Há muito tempo, ainda eu não tinha acabado o curso,
uma enfermeira telefonou-me e falou-me de um caso estranho: um jovem tinha dado
entrada no hospital naquela manhã. Parecia simpático, normal, e assim esteve
todo o dia até há poucos minutos ao acordar. Nessa altura parecia estranho e
excitado, nem parecia o mesmo. Tinha caído da cama e estava sentado no chão a
vociferar, recusando-se a voltar para a cama. A enfermeira pediu-me para ir até
lá e tentar resolver o problema.
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
HEREDITARIEDADE E MEIO
Imaginemos, no que respeita à inteligência,
que o genótipo de uma criança indica a predisposição para ter uma inteligência
média.
Suponhamos que alguns cenários possíveis de
desenvolvimento da criança. Comecemos por supor que cresce e é educada num meio
económica e culturalmente pobre e intelectualmente muito pouco estimulante: os
pais ignoram a criança e o meio é muito carenciado quanto a livros e outros
instrumentos de aprendizagem. A criança, dadas as limitações do seu meio, provavelmente
desenvolverá uma inteligência abaixo da média.
terça-feira, 1 de janeiro de 2013
DARWIN – EVOLUÇÃO E SELEÇÃO NATURAL
Até Darwin, a teoria aceite
para explicar a diversidade dos organismos vivos era a da criação especial
divina, isto é, a ideia de que Deus tinha criado os seres vivos tal como
existem atualmente. No entanto, as descobertas geológicas e biológicas da época
foram dando origem ao sentimento de que esta teoria era insatisfatória e, mesmo
antes de Darwin, houve quem defendesse que as espécies não são fixas, evoluem.
Um dos primeiros a defender a evolução das espécies foi o próprio avô de
Darwin, Erasmus Darwin (1731-1802). Este pensava que as espécies atualmente
existentes nem sempre tinham existido e que outras existentes no passado tinham
entretanto deixado de existir e, para explicar a mudança, propôs uma teoria
idêntica à proposta mais ou menos na mesma altura por Jean-Baptiste de Lamarck
(1744-1829) e que ficou conhecida por lamarckismo. De acordo com essa teoria,
os seres vivos adquirem durante a vida certas características que transmitem
depois aos descendentes. O lamarckismo nunca foi suficientemente convincente
para ter aceitação geral e, no tempo de Darwin, a maior parte dos biólogos,
geólogos, etc., incluindo o próprio Darwin, pensava que o criacionismo era verdadeiro.
O primeiro acontecimento a contribuir para que tudo isto mudasse foi a viagem
que Darwin realizou, em 1831, a bordo do navio HMS Beagle. O Beagle tinha por missão
estudar a costa sul-americana. Darwin foi convidado a participar na viagem na
qualidade de naturalista de bordo e, nos cinco anos que durou a expedição, teve
a oportunidade de estudar atentamente espécies e habitats completamente
desconhecidos na Europa. De tudo o que viu, nada intrigou mais Darwin do que os
animais das Ilhas Galápagos – um conjunto de ilhas ao largo da costa
sul-americana com uma fauna muito diferente da fauna desse continente e
suficientemente afastadas umas das outras para que as espécies de uma ilha
pudessem comunicar com as de outra ilha. Os tentilhões, em particular, chamaram
a atenção de Darwin. Estas aves diferem de ilha para ilha, perfeitamente adaptadas
ao habitat de cada uma delas, com, por exemplo, bicos diferentes consoante o
alimento dominante fosse sementes, frutos ou insetos. Para Darwin, a única explicação
plausível para este fenómeno passava por admitir que os animais evoluíam de
modo a adaptar-se às condições do seu habitat.
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