida normal. Esse bem-estar durava muitas horas e desaparecia no dia seguinte para dar lugar a nova absence, que cessava do mesmo modo pela revelação das fantasias novamente formadas. É forçoso reconhecer que a alteração psíquica manifestada durante as absences era consequência da excitação proveniente dessas fantasias intensamente afetivas. A própria paciente, que nesse período da moléstia só falava e entendia inglês, deu a esse novo género de tratamento o nome de talking cure (cura de conversação), qualificando-o também, por gracejo, de chimney sweeping (limpeza da chaminé).
Verificou-se logo, como por acaso, que, limpando-se a mente por esse modo, era possível conseguir alguma coisa mais que o afastamento passageiro das repetidas perturbações psíquicas. Pôde-se também fazer desaparecer sintomas quando; na hipnose, a doente recordava, com exteriorização afetiva, a ocasião e o motivo do aparecimento desses sintomas pela primeira vez. "Tinha havido, no verão, uma época de calor intenso e a paciente sofria de sede horrível, pois, sem que pudesse explicar a causa, viu-se, de repente, impossibilitada de beber. Tomava na mão o cobiçado copo de água, mas, assim que o tocava com os lábios, repelia-o como hidrófoba. Nesses poucos segundos, ela se achava evidentemente em estado de absence. Para mitigar a sede que a martirizava, vivia somente de frutas, melões, etc. Quando isso já durava perto de seis semanas, falou, certa vez, durante a hipnose, a respeito de sua dama de companhia inglesa, de quem não gostava, e contou então com demonstrações da maior repugnância que, tendo ido ao quarto dessa senhora, viu, bebendo num copo, o seu caõzinho, um animal nojento. Nada disse, por polidez. Depois de exteriorizar energicamente a cólera retida, pediu de beber, bebeu sem embaraço grande quantidade de água e despertou da hipnose com o copo nos lábios. A perturbação desapareceu definitivamente."
Permitam-me que os detenha alguns momentos ante esta experiência. Ninguém, até então, havia removido por tal meio um sintoma histérico nem penetrado tão profundamente na compreensão da sua causa. O descobrimento desses factos devia ser de ricas consequências, se se confirmasse a esperança de que outros sintomas da doente - e talvez a maioria - se houvessem originado do mesmo modo e do mesmo modo pudessem ser suprimidos. Para verificá-los, Breuer não mediu esforços e pesquisou sistematicamente a patogenia de outros sintomas mais graves. E realmente era assim. Quase todos se haviam formado desse modo, como resíduos - como "precipitados", se quiserem - de experiências emocionais que, por essa razão, foram denominadas posteriormente "traumas psíquicos"; e o caráter particular a cada um desses sintomas se explicava pela relação com a cena traumática que o causara. Eram, segundo a expressão técnica, determinados pelas cenas, cujas lembranças representavam resíduos, não havendo já necessidade de considerá-los como produtos arbitrários ou enigmáticos da neurose. Registemos apenas uma complicação que não fora prevista: nem sempre era um acontecimento que deixava atrás de si os sintomas; para produzir tal efeito uniam-se na maioria dos casos numerosos traumas, às vezes análogos e repetidos. Toda essa cadeia de recordações patogénicas tinha então de ser reproduzida em ordem cronológica e precisamente inversa - as últimas em primeiro lugar e as primeiras por último -, sendo completamente impossível chegar ao primeiro trauma, muitas vezes o mais ativo, saltando-se sobre os que ocorreram posteriormente.
Os senhores desejam, por certo, que lhes apresente outros exemplos de produção de sintomas histéricos, além do da hidrofobia originada pela repugnância diante do cão que bebia no copo. Para manter-me, porém, no meu programa, devo limitar-me a poucas ilustrações. Assim, relata Breuer que as perturbações visuais da doente remontavam a situações como aquelas em que "estando a paciente com os olhos marejados de lágrimas, junto ao leito do enfermo, perguntou-lhe este, de repente, que horas eram, e, não podendo ela ver distintamente, forçou a vista, aproximando dos olhos o relógio, cujo mostrador lhe pareceu então muito grande - devido à macropsia e ao estrabismo convergente. Ou se esforçou em reprimir as lágrimas para que o enfermo não as visse". Todas as impressões patogénicas provinham, aliás, do tempo em que ela se dedicava ao pai doente. "Uma noite velava muito angustiada junto ao doente febricitante e estava em grande ansiedade porque se esperava de Viena um cirurgião para operá-lo. Sua mãe ausentara-se por algum tempo e Anna, sentada à cabeceira do doente, pôs o braço direito sobre o espaldar da cadeira. Caiu em estado de semi-sonho e viu, como se viesse da parede, uma cobra negra que se aproximava do enfermo para mordê-lo. (É muito provável que no campo situado atrás da casa algumas cobras tivessem de facto aparecido, assustando anteriormente a moça e fornecendo agora o material de alucinação.) Ela quis afastar o ofídio, mas estava como que paralisada; o braço direito, que pendia no espaldar, achava-se "adormecido", insensível e parético, e, quando ela o contemplou, transformaram-se os dedos em cobrinhas cujas cabeças eram caveiras (as unhas). Provavelmente procurou afugentar a cobra com a mão direita paralisada e por isso a anestesia e a paralisia da mesma se associaram com a alucinação da serpente. Quando esta desapareceu, aterrorizada, quis rezar, mas não achou palavras em idioma algum, até que, lembrando-se duma poesia infantil em inglês, pôde pensar e rezar nessa língua."  Com a reconstituição dessa cena durante a hipnose foi removida a paralisia espástica do braço direito, que existia desde o começo da moléstia, e teve fim o tratamento.
Quando, alguns anos mais tarde, comecei a empregar nos meus próprios doentes o método semiótico e terapêutico de Breuer, fiz experiências que concordam com as dele. Numa senhora de cerca de quarenta anos existia um tic (tique) sob a forma de um especial estalar de língua, que se produzia quando a paciente se achava excitada e mesmo sem causa percetível. Originara-se esse tique em duas ocasiões, nas quais, sendo desígnio dela não fazer nenhum rumor, o silêncio foi rompido contra sua vontade justamente por esse estalido. Urna vez, foi quando com grande trabalho conseguira finalmente fazer adormecer seu filhinho doente, e desejava, no íntimo, ficar quieta para o não despertar: outra vez, quando numa viagem de carro com dois filhos, por ocasião de uma tempestade, assustaram-se os cavalos e ela cuidadosamente quisera evitar qualquer ruído para que os animais não se espantassem ainda mais.  Dou esse exemplo dentre muitos outros que se acham consignados nos Studies on Hysteria  (Estudos Sobre a Histeria).
Senhoras e Senhores. Se me permitem uma generalização - inevitável numa exposição tão breve -, podemos sintetizar os conhecimentos até agora adquiridos na seguinte fórmula: os histéricos sofrem de reminiscências. Seus sintomas são resíduos e símbolos mnémicos de experiências especiais (traumáticas). Uma comparação com outros símbolos mnémicos de género diferente talvez nos permita compreender melhor esse simbolismo. Os monumentos com que ornamos nossas cidades são também símbolos dessa ordem. Passeando em Londres, verão, diante de uma das maiores estações da cidade, urna coluna gótica ricamente ornamentada - a Charing Cross. No século XIII, um dos velhos reis plantagenetas, que fez transportar para Westminster os restos mortais de sua querida esposa e rainha Eleanor, erigiu cruzes góticas nos pontos em que havia pousado o esquife. Charing Cross é o último desses monumentos destinados a perpetuar a memória do cortejo fúnebre. Em outro ponto da cidade, não muito distante da London Bridge, verão uma coluna moderna e muito alta, chamada simplesmente The Monument, cujo fim é lembrar o grande incêndio que em 1666 irrompeu ali perto e destruiu boa parte da cidade. Tanto quanto se justifique a comparação, esses monumentos são também símbolos mnémicos como os sintomas histéricos. Mas que diriam do londrino que ainda hoje se detivesse compungido ante o monumento erigido em memória do enterro da rainha Eleanor, em vez de tratar de seus negócios com a pressa exigida pelas modernas condições de trabalho, ou de pensar satisfeito na jovem rainha de seu coração? Ou de outro que em face do Monument chorasse a incineração da cidade querida, reconstruída depois? Como esses londrinos pouco práticos, procedem, entretanto, os histéricos e neuróticos: não só recordam acontecimentos dolorosos que se deram há muito tempo, corno ainda se prendem a eles emocionalmente; não se desembaraçam do passado e alheiam-se por isso da realidade e do presente. Essa fixação da vida psíquica aos traumas patogénicos é um dos caracteres mais importantes da neurose e dos que têm maior significação prática.
Desde já aceito a objeção que provavelmente os senhores formularam refletindo sobre a história da paciente de Breuer. Todos os traumas que influíram na moça datavam do tempo em que ela cuidava do pai doente, e os sintomas que apresentava podem ser considerados como simples sinais mnémicos da doença e da morte dele. Correspondem, portanto, a uma manifestação de luto, e a fixação à memória do finado, tão pouco tempo depois do traspasse, nada representa de patológico; corresponde antes a um processo emocional normal. Reconheço que na paciente de Breuer a fixação aos traumas nada tem de extraordinário. Mas em outros casos - como no tique por mim tratado, cujos fatores datavam de mais de quinze e dez anos - é muito nítido o caráter da fixação anormal ao passado. A doente de Breuer nos haveria de oferecer oportunidade de apreciar a mesma fixação anormal, se não tivesse sido tratada pelo método catártico tão pouco tempo depois do traumatismo e da eclosão dos sintomas.
Até aqui apenas discorremos sobre as relações entre os sintomas histéricos e os factos da vida da doente, mas dois outros elementos da observação de Breuer podem também indicar-nos como conceber tanto o mecanismo da moléstia como o do restabelecimento.
Quanto ao primeiro, é preciso salientar que a doente de Breuer em quase todas as situações teve de subjugar uma poderosa emoção, em vez de permitir a sua descarga por sinais apropriados de emoção, palavras ou ações. No trivialíssimo incidente relativo ao cãozinho de sua dama de companhia, por consideração a esta ela não deixou sequer transparecer a sua profunda aversão; velando à cabeceira do pai, estava sempre atenta para que o doente não lhe percebesse a ansiedade e a penosa depressão. Ao reproduzir posteriormente estas mesmas cenas diante do médico, a energia afetiva então inibida manifestava-se intensamente, como se estivera até então reprimida. Além disso, o sintoma - resíduo desta cena - atingia a máxima intensidade quando durante o tratamento ia-se chegando à sua causa, para desaparecer completamente quando esta se aclarava inteiramente. Por outro lado, pôde-se verificar que era inútil recordar a cena diante do médico se, por qualquer razão, isto se dava sem exteriorização afetiva. Era pois a sorte dessas emoções, que podemos imaginar como grandezas variáveis, o que regulava tanto a doença como a cura. Tinha-se de admitir que a doença se instalava porque a emoção desenvolvida nas situações patogénicas não podia ter exteriorização normal; e que a essência da moléstia consistia na atual utilização anormal das emoções "enlatadas". Em parte ficavam estas como carga contínua da vida psíquica e fonte permanente de excitação para a mesma; em parte se desviavam para insólitas inervações e inibições somáticas, que se apresentavam como os sintomas físicos do caso. Para este último mecanismo propusemos o nome de "conversão histérica". Demais, uma certa parte de nossas excitações psíquicas é conduzida normalmente para a inervação somática, constituindo aquilo que conhecemos por "expressão das emoções". A conversão histérica exagera então essa parte da descarga de um processo mental catexizado emocionalmente; ela representa uma expressão mais intensa das emoções, conduzida por nova via. Quando uma corrente de água se escoa por dois canais, num deles o líquido se elevará, logo que no outro se interponha um obstáculo. Como vêem, estamos quase negando a uma teoria puramente psicológica da histeria, onde assinalamos o primeiro lugar para os processos afetivos.
Urna segunda observação de Breuer obriga-nos agora a atribuir grande significação aos estados de consciência para a característica dos factos mórbidos. A doente de Breuer exibia, ao lado de seu estado normal, vários outros de absence, confusão e alterações do caráter. Em estado normal ela ignorava totalmente as cenas patogénicas ou pelo menos havia rompido a conexão patogénica. Sob hipnose era possível, depois de considerável esforço, trazer tais cenas à memória, e por este trabalho de evocação os sintomas eram removidos. Ficaríamos em grande perplexidade para interpretar esse facto se a experiência do hipnotismo já não nos tivesse indicado o caminho. Pelo estudo dos fenómenos hipnóticos tornou-se habitual a conceção, a princípio estranhável, de que num mesmo indivíduo são possíveis vários agrupamentos mentais que podem ficar mais ou menos independentes entre si, sem que um "nada saiba" do outro, e que podem se alternar entre si em sua emersão à consciência. Casos destes, também ocasionalmente, aparecem de forma espontânea, sendo então descritos como exemplos de double conscience. Quando nessa divisão da personalidade a consciência fica constantemente ligada a um desses dois estados, chama-se esse o estado mental conscience e o que dela permanece separado o inconsciente. Nos conhecidos fenómenos da chamada "sugestão pós-hipnótica", em que uma ordem dada durante a hipnose é depois, no estado normal, imperiosamente cumprida, tem-se um esplêndido modelo das influências que o estado inconsciente pode exercer no consciente, modelo esse que permite sem dúvida compreender o que ocorre na manifestação da histeria. Breuer resolveu admitir que os sintomas histéricos apareciam em estados mentais particulares que chamava "hipnóides". As excitações durante esses estados hipnóides tomam-se facilmente patogénicas porque não encontram neles as condições para a descarga normal do processo de excitação. Origina-se então, do processo de excitação, um produto anormal - o sintoma - que, como corpo estranho, se insinua no estado normal, escapando a este, por isso, o conhecimento da situação patogénica hipnóide. Onde existe um sintoma, existe também urna amnésia, uma lacuna da memória, cujo preenchimento suprime as condições que conduzem à produção do sintoma.
Receio que esta parte de minha exposição não lhes pareça muito clara. Os presentes devem, contudo, ser indulgentes; trata-se de conceções novas e difíceis que talvez não possam fazer-se muito mais claras, prova de que nossos conhecimentos ainda não progrediram muito. A teoria de Breuer, dos estados hipnóides, tornou-se aliás embaraçante e supérflua, e foi abandonada pela psicanálise moderna. Mais tarde me ouvirão falar, nem que seja sucintamente, das influências e processos que era mister descobrir atrás das fronteiras dos estados hipnóides, por Breuer fixadas. Hão-de ter tido também a impressão, sem dúvida justa, de que a pesquisa de Breuer só lhes pode dar uma teoria muito incompleta e uma explicação insuficiente dos fenómenos observados; porém as teorias completas não caem do céu e com toda razão desconfiarão se alguém lhes apresentar, logo no início de suas observações, uma teoria sem falhas, otimamente rematada. Tal teoria certamente só poderá ser filha de sua especulação e nunca o fruto da pesquisa imparcial e desprevenida da realidade.
Sigmund Freud, Cinco lições de psicanálise, 1º lição

TAREFA:
Segundo Freud, como se formam as histerias? (Deixa a tua resposta na caixa dos comentários.)

30 comentários:

  1. A histeria foi o que levou Freud a descobrir o inconsciente e a postular a psicanálise. Ele começou a observar que os sintomas físicos não possuíam causa orgânica. A histeria é causada pela recusa do desejo sexual que é tipicamente reprimido e se manifesta em forma de ansiedades e traumas. Há psicanalistas que acrescentam que a histeria não se refere apenas aos desejos sexuais, mas a outros tipos de desejo ou situações traumáticas. A cura da histeria só acontece quando o paciente, através da associação livre, chega a uma cena traumática, causadora do sintoma. É fundamental esclarecer que a cena pode não acontecer necessariamente, e pode ter sido uma criação do paciente, a partir de desejos “proibidos”. A cena, real ou não, provoca uma ansiedade muito grande e a pessoa esquece-a automaticamente, e somatiza.

    Os sintomas aparecem como que para impedir o movimento para o desejo. É muito importante saber que a histeria não é proposital e nem uma “frescura”, como pode parecer. A histeria é uma classe de neuroses que apresenta quadros clínicos muito variados. Freud considerou a histeria como uma doença psíquica bem definida e que, portanto, exige uma etiologia específica. Freud nominou diferentes tipos de histeria. A histeria de angústia apresenta sintomas fóbicos que podem ser observados na neurose obsessiva e na esquizofrenia.

    A libido é libertada sob forma de angústia e a formação dos sintomas fóbicos tem sua origem num trabalho psíquico que tem como objetivo ligar a angústia que se tornou livre outra vez, ao psiquismo. Existem ainda a histeria de conversão, que se caracteriza pela predominância de sintomas de conversão; a histeria de defesa, especificada por uma atividade de defesa que o indivíduo desenvolve para evitar representações que causem afetos desagradáveis (ver amnésia); a histeria hipnóide, que segundo Freud e Breuer teria origem nos estados hipnóides, todas as vezes que a pessoa não consegue aceitar os conteúdos inconscientes revelados por esta técnica; a histeria de retenção, quando a natureza do trauma esbarra em condições sociais ou individuais que impedem a ab-reação(descarga emocional, pela qual o afeto ligado a uma recordação traumática é liberado, quando esta, até então inconsciente, chega à consciência); a histeria traumática, que foi descrita por Charcot como sintomas somáticos designados para um traumatismo físico, que, naquela época, era caracterizado pelas paralisias.

    Tiago Tojal Nº21 12ºC

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  2. A histeria é uma psiconeurose cujos conflitos emocionais inconscientes surgem na forma de uma severa dissociação mental ou como sintomas físicos (conversão), e é independentemente de qualquer patologia estrutural conhecida.
    A histeria é causada por lembranças reprimidas, de grande intensidade emocional ou pelo inibição de determinados desejos (nomeadamente os sexuais). Breuer, através do tratamento de Anna O., apercebeu-se que se conseguisse chegar ao momento/acontecimento que provocava a neurose, (recorrendo à hipnose), a paciente imediatamente se sentia mais aliviada.

    Freud trabalhou em parceria com Breuer e foi o fundador da psicanálise.
    Considerava que os pensamentos perturbadores eram mantidos inconscientes (repressão), mas mesmo assim causavam fortes sentimentos de culpa e intensa ansiedade, interferindo na atividade mental consciente, consumindo energia psíquica vital em busca de libertação. Por serem incompatíveis com os padrões normais do indivíduo, este sentia-se compelido a defender-se contra estas ideias intrusivas a fim de manter o seu equilíbrio interno (mecanismos de defesa).
    Nos seus estudos sobre a histeria, também se apercebeu que na maioria dos seus pacientes os acontecimentos reprimidos mais frequentes estavam relacionados com ideias perturbadoras acerca da sexualidade.

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  3. Bruno F. Lima nº3 12ºC12 de outubro de 2012 às 22:58

    A histeria foi a principal doença investigada por Freud e que acabou dando origem a Psicanálise. A histeria pode ser dividida em duas manifestações fundamentais, a histeria conversiva e a histeria dissociativa. Freud explica a histeria conversiva da seguinte maneira:

    Na histeria conversiva haveria um conflito inconsciente, uma ansiedade que não consegue emergir para o consciente por mecanismos repressivos da própria mente mas que contem uma energia que precisa se manifestar e acaba eclodindo como um sintoma físico que mantém uma relação simbólica com o conflito.

    Uma outra maneira de entender o sintoma histérico é saber que as pessoas ansiosas sentem com muita intensidade os estímulos que acontecem ao seu redor . Esta intensidade faz com que elas não consigam decifrar ou elaborar o que esta ocorrendo, o que faz a sua ansiedade aumente a níveis muito altos, tensionando ou perturbando funcionalmente a operação de órgãos que de alguma maneira esteja relacionado com o Sistema Nervoso Central, e só quando a tensão ou ansiedade cede é que o sintoma desapareceria.

    Na histeria dissociativa , o estímulo é sentido de forma tão intensa que quebra a funcionalidade da própria mente, descoordenando-a e levando a pessoa a atos dissociados da realidade que a cercam por mais ou menos tempo. Vamos ao exemplo que é bem mais divertido, a mocinha que sobe na cadeira e grita desesperada por que viu uma barata. Eis ai uma típica reação histérica dissociativa.

    A "grande vantagem "da histeria é que a pessoa assume o papel da vitima indefesa perante a situação, necessitando da dó e da complacência dos outros que a ajudarão a superar as dificuldades, o grande mal da histeria é que a pessoa vai incorporando este sentimento de fragilidade interior que faz com que a pessoa vá se sentindo cada vez mais fraca até despencar em estado de Depressão. O tratamento da histeria é o da psicoterapia, nestes casos, embora as medicações possam ajudar de forma alguma são essenciais no tratamento. A pessoa terá que aprender os seus sentimentos e suas simbologias correspondentes e aprender a lidar com eles de forma coordenada. A incidência de relatos de histeria na Psiquiatria moderna caiu muito sendo hoje casos mais passageiros e fugazes.

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  4. Sigmund Freud, em colaboração com Breuer, começou a pesquisar os mecanismos psíquicos da histeria e postulou em sua teoria que essa neurose era causada por lembranças reprimidas, de grande intensidade emocional.

    Para Freud a histeria é uma psiconeurose cujos conflitos emocionais inconscientes surgem na forma de uma severa dissociação mental ou como sintomas físicos, independentemente de qualquer patologia orgânica ou estrutural conhecida, quando a ansiedade subjacente é convertida num sintoma físico. “Afirmam que não se trata de uma afecção cerebral orgânica, mas desse enigmático estado que desde o tempo da medicina grega é denominado histeria e que pode simular todo um conjunto de graves perturbações”.

    No caso particular de Ana, nos estados de absences (alteração da personalidade acompanhada de confusão), a doente costumava murmurar algumas palavras que pareciam relacionar-se com aquilo que lhe ocupava o pensamento. “O médico, que anotara essas palavras, colocou a moça numa espécie de hipnose e repetiu-as, para incitá-la a associar ideias. A paciente entrou, assim, a reproduzir diante do médico as criações psíquicas que a tinham dominado nos estados de absence e que se haviam traído naquelas palavras isoladas.” Verificou-se logo,que, limpando a mente por esse modo, era possível conseguir alguma coisa mais que o afastamento passageiro das repetidas perturbações psíquicas.

    É forçoso reconhecer que a alteração psíquica manifestada durante as absences era consequência da excitação proveniente dessas fantasias intensamente afetivas.

    Os histéricos sofrem de reminiscências ;os seus sintomas são resíduos e símbolos mnémicos de experiências especiais (traumáticas).
    Os histéricos e neuróticos não só recordam acontecimentos dolorosos que se deram há muito tempo, corno ainda se prendem a eles emocionalmente; não se desembaraçam do passado e alheiam-se por isso da realidade e do presente. Essa fixação da vida psíquica aos traumas patogénicos é um dos caracteres mais importantes da neurose e dos que têm maior significação prática.
    Os sintomas histéricos apareciam em estados mentais particulares que se chamava "hipnóides". As excitações durante esses estados hipnóides tomam-se facilmente patogénicas, pois não encontram neles as condições para a descarga normal do processo de excitação. Origina-se então, do processo de excitação, um produto anormal - o sintoma - que, como corpo estranho, se insinua no estado normal, escapando a este, por isso, o conhecimento da situação patogénica hipnóide. Onde existe um sintoma, existe também urna amnésia, uma lacuna da memória, cujo preenchimento suprime as condições que conduzem à produção do sintoma.

    É de admitir que a doença se instalava, uma vez que a emoção desenvolvida nas situações patogénicas não podia ter exteriorização normal; a essência da moléstia consistia na atual utilização anormal das emoções "enlatadas".

    A teoria de Breuer, dos estados hipnóides, tornou-se aliás embaraçante e supérflua, e foi abandonada pela psicanálise moderna.






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  5. Cristiana, nº8, 12ºA14 de outubro de 2012 às 19:39

    Este texto mostrou-nos a história de Ana O., cujo quadro mórbido de perturbações psíquicas que se manifestavam em físicas, fez os médicos concluir que não se tratava de uma doença grave orgânica, mas de histeria, a enigmática “doença” que hoje é considerada uma neurose, segundo a psicanálise.
    Os histéricos sofrem de reminiscências, diz Freud. Quer isto dizer que eles retêm lembranças vagas e, mais tarde, reproduzem conhecimentos adquiridos, através da memória. Os seus sintomas são resíduos de experiências traumáticas que, no caso de Ana O., seriam as vivências em que ela tentou travar a doença do pai.
    Assim sendo, o histerismo representa uma expressão mais intensa das emoções. E, segundo Freud, um indivíduo pode possuir vários agrupamentos mentais isolados e independentes entre si, daí o conceito de double conscience, que retrata a manifestação da histeria. O estado a que a consciência se “alia”, denomina-se o estado mental conscience e que é separado a ela, o insconsciente. A prova disto é que uma ordem, dada durante a hipnose, é totalmente cumprida, no estado normal. Isto demonstra a influência que o estado inconsciente tem sobre o estado consciente.
    Em suma, os pensamentos dolorosos que são reprimidos, nestes casos, consomem mentalmente a pessoa em questão, sendo que ela pensa em estratégias lógicas para fugir aos cenários que ela própria cria, como é o caso da dama de companhia inglesa e do seu cão, que Ana O. imaginara.
    Foi com a hipnose e com a terapia de conversa que Breuer induziu Ana O. a recordar as experiências traumatizantes sofridas por ela na infância. Assim, Breuer concluiu que os sintomas neuróticos resultantes de processos inconscientes, desaparecem quando esses processos se tornam conscientes. Chamou a este processo Catarse.

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  6. Para Freud o comportamento humano é controlado maioritariamente pelo seu inconsciente, sendo as neuroses (como a hidrofobia de Ana O.) uma das provas da existência desses estados inconscientes.
    As histerias, ou melhor, as neuroses, formar-se-iam através de um processo de recalcamento de sensações e de sentimentos traumáticos, os quais seriam ignorados pelo doente (quando consciente) mas que iriam permanecer nas profundezas da sua mente (na zona inconsciente) onde iriam influenciar todos os seus comportamentos do quotidiano. A tomada de consciência da causa da perturbação é o 1º passo para a recuperação, já que tal permite uma racionalização da situação traumática e, consequentemente, uma redução na carga emocional a ela associada.

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  7. Para Freud o comportamento humano é controlado maioritariamente pelo seu inconsciente, sendo as neuroses (como a hidrofobia de Ana O.) uma das provas da existência desses estados inconscientes.
    Ele começou a observar que os sintomas físicos não possuíam causa orgânica. A histeria é causada pela recusa do desejo sexual que é tipicamente reprimido e se manifesta em forma de ansiedades e traumas. Há psicanalistas que acrescentam que a histeria não se refere apenas aos desejos sexuais, mas a outros tipos de desejo ou situações traumáticas. A cura da histeria só acontece quando o paciente, através da associação livre, chega a uma cena traumática, causadora do sintoma. É fundamental esclarecer que a cena pode não acontecer necessariamente, e pode ter sido uma criação do paciente, a partir de desejos “proibidos”. A cena, real ou não, provoca uma ansiedade muito grande e a pessoa esquece-a automaticamente, e somatiza.

    Os sintomas aparecem como que para impedir o movimento para o desejo. É muito importante saber que a histeria não é proposital e nem uma “frescura”, como pode parecer. A histeria é uma classe de neuroses que apresenta quadros clínicos muito variados. Freud considerou a histeria como uma doença psíquica bem definida e que, portanto, exige uma etiologia específica. Freud nominou diferentes tipos de histeria. A histeria de angústia apresenta sintomas fóbicos que podem ser observados na neurose obsessiva e na esquizofrenia.

    Delfim Almeida 12ºA

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  8. Para Freud o comportamento humano é controlado maioritariamente pelo seu inconsciente, sendo as neuroses (como a hidrofobia de Ana O.) uma das provas da existência desses estados inconscientes.
    Breuer e Freud, em vários estudos e experiências concluíram que a mente humana, quando pressionada por vários factores diversos chega a criar "buracos" no estado consciente que irão pôr em causa o bem-estar dessas certas pessoas. Essas ditas "lacunas" não conseguem ser explicadas pelo paciente pois, estão tão profundamente escondidas dentro da sua mente que por mais que tente não consegue explicar o motivo correcto para a sua fobia e/ou o seu medo (ou mais correctamente, essa dita neurose); A técnica usada para conseguir extrair esses problemas dos pacientes foi a hipnose, que após a sua "aplicação" o "Psicólogo" conseguia interagir com o subconsciente do doente, e por fim perceber onde estava realmente o problema e eliminá-lo definitivamente (caso desse).
    Ao interagir com o Inconsciente Freud e Breuer conseguiram "finalmente" concluir que a mente humana, por várias razões, por vezes pode-se dividir, o que irá provocar doenças a nível mental como a esquizofrenia, por exemplo, que irão pôr em causa a saúde da pessoa, algo que outrora era tudo tratado por um médico, quer fosse problema orgânico, quer fosse um problema mental, daí a necessidade "urgente" da criação de uma "disciplina" ou melhor dizendo de uma ciência para conseguir tratar dos doentes mentais com uma taxa de sucesso muito mais elevada.

    Alexandr Ostrovschii 12ºA

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  9. Paula Lopes Nº12 12ºC19 de outubro de 2012 às 20:54

    Segundo Freud é o inconsciente que controla todo o comportamento do ser humano, como por exemplo as neuroses.

    Para Freud, a histeria é uma psiconeurose cujos conflitos emocionais inconscientes surgem na forma de uma severa dissociação mental ou como sintomas físicos, independentemente de qualquer patologia orgânica ou estrutural conhecida, quando a ansiedade subjacente é convertida num sintoma físico.

    As histerias formar-se-iam através de um processo de recalcamento de sensações e de sentimentos traumáticos do passado, os quais são ignorados.

    Segundo Breuer, os sintomas histéricos apareciam em estados mentais particulares chamados de "hipnóides". As excitações durante esses estados hipnóides tomam-se facilmente patogénicas, pois não encontram neles as condições para a descarga normal do processo de excitação. Provocando um processo de excitação, que se insinua no estado normal, escapando a este, o conhecimento da situação patogénica hipnóide. Onde existe um sintoma, existe também, uma lacuna da memória, cujo preenchimento suprime as condições que conduzem à produção do sintoma.
    A teoria de Breuer, sobre as histerias, foi mais tarde abandonada pela psicanálise moderna.



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  10. Beatriz Martinho, nº 2, 12º A20 de outubro de 2012 às 13:19

    Segundo Freud, o comportamento humano é controlado maioritariamente pelo seu inconsciente, sendo as neuroses (como a hidrofobia de Ana O.) uma das provas da existência desses estados inconscientes.
    A histeria é uma psiconeurose cujos conflitos emocionais inconscientes surgem na forma de uma severa dissociação mental ou como sintomas físicos (conversão), e é independentemente de qualquer patologia estrutural conhecida.
    A histeria é causada por lembranças reprimidas, de grande intensidade emocional ou pelo inibição de determinados desejos (nomeadamente os sexuais).
    Estas formar-se-iam através de um processo de recalcamento de sensações e de sentimentos traumáticos, os quais seriam ignorados pelo doente (quando consciente) mas que iriam permanecer nas profundezas da sua mente (na zona inconsciente) onde iriam influenciar todos os seus comportamentos do quotidiano. A tomada de consciência da causa da perturbação é o 1º passo para a recuperação, já que tal permite uma racionalização da situação traumática e, consequentemente, uma redução na carga emocional a ela associada.

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  11. Nuno Martins nº11 12ºC20 de outubro de 2012 às 18:03

    O caso de Anna O. levou Freud a dedicar-se ao estudo das histerias, o que mais tarde lhe possibilitou fundar a Psicanálise. A histeria não se trata de uma doença cerebral orgânica mas sim de um estado incompreensível, que pode simular um grande conjunto de graves perturbações. Algumas dessas perturbações são a paralisia espástica de ambas as extremidades do lado direito, com anestesia, sintoma que se estendia por vezes aos membros do lado oposto, as perturbações dos movimentos oculares e várias alterações da visão, a dificuldade em manter a cabeça erguida, a tosse nervosa intensa, a repugnância pelos alimentos, a impossibilidade de beber durante várias semanas, apesar de uma sede martirizante, a redução da capacidade de expressão verbal, que pode chegar a impedir o enfermo de falar ou entender a língua e os estados de absence, isto é, a alteração da personalidade acompanhada de confusão e de delírio. Ainda que apresente um alargado conjunto de perturbações graves, os médicos não consideram a vida do doente ameaçada e até acham provável o restabelecimento completo
    No caso de Anna O., aquando dos estados de absence, costumava murmurar algumas palavras que pareciam relacionar-se com aquilo que lhe ocupava o pensamento. O médico que a acompanhava anotou-as, colocou a doente numa espécie de hipnose e repetiu-as, de modo a incentivá-la a associar ideias. A paciente começou, assim, a reproduzir diante do médico as criações psíquicas que a tinham dominado nos estados de absence e que se haviam traído naquelas palavras isoladas. Eram fantasias muito tristes que tomavam habitualmente como ponto de partida a situação de uma jovem a cabeceira do pai doente (que posteriormente se concluiu que eram recordações da paciente que haviam sido recalcadas – traumas psíquicos – que estariam na origem da histeria). Depois de relatar certo número dessas fantasias, sentia-se ela como que aliviada e reconduzida à vida normal. Esse bem-estar durava algumas horas e desaparecia no dia seguinte para dar lugar a nova absence, que terminava da mesma maneira pela revelação das fantasias novamente formadas.
    Posteriormente, a partir da análise da perturbação que a água causava a Anna O., Freud descobre que quase todos os sintomas de um doente com histeria se haviam formado como resíduos de experiências emocionais denominados "traumas psíquicos" e a natureza particular a cada um desses sintomas se explicava pela relação com a cena traumática que o causara. Eram determinados pelas cenas, cujas lembranças representavam resíduos, não havendo já necessidade de considerá-los como produtos arbitrários ou enigmáticos da neurose. Contudo, nem sempre era um acontecimento que deixava atrás de si os sintomas. Para produzir tal efeito uniam-se na maioria dos casos numerosos traumas, às vezes idênticos e repetidos.

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  12. A histeria é uma psiconeurose cujos conflitos emocionais inconscientes surgem na forma de uma severa dissociação mental ou como sintomas físicos (conversão), independentemente de qualquer patologia orgânica ou estrutural conhecida, quando a ansiedade subjacente é 'convertida' num sintoma físico.

    O termo origina-se do grego, hystéra, que significa útero. Uma antiga teoria sugeria que o útero vagava pelo corpo e a histeria era considerada uma moléstia específicamente feminina, atribuída a uma disfunção uterina. Na verdade, os sintomas histéricos podem se manifestar em homens e mulheres e são mais comumente observados na adolescência.

    No final do século XIX, Jean Martin Charcot (1825-1893), um eminente neurologista francês, que empregava a hipnose para estudar a histeria, demonstrou que idéias mórbidas podiam produzir manifestações físicas. O seu aluno, o psicólogo francês Pierre Janet (1859-1947), considerou como prioritárias, para o desencadeamento do quadro histérico, muito mais as causas psicológicas do que as físicas.

    Posteriormente, Sigmund Freud (1856-1939), em colaboração com Breuer, começou a pesquisar os mecanismos psíquicos da histeria e postulou em sua teoria que essa neurose era causada por lembranças reprimidas, de grande intensidade emocional.

    Os sintomas sensoriais e motores da histeria são denominados conversão pois geralmente não seguem as costumeiras inervações do sistema nervoso.

    Os distúrbios sensoriais podem:

    abranger os sentidos da visão, audição, paladar e olfato;

    variar desde sensações peculiares até a hipersensibilidade ou anestesia total;

    causar grande sofrimento com dores agudas, para as quais nenhuma causa orgânica pode ser determinada.


    Os distúrbios motores podem incluir uma gama de manifestações, como paralisia total, tremores, tiques, contrações ou convulsões. Afonia, tosse, náusea, vômito, soluços são muitas vezes de origem histérica.

    Episódios de amnésia e sonambulismo são considerados reações de dissociação histérica.


    Ana Cruz 12ºC

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  13. Ana Antunes nº5 12ºA23 de outubro de 2012 às 21:58

    Para Freud, o comportamento humano é controlado maioritariamente pelo seu inconsciente, sendo as neuroses (como por exemplo, a hidrofobia de Anna O.) uma das provas da existência desses estados inconscientes.
    A histeria é uma psiconeurose cujos conflitos emocionais inconscientes surgem na forma de uma severa dissociação mental ou como sintomas físicos (conversão), e é independentemente de qualquer patologia estrutural conhecida.
    A histeria forma-se devido a lembranças reprimidas, de grande intensidade emocional ou pelo inibição de determinados desejos (os sexuais).
    Estas formar-se-iam através de um processo de recalcamento de sensações e de sentimentos traumáticos, os quais seriam ignorados pelo doente (quando consciente) mas que iriam permanecer nas profundezas da sua mente (no inconsciente)e que iriam influenciar todas as suas tarefas do dia-a-dia.
    A tomada de consciência da causa da perturbação é o primeiro passo para a recuperação, já que tal permite uma racionalização da situação traumática e, deste modo, uma redução na carga emocional que lhe está associada.

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  14. A histeria foi a principal doença investigada por Freud e que acabou dando origem a Psicanálise. Segundo Freud é o inconsciente que controla todo o comportamento do ser humano, como por exemplo as neuroses.
    A histeria forma-se devido a lembranças reprimidas, de grande intensidade emocional ou pela inibição de determinados desejos.
    Desta forma formar-se-iam através de um processo de recalcamento de sensações e de sentimentos traumáticos, os quais seriam ignorados pelo doente (quando consciente) mas que iriam permanecer nas profundezas da sua mente (na zona inconsciente) onde iriam influenciar todos os seus comportamentos do quotidiano.

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  15. A histeria é uma psiconeurose cujos conflitos emocionais inconscientes surgem na forma de uma severa dissociação mental ou como sintomas físicos (conversão), independentemente de qualquer patologia orgânica ou estrutural conhecida, quando a ansiedade subjacente é 'convertida' num sintoma físico. Freud começou a investigar os mecanismos psíquicos da histeria e afirmou em sua teoria que essa neurose era causada por lembranças reprimidas, de grande intensidade emocional.
    Lígia Castro nº16 12ºA

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  16. Segundo Freud, o comportamento humano é controlado maioritariamente pelo seu inconsciente, sendo as neuroses (como a hidrofobia de Ana O.) uma das provas da existência desses estados inconscientes.
    A histeria é uma psiconeurose cujos conflitos emocionais inconscientes surgem na forma de uma severa dissociação mental ou como sintomas físicos (conversão), e é independentemente de qualquer patologia estrutural conhecida.
    A histeria é causada por lembranças reprimidas, de grande intensidade emocional ou pelo inibição de determinados desejos (nomeadamente os sexuais).
    Estas formar-se-iam através de um processo de recalcamento de sensações e de sentimentos traumáticos, os quais seriam ignorados pelo doente (quando consciente) mas que iriam permanecer nas profundezas da sua mente (na zona inconsciente) onde iriam influenciar todos os seus comportamentos do quotidiano. A tomada de consciência da causa da perturbação é o 1º passo para a recuperação, já que tal permite uma racionalização da situação traumática e, consequentemente, uma redução na carga emocional a ela associada.

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  17. Sara Oliveira, nº18; 12ºC27 de outubro de 2012 às 00:36

    Para Freud, o comportamento do ser humano é controlado pelo inconsciente. O inconsciente foi descoberto a partir das histerias, dando origem também á psicanálise.
    A histeria é caudada pela recusa do desejo sexual que é tipicamente reprimido e que se manifesta em forma de ansiedades e traumas. Esta é visível a partir de sintomas físicos (por exemplo paralisia).
    Anna O. sofria de uma neurose chamada hidrofobia e de outras neuroses. As neuroses são sintomas ou manifestações de algo que foi recalcado e que são impedidas de serem acedidas à consciência.
    Breuer usava a hipnose (terapia de conversa) para recordar Anna O. das experiências traumáticas que este sofrera na infância. Assim, concluiu que as neuroses desapareciam quando estas se tornavam conscientes.

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  18. Fábio Silva nº10 12ºA27 de outubro de 2012 às 10:18

    Segundo Freud o comportamento humano é controlado maioritariamente pelo seu inconsciente. A hidrofobia de Ana O. , que é uma neurose, é uma prova da existência desses estados inconscientes.
    As neuroses (histeria), eram formadas através de um processo de recalcamento de sensações e de sentimentos traumáticos, os quais seriam ignorados pelo doente, com uma atitude consciente , porém iriam permanecer nas profundezas da sua mente (na zona inconsciente) de onde os comportamentos do dia-a-dia iriam depender. O reconhecimento consciente da causa da perturbação é o inicio para a recuperação, já que permite uma racionalização da situação traumática e, consequentemente, uma redução na carga emocional a ela associada.

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  19. Para Freud as neuroses são uma das três manifestações do sub-consciente. Anna O. sofria de vários tipos destas perturbações neuróticas, como a hidrofobia. Esta neurose foi provocada pela manisfestação de um sentimento recalcado. O de que na sua infância um cão bebeu água de um copo que estava numa mesa de cabeceira. Esta memória fê-la pensar que toda a água estava contamindada e por isso contraiu a hirofobia. Este tipo de sentimentos não são identificados pela pacinte, já que estão escondidos no seu inconscinete. Este caso é um exemplo de que as histerias são um tipo de neurose que são originadas por desejos recalcados sob os quais o corpo não tem controlo, e por isso não são dominados pela medicação. Segundo Freud, a maioria das neuroses tem origem na repressão dos impulsos sexuais e agressivos.
    Ana Luísa nº3 12ºA

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  20. Sigmund Freud, em colaboração com Breuer, começou a pesquisar os mecanismos psíquicos da histeria e demandou na sua teoria que essa neurose era causada por lembranças reprimidas, de grande intensidade emocional.
    Segundo Freud é o inconsciente que controla todo o comportamento do ser humano, como por exemplo as neuroses (das quais são exemplo a hidrofobia de Anna O.). O inconsciente foi descoberto a partir das histerias, dando origem também à psicanálise.
    Para Freud a histeria é uma psiconeurose cujos conflitos emocionais inconscientes surgem na forma de uma acentuada dissociação mental ou como sintomas físicos, independentemente de qualquer patologia orgânica ou estrutural conhecida, quando a ansiedade subjacente é convertida num sintoma físico. “Afirmam que não se trata de uma afecção cerebral orgânica, mas desse enigmático estado que desde o tempo da medicina grega é denominado histeria e que pode simular todo um conjunto de graves perturbações”.
    No caso concreto de Anna O., nos momentos em que esta alterava a sua personalidade (estados de absence), momentos estes seguidos de uma ligeira confusão, a paciente murmurava algumas palavras, que pareciam de certo modo, relacionadas com aquilo que lhe ia no pensamento naquele determinado momento. O médico que anotara essas palavras, colocou a doente numa espécie de hipnose e repetiu as palavras que anotara, para incentiva-la a associar a essas palavras algumas ideias. A paciente entrou, assim, a reproduzir diante do médico as criações psíquicas que a tinham dominado nos estados de absence e que a haviam levado a pronunciar aquelas determinadas palavras de forma isolada.
    Verificou-se assim, que “limpando” a mente através deste método, era possível conseguir alguma coisa mais que o afastamento passageiro provocado pelas repetidas perturbações psíquicas.
    É inevitável reconhecer que as alterações psíquicas manifestadas durante os estados de absence eram consequência da excitação proveniente das fantasias intensamente afectivas.
    Freud, conseguiu assim por fim concluir que as neuroses (que se encontram no inconsciente) desapareciam quando se tornavam conscientes.

    Tatiana Gomes nº20 12ºC

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  21. Roxanne Correia, nº16, 12ºC28 de outubro de 2012 às 23:39

    Freud teve como principal investigaçao a da histeria, que acabou por dar origem à Psicanálise.
    Segundo Freud, a histeria seria consequencia de um conflito inconsciente, uma ansiedade que não consegue emergir para o consciente por mecanismos repressivos da própria mente(recalcamento), criados graças ao Superego, mas que contem uma energia que precisa se manifestar e acaba eclodindo como um sintoma físico que mantém uma relação simbólica com o conflito.
    Para Freud as neuroses são uma das três manifestações do sub-consciente, e Anna O. sofria de vários tipos destas perturbações neuróticas, como a hidrofobia, proveniente de um episódio em que quando era mais pequena, viu um cao a beber agua de copo que se encontrava em cima de uma mesa de cabeceira, e levou-a a pensar que sendo assim toda a agua estaria contaminada. Este tipo de sentimentos não são identificados pela pacinte, já que estão escondidos no seu inconsciente.
    Este caso é um exemplo de que as histerias são um tipo de neurose que são originadas por desejos recalcados sob os quais o corpo não tem controlo, e por isso não são dominados pela medicação. Segundo Freud, a maioria das neuroses tem origem na repressão dos impulsos sexuais e agressivos.

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  22. Para Freud, o comportamento humano é controlado maioritariamente pelo seu inconsciente, sendo as neuroses (como a hidrofobia de Ana O.) uma das provas da existência desses estados inconscientes. As histerias, formar-se-iam através de um processo de recalcamento de sensações e de sentimentos traumáticos, os quais seriam ignorados pelo doente (quando consciente), mas iriam permanecer nas profundezas da sua mente(no inconsciente) onde iriam influenciar todos os comportamentos do quotidiano.
    A histeria é uma psiconeurose cujos conflitos emocionais inconscientes surgem na forma de uma acentuada dissociação mental ou como sintomas físicos, independentemente de qualquer patologia orgânica ou estrutural conhecida, quando a ansiedade subjacente é convertida num sintoma físico. “Afirmam que não se trata de uma afecção cerebral orgânica, mas desse enigmático estado que desde o tempo da medicina grega é denominado histeria e que pode simular todo um conjunto de graves perturbações”.


    Márcia Almeida nº10 12ºc

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  23. Margarida Silva, nº4, 12ºA20 de novembro de 2012 às 19:32

    Segundo Freud, as neuroses são manifestações do Id. No caso, Anna O. sofria de uma neurose, consequência de um sentimento que havia sido recalcado e que estava, naquela altura, a manifestar-se. Na sua infância, um cão havia bebido água de um copo e isso tinha repugnado Anna O. No entanto, ela havia reprimido os sentimentos associados a esse episódio, daí advindo o recalcamento, que se traduziu mais tarde na hidrofobia.
    A histeria, segundo Freud, seria consequência do recalcamento de certos sentimentos associados a certos episódios, sobre os quais o consciente de cada um não tinha acesso.

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  24. Segundo Freud, o comportamento humano é controlado na sua maioria pelo inconsciente, sendo as neuroses uma prova da existência dos estados inconscientes. As histerias, para Freud, formam-se através de um processo de recalcamento de sensações e de sentimentos traumáticos, os quais são ignorados pelos doentes mas que ficam na sua mente (no inconsciente) onde vão influenciar todos os comportamentos no dia-a-dia.

    12ºA, nº18.

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  25. Freud deu prioridade à investigaçao da histeria, que mais tarde deu origem à Psicanálise. Segundo Freud, a histeria é a consequencia de um conflito inconsciente, uma ansiedade que não consegue emergir para o consciente por mecanismos repressivos da própria mente(designados por recalcamentos). Estes são criados graças ao Superego, mas contêm uma energia que, por necessitar de se expressar, acaba por colidir como um sintoma físico que mantém uma relação simbólica com o conflito.

    Para Freud as neuroses são uma das três manifestações do sub-consciente, e Anna O. sofria de vários tipos destas perturbações neuróticas, como a hidrofobia, proveniente de um episódio em que quando era mais pequena, viu um cao a beber agua de copo que se encontrava em cima de uma mesa de cabeceira. Este episódio marcou-a de tal forma que esta ficou a pensar que toda a agua estaria contaminada da mesma forma que água que se encontrava no copo. No entanot, este tipo de sentimentos não são reconhecidos pela pacinte, já que estão escondidos no seu inconsciente, devido aos mecanismos de recalcamento, anteriormente referidos.
    Este caso é um bom exemplo de que as histerias são um tipo de neurose originadas por desejos recalcados sob os quais o corpo não tem controlo, e por isso não são tratáveis através de medicação, mas sim de terapia.

    Sara Fernandes n.º 17 12.ºC

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  26. Freud, como fundador da psicanálise, afirmava que existia mais do que o consciente, que o nosso psiquismo também possui fantasias, sonhos, desejos que não são controlados pela razão, mas que têm um grande impacto na nossa vida. Ou seja, defendia a existência do inconsciente.
    Para provar a sua tese mostrou provas, como as diferentes manifestações do inconsciente. As quais podem ser, neuroses, actos falhados ou sonhos.
    No caso relatado no texto, o de Anna O. vimos que esta sofria de uma perturbação neurótica chamada hidrofobia, contudo não era a única. As neuroses são sintomas ou manifestações de algo que foi recalcado, impedido de aceder à consciência. O doente ignora aquilo que recalca, não conhece os desejos escondidos no seu inconsciente.
    São doenças psíquicas que se podem traduzir em histerias, ou seja, em perturbações físicas ou mentais.

    Andreia Silva 12º A

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  27. A histeria é uma psiconeurose cujos conflitos emocionais inconscientes surgem na forma de uma severa dissociação mental ou como sintomas físicos (conversão), independentemente de qualquer patologia orgânica ou estrutural conhecida, quando a ansiedade subjacente é convertida num sintoma físico. Freud começou a investigar os mecanismos psíquicos da histeria e afirmou em sua teoria que essa neurose era causada por lembranças reprimidas, de grande intensidade emocional.


    Ivo Farreca nº13, 12ºA

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    1. Fábio Santos nº11 12ºA5 de dezembro de 2012 às 14:19

      Segundo Freud, o comportamento humano é controlado maioritariamente pelo seu inconsciente, sendo as neuroses (como a hidrofobia de Ana O.) uma das provas da existência desses estados inconscientes.A histeria é causada por lembranças reprimidas, de grande intensidade emocional ou pelo inibição de determinados desejos (nomeadamente os sexuais).
      Estas formar-se-iam através de um processo de recalcamento de sensações e de sentimentos traumáticos, os quais seriam ignorados pelo doente (quando consciente) mas que iriam permanecer nas profundezas da sua mente (na zona inconsciente) onde iriam influenciar todos os seus comportamentos do quotidiano. A tomada de consciência da causa da perturbação é o 1º passo para a recuperação, já que tal permite uma racionalização da situação traumática e, consequentemente, uma redução na carga emocional a ela associada.

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  28. Mariana Tavares, nº19, 12ºA8 de dezembro de 2012 às 10:16

    Freud afirmava que existia mais para além do consciente - o inconsciente - e que este se manifestava através de neuroses, sonhos e actos falhados. Ana O. sofria de uma perturbação neurótica (hidrofobia). Esta perturbação é uma vertente de neuroses e um exemplo/prova de que a teses de Freud estava certa. As neuroses são manifestações de algo que foi recalcado. O doente ignora o que foi recalcado e não conhece os desejos escondidos do seu inconsciente. (desculpa mais uma vez professor)

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  29. A principal doença estudada por Freud foi a histeria dando assim origem à psicanálise.
    A histeria é causada por lembranças reprimidas,recalcamentos que tiveram grande impacto emocional na nossa pessoa intensidade e também pela inibição de determinados desejos(principalmente de cariz sexual).
    Como se pode verificar no caso de Ana O. devido a uma situação que tinha ocorrido no seu passado e que estava recalcada. Ana O. sofria de hidrofobia.

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