segunda-feira, 25 de abril de 2011

A ADOLESCÊNCIA

A adolescência é uma época da vida humana marcada por profundas transformações fisiológicas, psicológicas, pulsionais, afectivas, intelectuais e sociais vivenciadas num determinado contexto cultural.
Mais do que uma fase, a adolescência é um processo com características próprias, dinâmico, de passagem entre a infância e a idade adulta.

“Nós rejeitamos a ideia comum de que a adolescência é exclusivamente uma preparação para a vida adulta… os adolescentes são pessoas com qualidades e características específicas, que têm um papel interventivo e responsável a desempenhar, tarefas a realizar e capacidades a desenvolver, num momento particular da vida”.
Konopka, G., citada por Sprinthall e Collins, op. cit., p. 93

Conceito recente, suscita, na segunda metade do século XX, grande profusão de investigações em áreas diversificadas: Psicologia, Sociologia, História, Antropologia, Medicina...
O primeiro livro – Adolescence – dedicado ao estudo psicológico da adolescência foi escrito pelo americano Stanley Hall, em 1904. Segundo este autor, o adolescente opunha-‑se à criança pela intensa vida interior, pela reflexão sobre os sentimentos vivenciados. Era uma visão conflitual e que negligenciava os factores socioculturais, que vieram posteriormente a ser considerados como fundamentais. As características da adolescência eram, segundo o autor, predeterminadas biologicamente.

Uma das dificuldades do conceito de adolescência advém da delimitação etária deste período, pois existem diferenças entre os contextos culturais, géneros masculino/feminino, meios geográficos, condições socioeconómicas.
Além disso, no mesmo meio encontramos grandes variabilidades de indivíduo para indivíduo: há puberdades muito precoces, outras são muito tardias. Por outro lado, uma mesma pessoa tem diferentes ritmos de maturação. Há indivíduos com um pensamento operatório formal, mas sem características pubertárias; enquanto que poderemos encontrar transformações fisiológicas precoces em crianças emocional e intelectualmente pouco amadurecidas: “Cada um tem uma maneira própria de evoluir”, diz Maurice Debesse.

Se se pode afirmar que a adolescência começa com a puberdade, já não é tão fácil dizer quando termina. Dizer que a adolescência acaba quando se passa a “ser jovem adulto” é, na sociedade contemporânea ocidental, difícil de definir. Essa “definição” passa pelo entrecruzamento de factores biológicos, afectivos, socioculturais, geográficos.
Será importante relevar que a adolescência se define vulgarmente pela negativa: o adolescente já não é criança e ainda não é adulto.
A ambiguidade e as dificuldades na definição do conceito são agravadas pela existência de preconceitos, reflectidos nas frases feitas do senso comum e que são impeditivas da compreensão dos adolescentes. São comuns expressões do tipo: “idade do armário”, “idade da parvoíce”, “idade da caixa”, “a idade mais maravilhosa”, “estar na fase”. Simultaneamente, encontramos representações sociais que quase associam o jovem a vandalismo, marginalidade, delinquência, droga.
A puberdade muda o corpo, a mente e os afectos da criança. Os adolescentes entram numa nova fase existencial, banhados por novas pulsões, novas sensibilidades, novas capacidades cognitivas, novas dificuldades nos seus pontos de referência.
A adolescência é um espaço/tempo onde os jovens através de momentos de maturação diversificados fazem um trabalho de reintegração do seu passado e das suas ligações infantis, numa nova unidade. Esta reelaboração deverá dar capacidades para optar por valores, fazer a sua orientação sexual, escolher o caminho profissional, integrar-se socialmente. Este processo de crescimento faz-se também com retrocessos (às vezes dá vontade de voltar a ser criança), este crescer faz-se sozinho, com o melhor amigo, com e contra os pais, com os outros adolescentes e com os outros adultos.
Existem muitas adolescências, conforme cada infância, cada fase de maturação, cada família, cada época, cada cultura, cada classe social.

Adolescências

A ambivalência da adolescência relaciona-se com as transformações globais que ocorrem no indivíduo e que tornam este nível etário de difícil compreensão: pelos outros e pelos próprios. Coabitam, nesta fase, desejos ambivalentes de crescer e de regredir, de se sentir ainda criança e já adulto, de autonomia e de dependência, de ligação ao passado e de vontade de se projectar no futuro.
A sociedade de consumo em que vivemos faz da juventude um público-alvo de exploração: há cada vez mais produtos dirigidos ao adolescente. São cada vez mais significativas as camadas de jovens que detêm – directa ou indirectamente – poder de compra. Os jovens são, hoje, consumidores efectivos.
O actual período de escolaridade, na nossa sociedade, prolongou-se no tempo, o que torna o adolescente familiar e socialmente dependente; contudo, são-lhe exigidas, ao mesmo tempo, autonomia e responsabilidade. Esta situação reflecte-se em expressões que são contraditórias e paradoxais. O mesmo adulto pode dizer ao mesmo adolescente: já não és criança, tens idade para ser responsável; ainda não tens idade para saberes o que queres. E o adolescente reconhece e sente bem esta ambivalência. A fragilidade sentida pode estimular surtos regressivos, alienações, comportamentos associais, dificuldades várias. Para muitos autores, o mal-estar sentido pelos jovens, na sociedade actual, tem a ver com a indefinição do seu estatuto social.

No entanto, a adolescência não é obrigatoriamente uma fase perturbada, até porque grande parte dos problemas são ultrapassados na passagem para jovem adulto.
A adolescência não pode ser compreendida sem se ter em conta os aspectos psicológicos, físicos, cognitivos, socioculturais e económicos. A antropologia, a sociologia e a história mostram que o modo como se vive e manifesta a adolescência varia, sendo esta muito influenciada pelo meio sociocultural.
Muitas sociedades primitivas estruturam a passagem para o mundo adulto através de ritos iniciáticos que dão as regras e legitimam essa passagem. O texto que a seguir transcrevemos aborda esta questão.
“Na maior parte das sociedades primitivas existem cerimónias, estranhas aos olhos dos ocidentais, que introduzem os adolescentes na sociedade dos adultos. (...) Estes ritos podem ser de curta duração ou desenrolar-se durante vários anos; podem realizar-se por ocasião de uma cerimónia simples ou exigir manifestações importantes, que necessitem de construções especiais e de longos preparativos, podem ser celebrados durante uma festa alegre ou em cerimónias impressionantes que implicam provas perigosas, ridicularizações físicas e toda uma cirurgia ritual como a limagem dos dentes, as escarificações, a circuncisão, etc. (...).
A literatura etnológica revela a existência, em variadíssimas tribos, de rituais pubertários em que a ideia de renascimento, quer seja através da reprodução simbólica do nascimento ou de um psicodrama muito complicado, ocupa um lugar central (...). O acesso a uma vida nova no termo da iniciação é, muitas vezes, reforçado pela atribuição de um nome novo, diferente do da infância, ou pela reaprendizagem dos gestos outrora familiares (...).
A iniciação introduz o adolescente no domínio das regras sociais e culturais e assegura o reconhecimento por parte dos outros membros da sociedade.

CLAES, M., Os Problemas da Adolescência, Verbo, 1990, pp. 36-46

A adolescência começa com as transformações pubertárias e termina com a construção de uma autonomia e aquisição de identidade, capacidade de suportar tensões e contrariedades, de elaborar projectos de vida e de inserção social.
Ao terminar a adolescência, o jovem tem o sentimento de individualidade e compreende o seu papel activo na orientação da sua vida, tomando decisões e aceitando compromissos.
Ele cumpriu determinadas tarefas como afirmação da identidade pessoal, sexual e psicossocial, bem como a interiorização de normas sociais e a aquisição de uma autonomia. A aquisição legal de autonomia (maioridade) contribui para datar o fim desta etapa da vida.
Como diz Horrocks, citado por Claes (op. cit., pp. 48-49): “A adolescência termina quando o indivíduo atinge a maturidade social e emocional e adquire a experiência, a habilidade e a vontade requeridas para assumir, de maneira consistente, o papel de um adulto, que é definido pela cultura em que vive.”

Apesar de todos os problemas inerentes ao conceito de adolescência e das variações individuais, podemos dizer, de forma genérica, que esta etapa existencial, na nossa cultura actual, abrange um período entre os 12-13 anos e os 18 anos.

Adolescência e desenvolvimento

Aspectos fisiológicos

Numa fase de pré-puberdade, que dura mais ou menos dois anos, ocorrem mudanças corporais (caracteres sexuais secundários) que preparam as transformações fisiológicas da puberdade, isto é, a possibilidade de ejaculação e a menstruação.
Os órgãos sexuais entram em funcionamento e são estas modificações que vão marcar a sexualidade adolescente por uma genitalidade e possibilitam a capacidade da função reprodutora.
São muitas as transformações que ocorrem durante a puberdade. Nos rapazes aparecem pêlos nas pernas, no peito, nos braços, nas axilas e na região púbica. A voz muda e aparece a barba. O pénis cresce e a sua pele fica mais escura; os testículos aumentam.
Nas raparigas as ancas alargam e os seios aumentam; aparecem pêlos nas axilas e na zona púbica. Os órgãos genitais crescem e a sua pele escurece.
Nos rapazes e nas raparigas aumenta a transpiração e o odor corporal modifica-se. Aumenta a altura e o peso; o cabelo e a pele tornam-se mais gordurosos podendo aparecer temporariamente seborreia e acne.
Outras maturações físicas acontecem durante a adolescência, como a ossificação da mão que se completa, um aumento do tamanho do coração e dos pulmões.
Existe, entre as raparigas e os rapazes, cerca de um ano e meio de diferença na idade média de chegada à puberdade (12/13 anos e 13/15 anos). Esta diferença está relacionada com a estatura, que é, estatisticamente, mais elevada nos rapazes. Regra geral, só se cresce significativamente cerca de cinco anos após a puberdade. Assim, se o processo pubertário é mais precoce nas raparigas, elas deixam de crescer mais cedo.
As transformações que ocorrem na puberdade são da responsabilidade do sistema endócrino. São as hormonas segregadas pelas glândulas sexuais (estrogénios e progesterona nas mulheres e testosterona nos homens) que vão causar as transformações corporais que acabámos de descrever.

Aspectos afectivos
As transformações corporais levam o jovem a voltar-se para si próprio, procurando perceber o que se está a passar, para se entender mais profundamente enquanto pessoa.
Escrever um diário, isolar-se, ter devaneios, solilóquios, pintar ou tocar música correspondem a necessidades interiores e podem contribuir para melhor se conhecerem e desenvolverem emocionalmente. Alguns adolescentes fecham-se muito sobre si próprios, comunicando pouco com os adultos.
O melhor amigo, do mesmo sexo, tem, para muitos adolescentes, uma função muito importante, pois pode encontrar algumas respostas para várias inquietações: Serei normal?; Como vai ser o futuro?; Sou o único a sentir as coisas desta maneira?…
Os adolescentes vivem, em geral, com grande ansiedade as transformações do seu corpo. É muito comum não apreciarem, temporariamente, algumas das suas características físicas: o cabelo, o nariz, a pele, os pés, o peso, a altura… Estes sentimentos são tanto mais inesperados quanto as crianças se sentiam bem no seu corpo antes das transformações pubertárias. O adolescente tem de assumir uma imagem corporal sexualizada, o que nem sempre é fácil.
Haverá que distinguir as transformações fisiológicas com a sua aceitação psicológica. A forma como cada um se autopercepciona (o autoconceito) e o modo como gostamos de nós (a auto-estima) são muito influenciados pelo meio em que se vive, a maneira como se é representado e aceite pelos outros.
Na sociedade contemporânea a moda exerce, frequentemente, uma certa tirania sobre os jovens, padronizando estilos que não se coadunam a todos os corpos.
Alguns jovens sentem necessidade de se afirmarem como diferentes. Assim, a “crise de originalidade” que alguns atravessam tem expressão na forma de vestir, na linguagem, na actividade artística, nas atitudes e comportamentos.
Podemos dizer que muitos jovens são hipersensíveis, que existe uma fragilidade e agressividade que se manifestam em súbitas mudanças de humor. São, assim, frequentes as crises de choro, os estados de euforia, de melancolia. As grandes e globais transformações causam uma tensão que se traduz em impulsos não controlados.
A incompreensão de que muitas vezes se sentem vítimas é, frequentemente, uma projecção da sua própria dificuldade em se compreenderem intimamente.
Na adolescência, os modelos de identificação deixam de ser os pais para passarem a ser os jovens da mesma idade, o grupo de pares, num processo de autonomia, de individuação.
Muitas das duras críticas por vezes tecidas aos pais estão relacionadas com este percurso interno de individuação do adolescente, de que não têm consciência. Em certos casos, o adolescente pode sentir um vazio, sentir-se desprotegido, perturbado, sem compreender os seus afectos.

Aspectos intelectuais

A adolescência é uma fase em que se obtém uma maturidade intelectual. O pensamento formal vai abrir novas perspectivas; exercitá-lo é pôr-se questões, é problematizar jogando com as várias perspectivas dos assuntos, é aprender, é criticar, é interrogar o futuro e a sociedade1.

Dá-se um alargamento das perspectivas temporais. “Vai ser possível pensar o futuro e pensar no futuro”.
O raciocínio hipotético-dedutivo é, no desenvolvimento psicossocial, uma arma poderosa nas opções profissionais, nos caminhos que aspiram, na construção de projectos de futuro.
O exercício destas novas capacidades cognitivas de abstracção, de reflectir antes de agir, pode permitir uma distância relativamente aos conflitos emocionais.
O gosto pela fantasia e pela imaginação, pelo debate de valores, leva a uma melhor compreensão de si próprio e do mundo. Há uma exigência de coerência nas discussões intermináveis, no questionar dos problemas e nos argumentos expressos na defesa de uma filosofia de vida, que são importantes na formação de ideias próprias.
Esta mudança intelectual da adolescência vai, pois, permitir construir o “seu sistema pessoal”, como diz Piaget. Existe como que um reaparecimento do egocentrismo. Mas trata-se agora de um egocentrismo intelectual – sente-se o centro e as suas teorias sobre o mundo aparecem como as únicas correctas.
Como consequência do egocentrismo intelectual o adolescente pode sentir-se alvo dos olhares e atenções dos outros.

Aspectos sociomorais

Durante a adolescência, o jovem vai interessar-se por problemas éticos e ideológicos, debate-os, faz opções e constrói valores sociais próprios. A lealdade, a coerência, a justiça social, a liberdade, a autenticidade são alguns dos valores mais defendidos, o que, frequentemente, faz com grande radicalidade.
Os adolescentes revoltam-se, frequentemente, quando descobrem que a sociedade não se coaduna com as aspirações e valores que defendem. Eles desejam, quase sempre, uma perfeição moral e expressam um grande altruísmo.
As novas capacidades cognitivas de reflexão e abstracção e o poder de jogar mentalmente com várias hipóteses (raciocínio hipotético-dedutivo) permitem-lhes debater ideias, apreendendo a complexidade dos valores sociomorais, bem como construir uma teoria própria sobre a realidade social.
A adolescência está ligada a um novo estatuto e papel na comunidade, daí a sociedade exercer uma nova socialização com novas formas – consciente e inconscientemente exercidas –, como temos vindo a referir.
No entanto, se, no decorrer e no final da adolescência, se obtém uma maturação fisiológica, afectiva e intelectual, em contrapartida não se obtém, regra geral, uma maturação social. São hoje muito referenciados os problemas sobre a aquisição de estatuto de “jovem adulto” e a sua relação com o prolongamento do tempo de escolaridade e a crise de desemprego.
A forma como se vive a adolescência não só está relacionada com a infância como com o meio comunitário envolvente nas suas dimensões geográficas, económicas e socioculturais. A adolescência está também relacionada com a forma como se fez a aprendizagem da vida social e como se participou na vida cívica.
Este facto faz-nos levantar questões sobre o papel jogado pela sociedade actual no processo de adolescência. Uma sociedade concorrencial, violenta, consumista, dificilmente se oferece como meio de vida estruturante, que se abra sobre agradáveis horizontes, facilitando a construção de projectos de futuro.
Concluímos com um texto a que poderíamos atribuir o título: Adolescência tempestuosa: mito ou realidade?
“Precede a puberdade invariavelmente uma adolescência tempestuosa e rebelde? Em determinada altura, considerava-se que muitas crianças, ao entrarem na adolescência, iniciavam um período de grande tensão e infelicidade, mas os psicólogos constatam agora que essa caracterização era, em grande medida, um mito. Muitos jovens, segundo parece, passam pela adolescência sem perturbações apreciáveis nas suas vidas
(Peterson, 1988; Steinberg, 1993).
O que não quer dizer que a adolescência seja completamente tranquila (Eccles et al., 1993; Laursen & Collins, 1994). Existe claramente um aumento de discussões e tensões em muitas famílias. Os adolescentes, como parte da sua busca de identidade, tendem a experimentar uma certa tensão entre as suas tentativas de se tornarem independentes dos seus pais e a sua dependência efectiva deles. Poderão adoptar um conjunto de comportamentos que os seus pais, e mesmo a sociedade como um todo, poderão considerar impróprio. Felizmente, contudo, para a maioria das famílias, essas tensões tendem a estabilizar durante a adolescência média – cerca dos 15, 16 anos – e diminuem eventualmente cerca dos 18 anos (Montemayor, 1983; Galambos, 1992).”

Feldman, R., Understanding Psychology, McGraw-Hill, 1996, p. 440

Construção da identidade

A adolescência é uma fase importante no processo de consolidação da identidade pessoal, da identidade psicossocial e da identidade sexual.
Erik Erikson diz-nos que o sentimento de identidade é o sentimento intrínseco de ser o mesmo1 ao longo da vida, atravessando mudanças pessoais e ocorrências diversas.
Os adolescentes vão, através de uma crise potenciadora de energias, confrontar-se com esta problemática identitária (5.a idade – Identidade vs Difusão/Confusão). É também com uma certa desorientação entre avanços, hesitações e recuos que se fazem importantes experimentações de afirmação do ego, na construção de identidade.
Para além de uma certa confusão pela qual quase todos passam, existem por vezes situações (que também podem ser temporárias), como difusões/confusões agudas de identidade, adolescências retardadas e prolongadas, inibições, perturbação de valores, assim como podem ocorrer crises neuróticas e psicóticas caracterizadas por um isolamento psicossocial profundo e mecanismos defensivos.
Cada um de nós constrói o seu eu através de “outros significativos”, das interacções relacionais, reais e fantasiadas. A identidade constrói-se nas experiências vividas através de um subtil jogo de identificações.
Se na infância os nossos modelos identificatórios são os pais, na adolescência vão ser os jovens da mesma idade. As relações com os pais têm que mudar para que os adolescentes possam ascender a ideias e afectos próprios.
A amizade é muito investida ao nível dos afectos. O melhor amigo do mesmo sexo é normalmente alguém com quem se partilham grandes inquietações.
É como um espelho estruturante onde o adolescente se reconhece reflectido, onde se vê crescer.
O grupo de pares pode ter como função apresentar modelos de identificação positiva para o adolescente. Erikson refere a certeza que o grupo pode trazer às incertezas do adolescente. No entanto, pode apresentar alguns riscos negativos, sobretudo quando a relação com o grupo é de grande dependência.
Numa época da vida em que se buscam outros universos para além dos familiares e em que as figuras parentais são tanto mais importantes quanto têm que ser reelaboradas as relações pais-filhos e com as quais há muitas vezes conflitos, existe a necessidade de outros adultos significativos. A escola, para além de um mundo de jovens, é também um mundo de adultos: os professores, os empregados, as personagens dos livros, os outros pais (de quem os colegas falam…).
Nós olhamo-nos com os olhares que nos olham, com os olhares que trocamos. A construção da identidade passa por um processo de identificação e por um processo de diferenciação.
Neste universo interactivo, numa cultura jovem, constroem-se certos estereótipos grupais e sociais. Os heróis têm, no processo de identificação de alguns adolescentes, um papel relevante, oferecendo imagens poderosas, cultivadas colectivamente.
No final da adolescência o jovem obtém uma “identidade realizada”, ele será capaz, como diz Erikson, de sentir uma “continuidade interna” e “uma continuidade do que ele significa para as outras pessoas”. Ele entende-se no seu percurso de vida.

Moratória psicossocial

Outro dos conceitos eriksonianos importantes é o de moratória psicossocial. Esta moratória é “um compasso de espera nos compromissos adultos”. É um período de pausa necessária a muitos jovens, de procura de alternativas e de experimentação dos papéis, que vai permitir um trabalho de elaboração interna. Antecipa-se o futuro, exploram-se alternativas, experimenta-se, dá-se tempo…
As moratórias são caracterizadas pelas necessidades pessoais, mas também por exigências socioculturais e institucionais. “Cada sociedade e cada cultura institucionalizam uma certa moratória para a maioria dos seus jovens.”
“As instituições sociais amparam o vigor e a distinção da identidade funcional nascente, oferecendo aos que ainda estão aprendendo e experimentando um certo status da aprendizagem uma moratória caracterizada por obrigações definitivas e competições sancionadas, assim como por uma tolerância especial.”
ERIKSON, E. H., op. cit., 1976 (b), p. 157

Também se pode considerar como moratória sexual-afectiva o tempo de namoro, dos flirts, dos pequenos e grandes investimentos amorosos, que permitem vivências e experiências antes de se definirem orientações sexuais e de se poderem fazer escolhas amorosas para uma ligação perspectivada com certa estabilidade e durabilidade.
Muitos adolescentes têm uma evolução “truncada” por terem entrado de forma demasiado rápida na vida adulta, sem se terem permitido um amadurecimento interior.
Erikson, preocupado com as interacções com o meio envolvente, falou na importância de o jovem ser “reconhecido socialmente” no sentido do seu estatuto. Refere ainda muitos comportamentos marginais como tentativas de encontrar uma moratória.
Apresentamos-te um texto que te ajudará a compreender melhor o conceito de moratória psicossocial.
“A moratória é, frequentemente, o resultado de uma decisão difícil e deliberada de dar uma trégua às preocupações habituais, tais como as da escola, da universidade ou do primeiro emprego. O objectivo consiste em fazer uma pausa, no sentido de o indivíduo poder explorar, de um modo mais completo, quer o próprio eu psicológico, quer a realidade objectiva. A diferença aparente entre a moratória e a difusão pode parecer muito subtil; todavia, vistas bem as coisas, essa diferença é bastante grande. Na moratória existe uma verdadeira procura de alternativas, e não apenas uma espera prolongada, até que surja a oportunidade certa. O indivíduo sente uma grande necessidade de se testar a si próprio, numa variedade de experiências, no sentido de obter um conhecimento cada vez mais pormenorizado do seu eu. Os compromissos são, temporariamente, evitados, com base em razões legítimas: ‘Preciso de mais tempo e experiência, antes de me dedicar inteiramente a uma carreira, como, por exemplo, a medicina.’ Ou, “ainda não estou preparado para iniciar o doutoramento em História. Existem bastantes coisas desconhecidas que preciso de explorar primeiro.” Desta forma, a moratória não é simplesmente uma fuga às responsabilidades, que possibilita ao indivíduo andar sem destino. Em vez disso, esta fase constitui um processo de procura activa, que tem como objectivo principal prepará-lo para estabelecer compromissos. A própria vida de Erikson, como documenta a sua biografia, contém uma moratória muito significativa, assim como dedicação ainda maior a uma causa. Erikson talvez afirmasse que uma derivou da outra.”
SPRINTHALL, N. e COLLINS, A., Psicologia do Adolescente, F. C. Gulbenkian, 1994, pp. 213-214
                     
Concluímos o tema da adolescência com o extracto de um livro de Françoise Dolto e a sua filha Catherine, Palavras para Adolescentes ou o Complexo da Lagosta, onde a adolescência é encarada como um segundo nascimento.
Aconselhamos-te a ler o livro mas para já deixamos-te este extracto para analisares.

“A adolescência é o período de transição que separa a infância da idade adulta, tendo por centro a puberdade. Em boa verdade, os seus limites são fluidos.
Aquilo a que mais se assemelha é, sem dúvida, o nascimento. No nascimento, separam-‑nos da nossa mãe cortando-nos o cordão umbilical, mas esquecemo-nos frequentemente de que entre a mãe e o filho havia um órgão de ligação extraordinário: a placenta. A placenta dava-nos tudo aquilo que era necessário à nossa sobrevivência e filtrava muitas substâncias perigosas que circulam no sangue materno. Sem ela, não era possível a vida antes do nascimento, mas à nascença  há, em absoluto, que a abandonar para viver.
A adolescência é como um segundo nascimento que se cumprirá progressivamente. Há que abandonar pouco a pouco a protecção familiar como um dia se abandonou a placenta protectora. Abandonar a infância, fazer desaparecer em nós a criança, é uma mutação. Dá por momentos a sensação de se morrer. Tudo é rápido, por vezes, demasiado rápido. A natureza trabalha no seu ritmo próprio. Há que prosseguir e nem sempre se está pronto. Conhece-se aquilo que morre, mas ainda se não vê para onde nos dirigimos. Já nada “encaixa” mas não se sabe bem porquê nem como foi. Nada mais é como antes, mas é indefinível.”
Dolto, F. e Totlich, C., Palavras para Adolescentes ou o Complexo da Lagosta, Bertrand, 1991, p. 15

PROPOSTA
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35 comentários:

  1. Adolescência é a fase do desenvolvimento humano que marca a transição entre a infância e a idade adulta. Com isso essa fase caracteriza-se por alterações em diversos níveis - físico, mental e social - e representa para o indivíduo um processo de distanciamento de formas de comportamento e privilégios típicos da infância e de aquisição de características e competências que o capacitem a assumir os deveres e papéis sociais do adulto.
    O adolescente é o individuo que atravessa a fase da adolescência, é o individuo que está numa fase de transição entre a infância e a fase adulta.
    Ser adolescente significa ser extravagante, espontâneo, explosivo...
    É querer resolver os problemas do mundo, ser revolucionário, mostrar sua força e criatividade de modo incansável, viver a vida ao máximo e mostrar ao mundo porque que veio.

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  2. Adolescência é a fase do desenvolvimento humano que marca a transição entre a infância e a idade adulta. Com isso essa fase caracteriza-se por alterações em diversos níveis - físico, mental e social - e representa para o indivíduo um processo de distanciamento de formas de comportamento e privilégios típicos da infância e de aquisição de características e competências que o capacitem a assumir os deveres e papéis sociais do adulto.
    Adolescencia é o que nós quisermos, nao há um tipo de adolescencia, todos passamos por uma adolescencia diferente, por isso é que nao ha ninguem igual.É na adolescencia que nós tentamos de todas as maneiras possiveis, encontrar uma identidade, uma identidade que nós consigamos encaixar nela, se nao encontramos, bem boa sorte. Nesta fase enfrentamos muitas coisas e todas ao mesmo tempo, parece que nao aguantamos a pressao, no entanto é a fase mais fixe que nos temos e vamos sentir falta dela para sempre.

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  3. Ser adolescente é vivenciar novas experiências numa fase de mudanças é um período díficil de transição que passa pelo corpo e pelo coração.
    Ser adolescente é viver num mundo de sonhos e medos, de incertezas e de esperanças.
    Ser adolescente é enfrentar um período cheio de conflitos, é uma mistura de emoções, de receios e ao mesmo tempo um turbilhão de expectativas.
    Ser adolescente é a necessidade de se sentir protegido, é receber da família afecto, orientação.
    Ser adolescente é ser irreverente, é viver a vida com intensidade, mas é também ter responsabilidade, saber exactamente o que se quer, saber dizer "não" quando nos apontam um caminho que não é o mais correcto.
    Ser adolescente é ser extravagante, espontâneo, explosivo, é querer resolver os problemas do mundo, é mostrar força e criatividade.
    Ser adolescente é criar uma identidade própria e uma preparação para a vida adulta.

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  4. A adolescência é uma extraordinária etapa na vida de todas as pessoas. É nela que a pessoa descobre a sua identidade e define a sua personalidade. Nesse processo, manifesta-se uma crise, na qual se reformulam os valores adquiridos na infância e se assimilam numa nova estrutura mais madura.

    A adolescência é uma época de imaturidade em busca de maturidade. Mas... como é difícil para os pais este novo período na educação dos filhos! No adolescente, nada é estável nem definitivo, porque se encontra numa época de transição.

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  5. Adolescência é uma das etapas do desenvolvimento humano caracterizada por alterações físicas, psíquicas e sociais, sendo que estas duas últimas recebem interpretações e significados diferentes dependendo da época e da cultura na qual está inserida.

    De acordo com a OMS, adolescente é o indivíduo que se encontra entre os dez e vinte anos de idade.

    Muitas culturas reconhecem pessoas como “tornando-se adultas” em variadas idades. Por exemplo, a tradição judaica considera como adultos (membros da sociedade) os homens aos 13 e as mulheres aos 12 anos de idade.
    Os aspectos físicos da adolescência(crescimento, maturação sexual) são os componentes da puberdade, vivenciados de forma semelhante por todos os indivíduos. Quanto às dimensões psicológica e social, estas são vivenciadas de maneira diferente em cada sociedade, em cada geração e em cada família, sendo singulares até mesmo para cada indivíduo. É neste contexto de alteração do próprio corpo e também de uma maturação ao nível do intelectual (operações formais e abstractas), que o adolescente procura entender quem é e qual o seu papel na sociedade em que vive: interessa-se por problemas de ordem moral e ética e, por vezes, adopta ideologias.

    Marta Valente 12ºC

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  6. A adolescência é um período que pode ir desde os 10 anos até aos 2o, mais ou menos.
    A adolescência é talvez a fase mais importante para o vincar das características do indíviduo. Algumas vão-se manifestando logo desde a infância, no entanto é nesta fase de adolescência que o jovem constrói a sua identidade e afirma a sua personalidade.
    A adolescência é marcada por certas atitudes, como por exemplo um pouco de irresponsabilidade, a sua vontade de independência, é nesta fase também que o adolescente dá mais valor aos grupos de pares do que propriamente à família, neste período todos os sonhos são possíveis, pois no ver dos adolescentes há "todo o tempo do mundo". A adolescência é uma fase de grandes aprendizagens, e de grandes "quedas".

    Jéssica Palma
    12ºA
    nº13

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  7. A adolescência é uma fase da vida do ser humano em que já não se é criança mas também ainda não se é adulto. É marcada pelo período de transição entre a infância e a idade adulta, aproximadamente, entre os doze e os vinte anos.
    Caracteriza-se por uma das etapas mais significativas no que toca a transformações no processo de desenvolvimento do ser humano. Sendo embora, muitas vezes, confusa e cheia de tensões, pressões necessitando, por isso, de muita compreensão. Ou seja é uma fase de entusiasmo, fantasias e insegurança, de explosão, de crescimento e sensações que nunca mais acabam. Efectivamente, onde predomina mudanças de humor, a alternância de estados psicológicos em que domina a alegria para logo a seguir a tristeza.
    Na adolescência as mudanças verificam-se no corpo (nível físico); no relacionamento com a família e com os colegas (nível psicológico); nas emoções; nas atitudes; no campo intelectual e na liberdade e responsabilidade. Onde se verifica o distanciamento dos pais, até então modelos privilegiados de identificação. Passando o grupo de pares a ser a referência privilegiada no processo de progressiva autonomia face aos pais.
    Salientado, que a adolescência é uma fase importante no processo de consolidação da identidade pessoal, da identidade psicossocial e da identidade sexual.
    Concluindo que essas mudanças, esta passagem de criança para adulto, são marcadas em diversas sociedades por rituais de passagem que são meios facilitadores deste processo de adaptação.


    Ana Rocha
    Nº1/12ºC

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  8. A adolescência caracteriza-se por uma fase de independência- o adolescente já está fisicamente crescido, e por sentir-se psicologicamente mais preparado para a vida, quer sempre provar que já cresceu, ou seja, que tem a sua própria opinião.
    A tudo isto, alia-se a curiosidade, palavra significativa nesta fase tão difícil que é a adolescência. O jovem quer saber tudo, quer ter uma opinião sua, contudo, quando a encontra, sente que só ele tem razão e os outros a que estão errados, os outros a que têm de mudar, os outros a que estão retrógados etc...
    Mudança é outra palavra caracterizadora da adolescência: o corpo é o lugar de muitas das mudanças: vai progressivamente adquirindo características de adulto e perdendo os caracteres de criança. Adquire-se uma sensação de estar num corpo estranho, como se um dia o adolescente tivesse acordado e tivesse encarnado num invólucro desconhecido.
    É assim natural, que o adolescente se sinta invadido por dúvidas. Elas estão relacionadas com aquilo que se passa no seu corpo nesta fase.
    Em suma, não é fácil ser-se adolescente. É um ciclo de imensas transformações a vários níveis: pessoais, familiares, emocionais e mesmo sociais. É neste período que, de certa forma, o adolescente procura ganhar autonomia e tenta perceber a todo o custo qual a sua posição no mundo, sendo necessário, muitas vezes, dar algum significado à sua própria existência.
    A adolescência é uma época de grandes ideais em que o adolescente é capaz de se empenhar em causas de uma forma que dificilmente fará noutra altura da sua vida. Geralmente, o lema adolescente é "aproveitar a vida ao máximo" e " a minha opinião a que é a correcta e é a que deve ser respeitada "!

    Patrícia Lino 12º. C

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  9. A adolescência corresponde a um período dinâmico, de transição da infância para a vida adulta. É durante esta etapa que ocorre uma gama de transformações fisiológicas, corporais, emocionais, intelectuais, ainda que se manifestem em graus diferentes, variando consoante a individualidade de cada um, daí verificarem-se múltiplos ritmos de maturação, desenvolvimento. Obviamente que toda esta etapa da adolescência é também indissociável do meio sociocultural onde o sujeito encontra-se inserido. As modificações decorridas ao nível do corpo e da mente do adolescente são por vezes uma fonte de perturbação, ansiedade e insegurança.
    Com efeito, o adolescente vivencia um universo fantástico, mergulhando num mundo totalmente desconhecido, no mundo da descoberta. Experiencia um borbulhar, um vulcão frenético de emoções, de sentimentos, sensações, sensibilidades. Somos banhados por um mar de novas pulsões, novas capacidades cognitivas, novos pontos de vista, de profundas reflexões, meditações sobre o nosso mundo interior. As transformações corporais, são geradores de sentimentos de incerteza e insatisfação temporária, direccionando o indivíduo para a preocupação da sua imagem, ou seja, o modo como se autopercepciona, e o modo como se avalia, como gosta de si mesmo, o que interfere com a sua auto-estima. Simultaneamente o jovem adolescente preocupa-se obsessivamente sobre como projecta a sua imagem para o exterior, que impacto terá a sua aparência e condutas nas outras pessoas que o rodeiam. Portanto, aliada a esta concepção da imagem, predomina maioritariamente uma tendência para a perfeição, para o extremo, ocorrendo sentimentos de verdadeira obsessão e de ser o centro alvo de atenções. O adolescente pensa que a sua vida, tudo aquilo que ele realiza, veste, diz, é como se fosse um desfilar num palco imaginário, como se todas as atenções estivessem orientadas exclusivamente para o seu ideal, para a sua individualidade. *
    * Continuação na caixa seguinte..

    Viktoriya

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  10. * É também nesta sequência que os modelos primordiais de referência que dominam esta fase turbulenta de modificações e de formação da unicidade/individualidade são representados pelo grupo de pares, verificando-se um progressivo distanciamento dos pais, outrora modelos fulcrais de educação e de normas. Ocorre um gradual processo de autonomização.
    O jovem afunda-se num oscilar instável de sentimentos, que variam desde uma euforia irreprimível, até estados de profunda tristeza, melancolia, solidão, vazio, tristeza, ou até violência, raiva, ciúme… Por outro lado, o jovem também vivencia uma interiorização de sentimentos que abarca também as esferas filosóficas, estéticas, intelectuais, cognitivas. Denomina-se esta fase por egocentrismo intelectual. Ocorre um alargamento de perspectivas, de pensamentos para o futuro, um espírito irrequieto, revolucionário, marcado pelo raciocínio hipotético-dedutivo, por um pensamento abstracto. Estas novas capacidades cognitivas de abstracção permitem ao adolescente uma maior ponderação sobre os seus actos, pelo que se afigura uma preciosidade no desenvolvimento psicossocial, e um instrumento fundamental para as opções profissionais e perspectivação mais coerente sobre o futuro. Aliado à esta concepção está o gosto pela imaginação, pela criatividade, pela fantasia, o debate de valores, reflexão sobre variadas temáticas e pontos de vista diferenciados. Mediante o pensamento do jovem, na sua óptica, é sempre ele que tem razão, são os seus argumentos mais coerentes e perfeitos, daí a concepção de as ideias do jovem serem um modelo, um ponto de referência. Portanto, parece que o jovem é incapaz de se posicionar no lugar de outras pessoas, de ver o seu ponto de vista, pois está obcecado com a sua forma pessoal de ver e sentir.
    No fundo, a adolescência com todas as suas modificações, extravagâncias, fantasias, amores, sensações, descobertas, conhecimentos, experiências positivas, ou negativas, reflexões, é um caminho transitório para a vida adulta, para o assumir da responsabilidade, para uma posição crítica no mundo, é o caminho de construção do seu próprio mundo, é o desenhar da sua peculiaridade e a procura da identidade.


    Viktoriya Lizantes 12ºC/Nº21

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  11. A adolescência é uma fase da vida do ser humano em que já não se é criança mas também ainda não se é adulto. É marcada pelo período de transição entre a infância e a idade adulta, aproximadamente, entre os doze e os vinte anos. Adolescência é a fase do desenvolvimento humano que marca a transição entre a infância e a idade adulta.. Adolescência é uma das etapas do desenvolvimento humano caracterizada por alterações físicas, psíquicas e sociais, sendo que estas duas últimas recebem interpretações e significados diferentes dependendo da época e da cultura na qual está inserida.

    André 12c

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  12. A primeira idéia que nos surge quando pensamos em adolescência é “transformação”. Alguns autores sublinham as transformações corporais, a
    chamada puberdade, marcada pelo (crescimento rápido), surgimento de
    pêlos púbicos, mudança da voz dos rapazes, aumento dos seios nas meninas,
    ebulições hormonais levando à explosão da sexualidade, etc. Outros autores
    frisam as transformações comportamentais, tais como uma suposta rebeldia, um
    certo isolamento, um apego exagerado ao grupo, adopção de novas formas de se vestir, falar e se relacionar, além de episódios de depressão,tristeza ou euforia.
    Tal metamorfose inclui idéias megalomaníacas:crença de que pode mudar o
    mundo e perda de algumas referências, como a do seu lugar no mundo.
    Acredita-se que as mudanças corporais, ao nível físico, são relativamente universais, com algumas variações. Um exemplo disso é a menstruação nas raparigas, não se conhecem culturas em que esse facto não ocorra; podem-se variar as datas mas nunca deixar de acontecer.
    Já no nível psicológico (principalmente comportamental), há uma vasta diferença
    de características no que tange às mudanças. Acredita-se que não há nada de universal nas transformações psicológicas que variam de cultura para cultura.
    Ser adolescente é uma fase embaraçosa e divertida ao mesmo tempo, onde se deixa de ser crianças para se transformar em adultos literalmente, pois alguns adolescentes têm mentalidades incrivelmente infantis. Também é uma fase onde pais pedem por mais atitudes responsáveis e que estudem para um futuro melhor. Agora também podemos escolher novos horizontes, estilos (música e roupas) e religiões. Já somos grandinhos para nos defender sozinhos sem qualquer interferência dos pais (claro que não são todos). Onde o nosso corpo muda as nossas atitudes e pensamentos. Já não queremos aqueles amigos que tínhamos antes, queremos amigos que sejam de acordo com a nossa idade. Deixamos de brincar com bonecos, carrinhos e entre outras brincadeiras. Também já é nessa idade que as raparigas se atraem pelo sexo oposto. Claro, que na adolescência ocorrem alguns perigos como, por exemplo, a gravidez na adolescência, as doenças sexualmente transmissíveis, drogas, violência sexual e etc.

    Guilherme 12ºC

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  13. A adolescência é uma fase evolutiva na vida do ser humano onde se procura uma nova forma de visão de si e do mundo; um desenvolvimento infantil que visa definir o caráter social, sexual, ideológico e vocacional.
    Esse processo evolutivo ocorre dentro de um tempo individual e de forma pessoal em que o adolescente se vê envolvido com as manifestações de seus impulsos intuitivos exteriorizados através de suas condutas nem sempre aceites como normais pela sociedade.
    Podemos dizer que adolescência é sinónimo de crise, pois o adolescente, em busca de identidade adulta, passa para o período “turbulento” (variável segundo o seu ecossistema (sócio-familiar).
    A esta crise, provocada pela ampla e profunda desestruturação em todos os níveis da personalidade, segue-se um processo de reestruturação, passando por ocasiões nas formas de exprimir-se ao longo dos anos.
    Diana Tavares 12º C

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  14. A adolescencia é o periodo da vida que se suegue à infancia e que decorrer desde que surgem os primeiros indicios da puberdade ate à idade adulta.
    A adolescencia apresenta-se como época de autoconsciencia e de instrospecção. è descrita como um periodo de inconsciencia.
    A adolescência é uma fase de grandes aprendizagens, e de grandes "quedas".

    Ana Silva
    Nº1/12ºA

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  15. Adolescência é a fase do desenvolvimento humano que marca a transição entre a infância e a idade adulta. Com isso, essa fase caracteriza-se por alterações em diversos níveis - físico, mental e social - e representa para o indivíduo um processo de distanciamento de formas de comportamento e privilégios típicos da infância e de aquisição de características e competências que o capacitem a assumir os deveres e papéis sociais do adulto.

    Rui Vilafanha 12ºC

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  16. Ser adolescente é viver numa constante mudança no quotidiano. Cada dia é constituído por uma nova aventura e desventura que constrói toda uma personalidade que nos acompanhará para a vida. Ser adolescente é viver na mudança, ansiar a mudança. A mudança faz parte da vida de um adolescente: o corpo sofre transformações que nos transformam em adultos. À medida que o corpo se altera pensamos estar tão adultos como o corpo; dizemos ser adultos, comportando-nos como crianças.
    Ser adolescente é viver com adrenalina cada dia. Crescer rápido, mudar o estilo, mudar as atitudes, fazer questões às quais quando se obtém respostas acreditamos que temos razão.
    Ser adolescente é não ser criança nem adulto, é pensar que se é adulto, através das mudanças corporais, por exemplo, e ter comportamentos de criança.
    Poderia enumerar variadíssimas coisas sobre o ser adolescente, mas ser adolescente é… ser adolescente!

    Dina Teresa 12ºB

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  17. Ser adolescente não um papel social como ser aluno ou filho, é uma verdadeira montanha russa em que cada dia se aprende algo. É o pensar que se sabe tudo e logo a seguir aprender algo, é o olhar para trás e perceber que agora percebo mais que antes, é olhar para trás e perceber que nunca vamos perceber tudo. A nossa personalidade por isso transforma-se a um ritmo alucinante, sendo esta personalidade que formamos que nos acompanhara para o resto da vida. Todas as alterações físicas, as responsabilidades, as novas situações sociais a que somos obrigados a respeitar e todo aquilo que em parte não compreendemos. No entanto, caminhamos sem dúvida para o que é ser adulto. Ser adulto coisa que nem todos queremos ser adultos, dadas as responsabilidades e o novo leque de comportamentos e atitudes que temos de possuir para conseguir sobreviver naquilo que o ser humano denomina Sociedade. Mas também é o querer ser criança, querer brincar, não fazer nada e ser pouco responsável. Ser adolescente como disse a minha colega Dina é ser Adolescente. Não dá para descrever por palavras aquilo que se sente todos os dias de uma maneira única e diferente.

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  18. Adolescência é a fase do desenvolvimento humano que marca a transição entre a infância e a idade adulta. Com isso essa fase caracteriza-se por alterações em diversos níveis - físico, mental e social - e representa para o indivíduo um processo de distanciamento de formas de comportamento e privilégios típicos da infância e de aquisição de características e competências que o capacitem a assumir os deveres e papéis sociais do adulto.

    Márcia Cerveira Nº14 12ºC

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  19. A adolescência faz parte , da vida de todos nós , mas cada um tem uma forma diferente de viver a adolescência. É nela que a pessoa descobre a sua identidade e define a sua personalidade. Nesse processo, manifesta-se uma crise, na qual se reformulam os valores adquiridos na infância e se assimilam numa nova estrutura mais madura.
    A adolescência ,não é só confusa para quem a vive ,mas para quem nos rodeia , como o caso dos nossos pais , pois estamos num período da vida em que andamos em busca da maturidade , o que por vezes não é fácil , para alguns a encontrarem tão facilmente , pois nada é definitivo e encontram-se confusos constantemente.

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  20. A adolescência é uma etapa relevante na vida do Homem, que se inicia por volta dos 10 anos de idade e termina por volta dos 19 anos, período durante o qual ocorrem diversas mudanças físicas, psicológicas e comportamentais. É uma etapa que o jovem, depois de desenvolver a sua função reprodutiva e de se determinar como um indivíduo único, vai definindo a sua personalidade, identidade sexual e os papéis que desempenhará na sociedade. É, portanto, uma das fases mais importantes da vida.
    Apesar do aspecto biológico deste fenómeno, as transformações psíquicas são profundamente influenciadas pelo ambiente social e cultural. É um período que começa com a aquisição da maturidade fisiológica e termina com a aquisição da maturidade social, quando se assumem os direitos e deveres sexuais, económicos, legais e sociais de adulto.
    Segundo Erik Erikson o desenvolvimento humano divide-se em idades, oito idades por ciclo de vida. Ele considera que a identidade é um processo activo que se desenrola no decurso da vida e em que intervêm factores sociais e psicológicos. Os diferentes estádios ou idades estão marcados por crises e por ajustamentos. A crise da adolescência teria uma importância particular, constituindo um período charneira no processo de construção de identidade. É neste período que se constrói uma forma própria e pessoal de estar no mundo, sendo diferentes as formas de procura de identidade – a busca de papel sexual, da profissão, de realizações pessoais.
    A posição dos adolescentes face aos pais exprime uma diferenciação relativamente à sua identidade anterior. Este processo de automização passa pela substituição dos modelos parentais por grupos de pares e por outros adultos significativos. O grupo de pares passa a ser central nas relações sociais, procurando aí respostas às suas dúvidas e incertezas. Criam novas referências identitárias ligadas a grupos específicos e uma cultura juvenil.


    Rúben Silva 12ºB Nº25

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  21. Segundo o dicionário adolescente caracteriza-se por uma pessoa que esta na adolescência. A Adolescência é a fase do desenvolvimento humano que marca a transição entre a infância e a idade adulta. Com isso essa fase caracteriza-se por alterações em diversos níveis - físico, mental e social - e representa para o indivíduo um processo de distanciamento de formas de comportamento e privilégios típicos da infância e de aquisição de características e competências que o capacitem a assumir os deveres e papéis sociais do adulto. Os termos "adolescência" e "juventude" são por vezes usados como sinónimos

    Daniel Almeida 12ºB nº11

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  22. Márcia Laranjeira 12ºc7 de maio de 2011 às 13:08

    A adolescência é uma extraordinária etapa na vida de todas as pessoas. É nela que a pessoa descobre a sua identidade e define a sua personalidade. Nesse processo, manifesta-se uma crise, na qual se reformulam os valores adquiridos na infância e se assimilam numa nova estrutura mais madura.
    A adolescência é uma época de imaturidade em busca de maturidade. Mas é difícil para os pais este novo período na educação dos filhos. No adolescente, nada é estável nem definitivo, porque se encontra numa época de transição.

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  23. A adolescência caracteriza-se por uma fase de independência- o adolescente já está fisicamente crescido, e por sentir-se psicologicamente mais preparado para a vida, quer sempre provar que já cresceu, ou seja, que tem a sua própria opinião.
    A adolescência é uma fase da vida do ser humano em que já não se é criança mas também ainda não se é adulto. É marcada pelo período de transição entre a infância e a idade adulta, aproximadamente, entre os doze e os vinte anos.
    Caracteriza-se por uma das etapas mais significativas no que toca a transformações no processo de desenvolvimento do ser humano. É uma fase de entusiasmo, de crescimento e sensações que nunca mais acabam. Efectivamente, onde predomina mudanças de humor, a alternância de estados psicológicos em que domina a alegria para logo a seguir a tristeza.
    Na adolescência as mudanças verificam-se no corpo (nível físico); no relacionamento com a família e com os colegas (nível psicológico); nas emoções; nas atitudes; no campo intelectual e na liberdade e responsabilidade. Onde se verifica o distanciamento dos pais, até então modelos privilegiados de identificação. Passando o grupo de pares a ser a referência privilegiada no processo de progressiva autonomia face aos pais.
    A adolescência é uma fase importante no processo de consolidação da identidade pessoal, da identidade psicossocial e da identidade sexual.
    Concluindo que essas mudanças, esta passagem de criança para adulto, são marcadas em diversas sociedades por rituais de passagem que são meios facilitadores deste processo de adaptação.

    Márcia Pereira n.º13 12.ºC

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  24. Dentro do processo de desenvolvimento do ser humano, a adolescência é uma das etapas mais significativas em termos de transformações. É durante este período que o indivíduo evolui do seu estágio infantil e dependente para o de adulto e independente. Neste processo, os aspectos biológicos, psicológicos, culturais e sociais, assumem especial relevância.

    É neste processo complexo, que o indivíduo vê o corpo transformar-se, enfrenta angústias inerentes à estruturação da sua personalidade, redefine valores e conceitos, busca novos relacionamentos e autonomia.

    Nesta etapa, os adolescentes apresentam em regra algumas características que podem preocupar os adultos; procuram estar mais tempo com os amigos do que com a família, não se preocupam com a gestão do tempo ou com horários, são contestadores e irreverentes. Manifestam condutas contraditórias, apresentam com frequência mudanças de humor e consideram-se invulneráveis aos perigos, envolvendo-se em situações de experimentação de limites nem sempre controladas.

    Neste turbilhão de modificações é natural que ocorram conflitos. Conhecer este processo e as características próprias da adolescência, permitirá aos pais e educadores uma participação adequada e activa de molde a prevenir a eclosão de eventuais problemáticas.

    12ºB , nº2

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  25. Ser adolescente, é uma etapa única da nossa vida, é vivenciar novas experiências numa fase de mudanças é um período díficil de transição que passa pelo corpo e pelo coração, mas não só!
    Ser adolescente é viver num mundo de sonhos e medos, de incertezas e de esperanças.
    Ser adolescente é enfrentar um período cheio de conflitos, é uma mistura de emoções, de receios e ao mesmo tempo um turbilhão de expectativas.
    Ser adolescente é a necessidade de se sentir protegido, é receber da família afecto, orientação.
    Ser adolescente é ser irreverente, é viver a vida com intensidade, mas é também ter responsabilidade, saber exactamente o que se quer, saber dizer "não" quando nos apontam um caminho que não é o mais correcto.
    Ser adolescente é ser extravagante, espontâneo, explosivo, é querer resolver os problemas do mundo, é mostrar força e criatividade.
    Ser adolescente é criar uma identidade própria e uma preparação para a vida adulta.
    A adolescência é uma extraordinária etapa na vida de todas as pessoas. É nela que a pessoa descobre a sua identidade e define a sua personalidade. Nesse processo, manifesta-se uma crise, na qual se reformulam os valores adquiridos na infância e se assimilam numa nova estrutura mais madura.

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  26. Adolescência é a fase do desenvolvimento humano que marca a transição entre a infância e a idade adulta. Com isso essa fase caracteriza-se por alterações em diversos níveis - físico, mental e social - e representa para o indivíduo um processo de distanciamento de formas de comportamento e privilégios típicos da infância e de aquisição de características e competências que o capacitem a assumir os deveres e papéis sociais do adulto.
    Se, do ponto de vista da psicologia do desenvolvimento, o início da adolescência é claramente marcado pelo início do amadurecimento sexual (puberdade), o seu fim não se define apenas pelo desenvolvimento corporal, mas sobretudo pela maturidade social - que inclui, entre outras coisas, a entrada no mercado de trabalho e o assumir do papel social de adulto.[1]
    A adolescência não é, no entanto, uma fase homogênea. Pelo contrário, é uma fase dinâmica que, para o seu estudo, exige uma maior diferenciação. Steinberg propõe uma divisão em três fases: (1) Adolescência inicial, dos 11 aos 14 anos; (2) adolescência média, dos 15 aos 17 anos e (3) adolescência final, dos 18 aos 21. Essa última fase sobrepõe-se à "juventude" em sentido estrito, que marca o início da idade adulta, definida por Oerter e Montada como a fase entre os 18 e os 29 anos de idade.

    12ºC Nº11

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  27. A adolescência é a do desenvolvimento humano que marca a transição entre a infância e a idade adulta. Como tal, esta fase caracteriza-se por diversas mudanças a diversos níveis: físico, mental e social. Representa o desapegar de certos princípios, ideias e formas de comportamento que vêm da infância e a aquisição de novas características que vão defini-lo como ser adulto.

    Francisca

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  28. A adolescência é um período que pode ir desde os 10 anos até aos 2o, mais ou menos.
    A adolescência é talvez a fase mais importante para o vincar das características do indíviduo. Algumas vão-se manifestando logo desde a infância, no entanto é nesta fase de adolescência que o jovem constrói a sua identidade e afirma a sua personalidade.


    Daniela Tojal

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  29. Ser adolescente é vivenciar novas experiências numa fase de mudanças é um período díficil de transição que passa pelo corpo e pelo coração.
    Ser adolescente é viver num mundo de sonhos e medos, de incertezas e de esperanças.
    Ser adolescente é enfrentar um período cheio de conflitos, é uma mistura de emoções, de receios e ao mesmo tempo um turbilhão de expectativas.
    Ser adolescente é a necessidade de se sentir protegido, é receber da família afecto, orientação.
    Ser adolescente é ser irreverente, é viver a vida com intensidade, mas é também ter responsabilidade, saber exactamente o que se quer, saber dizer "não" quando nos apontam um caminho que não é o mais correcto.
    Ser adolescente é ser extravagante, espontâneo, explosivo, é querer resolver os problemas do mundo, é mostrar força e criatividade.
    Ser adolescente é criar uma identidade própria e uma preparação para a vida adulta.

    Pedro Coutinho nº19 12ºC

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  30. A adolescência é uma extraordinária etapa na vida de todas as pessoas. É nela que a pessoa descobre a sua identidade e define a sua personalidade. Nesse processo, manifesta-se uma crise, na qual se reformulam os valores adquiridos na infância e se assimilam numa nova estrutura mais madura.
    A adolescência é uma época de imaturidade em busca de maturidade. Mas é difícil para os pais este novo período na educação dos filhos. No adolescente, nada é estável nem definitivo, porque se encontra numa época de transição.

    Cátia Nogueira nº10 12ºB

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  31. A adolescência é uma etapa relevante na vida do Homem, que se inicia por volta dos 10 anos de idade e termina por volta dos 19 anos, período durante o qual ocorrem diversas mudanças físicas, psicológicas e comportamentais.
    É uma etapa em que o jovem, depois de proceder ao desenvolvimento da sua função reprodutiva e de se determinar como um indivíduo único, vai definindo a sua personalidade, identidade sexual e os papéis que desempenhará na sociedade.
    A duração da adolescência está determinada culturalmente. Apesar do aspeto biológico deste fenómeno, as transformações psíquicas são profundamente influenciadas pelo ambiente social e cultural.
    Do ponto de vista biológico, inicia-se quando surgem os sinais físicos sexuais e a capacidade de reprodução. Socialmente é um período de transição que medeia entre a infância de dependência dos adultos e a idade adulta de autonomia económica e social. Do ponto de vista psicológico, é um período que começa com a aquisição da maturidade fisiológica e termina com a aquisição da maturidade social, quando se assumem os direitos e deveres sexuais, económicos, legais e sociais de adulto.
    De uma forma geral, deverão ainda estar presentes vários outros conceitos para se poder falar em adolescência, nomeadamente:
    - Extroversão: processo psíquico que leva o adolescente a interessar-se pela realidade externa e a desejar estabelecer relações desinteressadas.
    - Crise juvenil: esta crise apresenta uma inquietude motora, maior afetividade, labilidade de afetos e tendência para a dissociação.
    - Identificação sexual: processo de aceitação do sexo como parte da identidade pessoal. Implica assumir papéis, atitudes, motivações e condutas próprias do género. Para este processo é importante que a identidade assumida seja confirmada pelas outras pessoas.
    Em relação ao desenvolvimento cognitivo, o pensamento hipotético-dedutivo consolida-se plenamente. E pode ser aplicado nas áreas pessoais como estratégia para resolver problemas.
    As capacidades cognitivas do adolescente possibilitam uma maior consciência dos valores morais e uma maior subtileza na maneira como tratá-los. A capacidade de abstração permite ao adolescente interiorizar os valores universais. Nesta etapa o adolescente pode alcançar o nível de moralidade pós-convencional de Kohlberg, onde o sujeito apresenta princípios morais autónomos e universais que não estão baseados nas normas sociais, mas são normas morais congruentes e interiorizadas.
    O desenvolvimento da consciência associada ao domínio da vontade em conjunto com os valores e ideais definidos conjuga-se na formação do carácter definitivo.
    A adolescência não é marcada apenas por dificuldades, crises, mal-estares e angústias. Ao se abandonar a atitude infantil e ingressar no mundo adulto, há uma série de acréscimos no rendimento psíquico. O intelecto, por exemplo, apresenta maior eficácia, rapidez e elaborações mais complexas, a atenção pode apresentar-se com um aumento da concentração e melhor seleção de informações, a memória adquire melhor capacidade de retenção e evocação, a linguagem torna-se mais completa e complexa com aumento do vocabulário e da expressão. Mas existem vários sinais que o adolescente pode manifestar face a um eventual transtorno psíquico, onde figuram, por exemplo, o isolamento ou o prejuízo no relacionamento com outras crianças de sua idade, tanto no âmbito escolar como social, tal como o retraimento e a falta de comunicação. Outro sintoma a ser levado em conta é uma rutura brusca na evolução e desenvolvimento normais do adolescente.
    Joana Sousa, nº18, 12ºB

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  32. Uma das fases mais emocionantes da vida do ser humano é a adolescência. Este é um período onde as emoções estão à flor da pele, tudo tem que ser experimentado e vivido de forma insaciável. Esta fase é a que chamamos de 'transição' da infância para a fase adulta. Tanto os pensamentos, como sentimentos ou emoções estão de tal maneira inconstantes que não existe a estabilidade nesta idade. Pode ser também considerada um período de loucura, pois 'pode-se fazer tudo o que quisermos', não há limites nem barreiras, o que por vezes pode conduzir a erros frequentes na nossa vida. Erros estes que por sua vez são ultrapassados até atingirmos a idade adulta, a idade dita de 'estável', de 'responsável'.

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  33. A adolescência é uma fase da vida do ser humano em que já não se é criança mas também ainda não se é adulto. É marcada pelo período de transição entre a infância e a idade adulta, aproximadamente, entre os doze e os vinte anos.
    Caracteriza-se por uma das etapas mais significativas no que toca a transformações no processo de desenvolvimento do ser humano. Sendo embora, muitas vezes, confusa e cheia de tensões, pressões necessitando, por isso, de muita compreensão. Ou seja é uma fase de entusiasmo, fantasias e insegurança, de explosão, de crescimento e sensações que nunca mais acabam. Efectivamente, onde predomina mudanças de humor, a alternância de estados psicológicos em que domina a alegria para logo a seguir a tristeza.
    Na adolescência as mudanças verificam-se no corpo (nível físico); no relacionamento com a família e com os colegas (nível psicológico); nas emoções; nas atitudes; no campo intelectual e na liberdade e responsabilidade. Onde se verifica o distanciamento dos pais, até então modelos privilegiados de identificação. Passando o grupo de pares a ser a referência privilegiada no processo de progressiva autonomia face aos pais.
    Salientado, que a adolescência é uma fase importante no processo de consolidação da identidade pessoal, da identidade psicossocial e da identidade sexual.
    Concluindo que essas mudanças, esta passagem de criança para adulto, são marcadas em diversas sociedades por rituais de passagem que são meios facilitadores deste processo de adaptação.

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  34. Adolescência é a fase do desenvolvimento humano que marca a transição entre a infância e a idade adulta. Com isso essa fase caracteriza-se por alterações em diversos níveis - físico, mental e social - e representa para o indivíduo um processo de distanciamento de formas de comportamento e privilégios típicos da infância e de aquisição de características e competências que o capacitem a assumir os deveres e papéis sociais do adulto.
    Os termos "adolescência" e "juventude" são por vezes usados como sinônimos (como em alemão Jugend e Adoleszenz, inglês Youth e Adolescence), por vezes como duas fases distintas mas que se sobrepõem: para Steinberg a adolescência se estende aproximadamente do 11 aos 21 anos de vida, enquanto a ONU define juventude (ing. youth) como a fase entre 15 e 24 anos de idade - sendo que ela deixa aberta a possibilidade de diferentes nações definirem o termo de outra maneira; a Organização Mundial da Saúde define adolescente como o indivíduo que se encontra entre os dez e vinte anos de idade[carece de fontes] e, no Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece ainda outra faixa etária - dos 12 aos 18 anos. Além disso Oerter e Montada decrevem uma "idade adulta inicial" (al. frühes Erwachsenenalter) que vai dos 18 aos 29 anos e que se sobrepõem às definições de "juventude" apresentadas. Como quer que seja, é importante salientar que "adolescência" é um termo geralmente utilizado em um contexto científico com relação ao processo de desenvolvimento bio-psico-social. Como mais adiante se verá, o fim da adolescência não é marcado por mudanças de ordem fisiológica, mas sobretudo de ordem sócio-cultural; o presente artigo se dedica assim à adolescência em sentido restrito, tomando a idade da maioridade civil - 18 anos - como fim.

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  35. A adolescência é uma extraordinária etapa na vida de todas as pessoas. É nela que a pessoa descobre a sua identidade e define a sua personalidade. Nesse processo, manifesta-se uma crise, na qual se reformulam os valores adquiridos na infância e se assimilam numa nova estrutura mais madura.

    A adolescência é uma época de imaturidade em busca de maturidade. Mas... como é difícil para os pais este novo período na educação dos filhos! No adolescente, nada é estável nem definitivo, porque se encontra numa época de transição.

    daniela duarte, nº 5, 12ºc

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